kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

segunda-feira, outubro 31, 2005

Mas como nem tudo é mau...



... já comecei o desmame da depressão.
Ao som de mais uma musiquinha trós-trós de seu nome "These emotions" do francês Benjamin Diamond.

Faz-me dançar mesmo que não queira. Deixa-me bem disposto mesmo que não me apeteça. Aliás, não me faz dançar, faz-me saltar, levitar.

Saudades de mim



Às vezes esqueço-me de mim. De como sou.
Páro durante largos periodos de tempo, deixo de ser como sou, de fazer o que gosto de fazer. Não sei explicar porquê. Na Sexta, um bom amigo dizia-me "tenho saudades tuas, caralho!". Assim mesmo. Como os amigos fazem. Sem pensar respondi "eu também tenho saudades minhas...".

Gostava de ver um filme da minha vida quando não sou quem sou agora. Para me recordar como falava, como me ria com vontade, como era mais despreocupado do que sou agora. E às vezes, só às vezes, sinto que gostava de me isolar do mundo, de toda a gente, mesmo dos amigos. Sair de mim, deste «eu» que tenho vestido ultimamente, usar outro que já há muito não tiro do armário. Mas nem sei onde guardei o armário...

Estou cansado deste «eu» deprimido e sem sentido. Logo vou-me embebedar e dançar para esquecer. Esse velho cliché, mas que serve perfeitamente para me «resolver» alguns problemas imediatos. Não devemos fazer aquilo que nos apetece? Aquilo que achamos melhor na altura certa? Então porque não ser irresponsável de vez em quando se isso ajudar?

Que fim de semana...



De facto.
Sábado à tarde chegaram dois bons amigos de Lisboa, um deles o grande André Ruivo (meu parceiro do blog dos Leitões e garantia de boa disposição).
Ao início da noite, e sem contar, assisti a mais uma actuação perfeitamente inspirada e comovente do meu amigo Walter Hidalgo no Café Guarani. O tango deixa-me sempre em paz com o universo.
Em seguida, jantar com amigos e novo concerto. Desta vez para assistir ao sexteto de David Binney no B-Flat, onde trabalhei durante dois anos. Jazz, amigos e mais amigos. Os que trabalhavam comigo e que me receberam tão bem, de braços abertos.
Fim da noite no 31, onde dancei como já não dançava há muito, muito tempo. Com mais amigos. Numa só noite consegui reunir todos os amigos de que falei num post recente. E foi tão, tão bom.
Ontem, Domingo, e depois de ter trabalhado mais um pouquinho com o Zé nos malditos livros que nunca mais acabam, fui assistir a novo concerto, desta feita do enorme John Zorn. O cataclisma sónico que o americano cria em palco, auxiliado por músicos portugueses do nível, por exemplo, de um Carlos Bica, foi... impressionante e avassalador.
Mesmo assim... houve algo que não esteve em mim este fim de semana...

Cheguei à conclusão de que me tenho divertido muito pouco.

sexta-feira, outubro 28, 2005



A porta encostada não foi obstáculo para ela, que num movimento calculado e calmo a abriu apenas o suficiente para conseguir passar da luz para a escuridão do meu quarto.
O chão velho de tábuas de madeira rabugenta também não a demoveu e, com os pés descalços, deslizou sobre ele, não fazendo qualquer ruído.
O lençol que me tapava foi afastado, no que me pareceu ser uma meiga eternidade.
A forma cuidadosa como ela se deitou ao meu lado e como se encaixou nas minhas pernas....
Ela não me queria acordado.
Mas eu não estava a dormir...

Os meus amigos...



...são o meu único bem. O único bem que quero e que acarinho verdadeiramente.
Não sinto saudades ou falta de mais nada, mesmo nas piores alturas da minha vida. Só dos meus amigos.
Sinto-me a pessoa mais abençoada do mundo quando estou com os meus amigos. Quando me rio com eles, deles, de mim.
Sei que sou a pessoa mais feliz do mundo quando tenho todos os meus amigos juntos e, mesmo sem se conhecerem, tudo resulta na perfeição.
São as minhas terapias.
Sinto que estou curado dos males que magoam o coração quando saio do barraco do Zé - o nosso barraco - às duas da manhã, mesmo sabendo que no dia seguinte tenho de me levantar às sete para trabalhar, e me doem as costelas de tanto rir.
Sinto-me renovado quando vou ao bairro alto com o André e passamos a noite a cantar fados com letras inventadas e geralmente com os menos nobres dos sentidos.
Sinto-me abrigado nos longos e fortes abraços do Xico que me obrigam sempre a perder mais uma lágrima.


Sinto-me amado pelos meus amigos, e não há nada que se lhe equipare.

Eu não me aguento

Tenham paciência. Enquanto não me passar o choque inicial de ter descoberto a cerreira de Nick Drake, não me calo. No post anterior fiz uma pequena menção à música "River Man". Pois deixo aqui a letra de outra pérola do Senhor, "Thoughts od Mary Jane" para vos despertar a curiosidade.



Who can know
The thoughts of mary jane
Why she flies
Or goes out in the rain
Where she's been
And who she's seen
In her journey to the stars.

Who can know
The reasons for her smile
What are her dreams
When they've journeyed for a mile
The way she sings
And her brightly coloured rings
Make her the princess of the sky.

Who can know

What happens in her mind
Did she come from a strange world
And leave her mind behind
Her long lost sighs
And her brightly coloured eyes
Tell her story to the wind.

Who can know
The thoughts of mary jane
Why she flies
Or goes out in the rain
Where she's been
And who she's seen
In her journey to the stars.

quinta-feira, outubro 27, 2005


E de repente o meu mundo deu outra volta. Boa, desta vez.
De repente encontrei finalmente um Senhor chamado Nick Drake. Alguém que conheço por saber que serviu de inspiração para um imenso número de bandas e artistas da cena musical actual.

Alguém de quem, no entanto, nunca tinha ouvido uma única composição.

Pois bem, importa descobrir urgentemente a sua curta mas incrível carreira. Que beleza e que sensibilidade. Que voz. E que vozes, trazidas até nós pelos deliciosos e angelicais arranjos de cordas.

Nick teve, como já disse, uma curta carreira. Lançou apenas três discos. Viria a falecer em 1974 aos 26 anos em casa dos seus pais numa pequena localidade na Inglaterra. Supostamente terá confundido os seus anti-depressivos com comprimidos para dormir e morreu durante o sono, enquanto a mãe lhe admirava as "longas, longas pernas" e pensava ser ainda cedo para o acordar. Merecia o descanso. E mereceu-o.
É necessário ouvir atentamente a delicadeza das suas canções para perceber que os génios, como ele, têm sempre a morte que merecem. E por muito tétrico que vos possa parecer... não consigo imaginar forma mais bonita para Nick Drake se ter despedido de nós do que esta.


Escutem River Man" e sintam imediatamente saudades de alguém que nunca conheceram...

Carta para o meu amigo Huck



Meu querido Huck,

tenho sido um chato, não é?
Eu sei que quando me vais chamar a casa é com a intenção de nos divertirmos à grande. É para irmos roubar maçãs à quinta da menina Clark, ou para nadarmos nús no Mississipi.
Sabes, ando com estes problemas de gente grande...
Ando com estes problemas há demasiado tempo.
Como sabes a minha tia, com quem moro, de castigo proibiu-me durante muito tempo de sair de casa para brincar. Só para ir à escola e à missa e fazer este ou aquele recado. A verdade é que parece que me esqueci como é que se brinca, como é que uma criança faz para se divertir. E no entanto é tão simples, não é?
É por isso que tu sobes sempre mais rápido que eu às àrvores e que não tens medo do cão da menina Clark.
Quero ser como tu, Huck. Quero aprender a mergulhar no rio como tu. Do tronco mais alto daquele velho carvalho. Aquele, à sombra do qual o senhor do rio nos costuma contar as histórias do Índio Joe. Quero aprender a não ter medo de nada nem de ninguém, viver a vida como ela nos é oferecida.
Eu sei que vais ter paciência para me ensinar, Huck. Os amigos têm sempre.
Ainda havemos de ir à gruta que a todos assusta e me faz ter pesadelos com a sua escuridão. Que segredos esconderá?
Ainda havemos de correr descalços pelo prado do senhor William e fugir do seu galo com mau feitio.
Havemos de nos deitar na relva húmida e contar as núvens até que estas se transformem em estrelas. Esquecermo-nos das horas do jantar e roubar da janela da senhora Quinn mais uma tarte de maçã que ela faz tão bem...
Não há mais tristezas, Huck. Para a semana construimos uma casa na àrvore lá do meu quintal.
De lá conseguimos ver os barcos no rio...

quarta-feira, outubro 26, 2005

O Bardo - 2ª parte

Desculpem-me a insistência, mas não resisti a voltar ao Tom Waits.
Para deixar aqui o que considero ser a mais bonita declaração de amor que alguma vez li.

Well I don't mind working
cause I used to be jerkin off
most of my time in the bars
I been a cabbie and a stock clerk
and a soda fountain jock jerkand
a manic mechanic on cars
It's nice work if you can get it
now who the hell said it
I got money to spend on my gal
but the work never stops
and I'll be busting my chops
working for Joe and Sal.
And I can't wait to get off work and see my baby
she said she'd leave the porch lite
on for me
I'm disheveled
I'm disdainfuland
I'm distracted and it's painful
but this job sweeping up here
is gainfully employing me tonight
Tom do this Tom do that
Tom, don't do that
count the cash, clean the oven
dump the trash oh your lovin
is a rare and a copasetic gift
and I'm a moonlight watchmanic
it's hard to be romantic
(sweeping up over by thecigarette machine
sweeping up over by the cigarette machine...)
I can't wait to get off work
and see my baby
she'll be waiting up with a magazine for me
clean the bathrooms, clean um good
oh your lovin I wish you would
come down here and sweepameoffmyfeet
this broom'll have to be my baby
if I hurry, I just might
get off before the dawns early light.

O Bardo



É o meu artista! Assim, sem preferidos nem meio-preferidos. Não há, para mim, universo mais atractivo, assombroso e cativante do que o que Tom Waits construiu ao longo de três décadas. Um universo demasiado complexo e retorcido para que eu possa aqui dissertar sobre ele. Só ouvindo a voz deste homem, um misto de bourbon e tabaco concentrado com vidro esmigalhado, se poderá realmente entender a força que ele coloca em cada uma das suas composições. Só lendo atentamente as suas histórias, contos de demência, deboche e criaturas soturnas - verdadeiros freak-shows - poderemos abraçar toda a imaginação pulsante e brilhante deste senhor, meio ermita, que infelizmente já quase desistiu de dar concertos.

Apesar de tantos ambientes soturnos e degradantes, o Senhor consegue, como ninguém, aliá-los com uma estranha doçura, quase infantil. E quando assim é, arranca-me lágrimas com enorme facilidade.
Quando estive em Nova Iorque fiz uma «peregrinação» ao local onde Tom passava dias a fio, bêbado como humanamente seria impossivel, em busca da (aparentemente fácil) inspiração para escrever as suas histórias. O Empire Dinner. Senti-me em casa.
Entendam:

The piano has been drinking
My necktie's asleep
The combo went back to New York, and left me all alone
The jukebox has to take a leak
Have you noticed that the carpet needs a haircut?
And the spotlight looks just like a prison break
And the telephone's out of cigarettes
As usual the balcony's on the make
And the piano has been drinking, heavily
The piano has been drinking
And he's on the hard stuff tonight
The piano has been drinking
And you can't find your waitress
Even with the Geiger counter
And I guarantee you that she will hate you
From the bottom of her glass
And all of your friends remind you
That you just can't get served without her
The piano has been drinking
The piano has been drinking
And the lightman's blind in one eye
And he can't see out of the other
And the piano-tuner's got a hearing aid
And he showed up with his mother
And the piano has been drinking
Without fear of contradiction I say
The piano has been drinking
Our Father who art in?
Hallowed by thy glass
Thy kindom come, thy will be done
On Earth as it is in the lounges
Give us this day our daily splash
Forgive us our hangovers
As we forgive all those who continue to hangover against us
And lead us not into temptation
But deliver from evil and someone you must all ride home
Because the piano has been drinking
And he's your friend not mine
Because the piano has been drinking
And he's not my responsibility
The bouncer is this Sumo wrestler
Kinda cream puff casper milk toast
And the owner is just a mental midget
With the I.Q. of a fencepost
I'm going down, hang onto me, I'm going down
Watch me skate across an acre of linoleum
I know I can do it,
I'm in total control
And the piano has been drinking
And he's embarassing me
The piano has been drinking, he raided his mini bar
The piano has been drinking
And the bar stools are all on fire
And all the newspapers were just fooling
And the ash-trays have retired
And I've got a feeling that the piano has been drinking
It's just a hunch
The piano has been drinking and he's going to lose his lunch
And the piano has been drinking
Not me, not me,
The piano has been drinking not me

terça-feira, outubro 25, 2005


...e por isso mesmo gostava de ter um Sol só para mim.
Um anjo da guarda, que me proteja já eu tenho. Chama-se Gloria.
Mas um Sol, isso ninguém tem. E faz-me falta um Sol, como o da imagem, que me faça companhia.
Que me dê calorzinho bom. Conforto. Enfim, mariquices.

O frio...



Adoro o Inverno. Porque adoro o frio.
Gosto de olhar para as minhas mãos e vê-las enrugadas, secas, como as de um velhinho.
Gosto da minha roupa de Inverno e de me sentir dentro dela. Gosto dos meus gorros e chapéus quentinhos, dos meus cachecóis.
Gosto de passear na praia em pleno mês de Janeiro, ver o mar cinza da cor do céu. A praia só para mim.
Gosto especialmente da maravilhosa sensação que me invade quando, por entre o frio seco, o Sol espreita para ver como eu ando...

segunda-feira, outubro 24, 2005

A minha Avó




Hoje morreu o Avô de um dos meu melhores amigos.
Adoro-o como a um irmão e senti uma dor agoniada quando me deram a noticia.
Não consigo evitar...

Há coisa de dez anos morreu a minha Avó Gloria. A única pessoa que algum dia me conseguiu realmente convencer de que eu era bonito.
A única pessoa que me conseguia convencer que o orgulho desmedido que ela sentia por mim era plenamente justificado.
A pessoa que quando me encontrava na rua dizia para as amigas "olhe para isto, isto é que é um homem!", enquanto me batia nos braços com a força do amor puro.
A mulher que quando me via a preparar para sair de casa me metia cem escudos no bolso das calças enquanto me sussurrava "um homem não pode andar na rua sem dinheiro".

Nunca lhe disse o quanto a amava.

Por tudo isso, é a única pessoa que me faz pensar que seria bem mais fácil eu acreditar em Deus, Jesus e os santos todos. E na vida depois da morte, para que pudésse de novo estar com ela e de novo sentir as suas mãos tão, tão enrugadas.

As saudades são tantas...

Farto, farto, farto!



Farto das pessoas!
Tão farto de «levar» sempre com os mesmos defeitos, sempre as mesmas merdas, mesquinhices sem nenhum sentido construtivo, seja de que forma for.
Não compreendo porque é que parece ser tão inevitável as pessoas construirem filmes nas suas pequenas cabecinhas. Filmes sempre tão distantes de qualquer semelhança com a realidade. E como se não fosse suficiente ainda gostam de partilhar esses mesmos filmes, meros objectos de ficção-mais-do-que-científica, com toda a gente que conhecem!
Será que não conseguem utilizar a capacidade de raciocínio de que tanto nos orgulhamos, e que usamos para arrogantemente nos diferenciarmos dos restantes animais, para coisas mais importantes e positivas?
Parem de interferir! Parem de quere saber, de querer «ajudar»!
Não ajudam!!
Não ajudem!!

Raramente me verão desta forma, zangado, verdadeiramente revoltado. O «outro» Nuno, o do blog dos Leitões, é puro show-off. Este é a sério e não me orgulho dele.

O «diz-que-disse» é nojento. Ponto!

domingo, outubro 23, 2005

Já agora...



... aproveito esta vontade de escrever e falo no espectáculo que a Região Estrangeira deu em Albergaria-a-Velha no passado Sábado.

Não vou aqui falar de como correu ou de como poderia ter corrido. Vou, isso sim, falar apenas de um determinado sketch, criado em cima do joelho, no próprio dia, umas escassas duas horas antes do início do espectáculo.

A idéia surgiu exactamente assim: e que tal se, no final do espectáculo, repetíssemos o mesmo espectáculo, pela mesma ordem, mas em apenas três minutos?

E assim foi. Em pouco mais de três minutos. A correr.
A intensidade foi tal que, quando demos por terminado o sketch, eu estava estafado. Não do esforço fisico - violento, sim senhor -, mas da entrega e da concentração necessárias para dar corpo a uma verdadeira explosão gráfica.

Como uma boa amiga definiu, uma catarse.
Subitamente «vomitamos» em palco todos os dez sketches que compõem o nosso espectáculo, sem paragens, os diálogos compactados em palavras soltas e ruidos indefinidos e foi... incrível, libertador!!!

De repente, dou-me conta de que é isto que quero fazer o resto da minha vida...

Exactamente! Mais uma musiquita para fazerem o amor!
O... senhor(!) chama-se Antony, e sus mucachos, The Johnsons.
A música, da autoria da diva Nina Simone, dá pelo nome de "Be My Husband" e é daquelas perfeitas para tentarmos fazer o nosso caminhar mais sensual, à medida que avançamos para a mulher ou homem com quem vamos passar as próximas duas tórridas horas e fazer todas aquelas coisas que o livro sagrado não nos permite...

... e sabem que mais? Chega de tanta conversa fiada! Vou fazer uma recolha de músicas, como estas a que tenho aqui dado destaque, e juntá-las num disco.
E quem o quiser ter só tem que vir a este blog e pedir "por favor, Dr. Sex-Music, ajude-me a fazer o amor".
Garanto-vos que todos os pedidos serão atendidos.

O Colo



Dei por mim a pensar que o colo, como nós o conhecemos desde que os nosso pais nos embalavam para dormir, é algo de muito forte e poderoso. Confesso que não consigo explicar a avalanche de emoções que sentimos quando estamos ao colo de alguém. O colo dos nossos pais, no início da nossa vida, que nos fornece as defesas contra todos os males do mundo e nos deixa quentes e confortáveis. O colo de alguém que amamos, uma namorada ou um amigo, e que nos permite acreditar que o sentimento que nos une será realmente para sempre - mesmo que assim não o seja.

Contudo, cheguei à conclusão, não muito difícil, de que existe algo ainda mais reconfortante e revigorante do que o colo.
Dar colo a alguém de quem gostamos.
Sentir que estamos a proteger alguém que amamos, um namorado, uma amiga, mesmo que essa protecção não nos tenha sido pedida.
Dar colo aos nossos pais, quando eles já não têm todos aqueles poderes que, aos nossos olhos pequeninos, os faziam parecer heróis da banda desenhada, capazes de resolver quaisquer problemas, combater qualquer vilão escondido no escuro do nosso quarto.

Que fantástica é a sensação de sentir um corpo no nosso colo.
Que beleza emana de dois corpos unidos em aparente perfeição.

Numa altura em que tanto se fala da «nova» revolução sexual; em que homens e mulheres procuram sexo e prazer fisico da mesma forma e com a mesma intensidade e objectividade, apercebo-me de repente que posso perfeitamente passar o resto da minha vida sem sexo.
Não posso, no entanto, imaginar a minha vida sem carinho.
Sem conforto.
Sem segurança.
Sem colo.

B


The Body Breaks

The body breaks and the body is fine
I'm open to yours and I'm open to mine
The body aches and that ache takes it time
But you'll get over yours and I'll get over mine
And the sun will shine
And the moon will rise
The body calls
Yeah the body it calls out
It whispers at first but it ends with a shout
The body burns
Yeah the body burns strong
Until mine is with yours
Then mine will burn on
My flesh sings out
It sings honey come put me out
The body sways like the wind on a swing
A bridge through a hoop
Or a lake through a ring
The body stays and then the body moves on
And I'd really rather not dwell on when yours will be gone~
But within the dark
There is a shine
One tiny spark
That's yours and mine
Devendra Banhart

sexta-feira, outubro 21, 2005

Ouvi a palavra do Senhor e agora sou feliz!!!



Até me custa a falar... decididamente não encontro palavras...
Pronto, estava a exagerar, encontro palavras, sim senhor. O moço? Ali na imagem? Chama-se Jamie Lidell e fez um dos cinco melhores àlbuns do ano! A sério!! É pecado não lhe pegar, É pecado não querer fazer sexo com qualquer pessoa ao som da música deste homem, assim como é pecado - para não dizer mais - não ter orgasmos enquanto se faz sexo com qualquer um ao som da música deste homem. Isto não é um homem, é um Prícipe!!!
Ufffa....
(agora mais calmo...) Jamie é outro moço branco que tentou - e conseguiu - refrescar a Soul Music, não perdendo no entanto todos os pontos de contacto com a nova música electrónica que se produz actualmente. Pérolas como "Multiply", o tema-título, ou "What's the Use" deixam-me completamente em uníssono com as coisas belas da natureza. O mundo ganha um novo e colorido sentido.
Sou um homem novo!
Obrigado, Senhor!

Manual de instruções para uma anarquia efectiva


Sim, vou falar do filme acima ilustrado. Sim, é um filme do cara***. E sim, chama-se FIGHT CLUB!
Já tinha pensado em deixar aqui algumas impressões acerca de tão estranho e fantástico objecto cinematográfico. Um comentário da simpática Patricia ao meu post sobre o SEVEN só serviu para apressar essas mesmas impressões.
Não há outro filme como este. E longe de mim querer com isto dizer que não há outro filme melhor do que este. Não há é outro assim tão... peculiar.
Vamos por partes.
Dois actores em perfeito estado de graça. Aliás, provavelmente dois dos melhores actores em actividade.
Um argumento completamente genial, tresloucado e alucinado - mais do que alucinante - nascido da mente tortuosa de Chuck Palahniuk.
Diálogos que se prendem aos nossos cérebrozinhos de uma maneira bem, bem pegajosa.
O filme onde Brad Pitt demonstrou na perfeição o porquê de ser uma máquina sexual. Em que Pitt faz do seu proprio corpo um outro actor, em que cada músculo conta, cada veia do pescoço grita e em que cada flúido corporal faz perfeito sentido. Veja-se a cena antológica em que é espancado pelo segurança do mafioso, e em que acaba a cuspir sangue na cara do nojento italianado enquanto se ri insanamente.
Um filme sujo, com uma fotografia suja, com roupas sujas, cenários sujos e no entanto, com uma clareza de intenções absolutamente luminosa. Quem, ao ver esta obra, não sentiu vontade de explodir com um daqueles palhaços que estão à porta da McDonalds? Ou bater nos empregados das finanças ate se cansar??
É a nova biblia, meus pequenos, a nova biblia...

quinta-feira, outubro 20, 2005

Mais uma boa para fazer o Amor...

(E não, a boa não é a moça da foto...)

Já sabem, concerteza, que a música é tão importante para a minha vida como uma coisa chamada oxigénio. Sabem também, porque já aqui o disse, que necessito de uma banda sonora para diversas ocasiões da minha vida. Sabem ainda, porque já não é a primeira vez que aqui o demonstro, que considero existir música que contribui para uma efectiva e satisfatória actividade sexual.

Assim sendo, gostava aqui de deixar mais uma dica sexo-musical... ou musico-sexual, como preferirem. Esta menina na foto dá pelo nome de Alice Russell. À imagem de Josh Stone, reeinventou a soul music, impregnando-a de elementos mais modernos sem nunca perder aquele sentido nostálgico e purista das verdadeiras divas. O àlbum - Under The Munka Moon -foi uma surpresa mais do que agradável, aliás bem melhor do que dois discos da teen Stone.

No entanto... o «choque» veio com a participação desta simpática inglesinha num projecto do qual ainda sei muito pouco, intitulado Nostalgia 77, e com uma versão (como é que vou dizer isto...?) perfeitamente explosiva e arrebatadora da já magnânime, atómica, carnal e pulsante "Seven Nation Army" dos White Stripes. Acreditem, não existem palavras para descrever... enfim, todas as emoções despertadas por uma versão que quase suplanta o original. Nunca, na minha vida, senti tantos calafrios em tão curto espaço de tempo. Nunca desfrutei da experiência de sentir orgasmos múltiplos - pelo menos não os meus... - mas acredito que a sensação será mais ou menos a mesma. Ufffa!!!

Estou neste momento num cyber-café perto de minha casa, a ouvir este pedaço de mau caminho que é a nova "Seven Nation Army" e... não aguento! Acho que tenho de ir arranjar alguém que esteja disposto a ir para a cama comigo. Olha, vai ali senhora da frutaria! Com licença...

quarta-feira, outubro 19, 2005

SEVEN


Acho que já deu para perceber que sou um fã de cinema. Nunca aqui falei, no entanto, do meu filme favorito. DO FILME!!

SEVEN, realizado por David Fincher, é o filme que servirá de modelo para todos os thrillers nas próximas décadas. O filme que mostra como nunca ninguém tinha mostrado, o quão doentia pode ser a mente humana; o filme que incomoda, impressiona, agonia e choca , presenteando-nos com imagens e temáticas menos... convencionais - sadismo, pornografia e todo o tipo de perversões - como quem fala da Fada Madrinha.
Fincher domina como poucos a estética de videoclip - também conhecida pelos seus detractores como «estética MTV» - e usa todos os truques ao seu dispor, criando dessa forma ambientes que funcionam quase como personagens de carne e osso. Muita carne, muitos ossos.
De certa forma, a mente retorcida e pragmática de Fincher só encontra paralelo no criminoso sem rosto do filme que realizou. Aliás, de realçar precisamente a sequencia em que assistimos ao desvendar desse mesmo rosto. Quando ouvimos o assassino gritar os nomes dos dois detectives - Brad Pitt e Morgan Freemas sublimes - em plena esquadra da policia, não só nos apercebemos do verdadeiro alcance de uma mente doentia e sórdida como nunca tinhamos conhecido - e isto tudo apenas com um grito -, como repentinamente temos um corpo em quem podemos finalmente aliviar a pressão que nos foi invadindo a cada crime horripilante a que fomos assistindo - um para cada pecado mortal. De repente, ali mesmo à nossa frente está o autor de tanto mal; aliás, a personificação desse mesmo mal e é... uma pessoa como outra qualquer. E esse é o verdadeiro e derradeiro trunfo de David Fincher. Nada no seu filme parece ser artificial. Tudo é risivel. Todos os personagens são verdadeiramente humanos, o que contribui para uma maior proximidade entre nós, espectadores, e eles, personagens de quem chegamos a sentir pena ou preocupação. Enfim, pessoas como nós.
Como já disse, tudo em SEVEN foi aplicado com o objectivo de criar um crescendo de tensão que a dada altura se torna practicamente insuportável. Um crescendo que tem o seu ponto de ruptura, e ao mesmo tempo de alívio, na cena final em que Freeman não chega a tempo de impedir que Pitt seja apanhado na rede meticulosa criada pelo assassino. Banda sonora, fotografia, montagem, enfim, pela minha parte não encontro nada de negativo a apontar a este filme, da mesma maneira que me é complicado eleger o ponto mais alto desta obra prima do cinema.

Sobre leitões...

Esqueci-me de vos comunicar que na barra aqui ao lado que vos transporta para os mai'loucos blogues, existe de há uns dias para cá um novo link intitulado "Leitões". Pois bem, esse link levar-vos-á ao blog que criei com uma grande amigo meu, o André Ruivo, que, como poderão comprovar, é um génio da comédia.
É um blog algo... diferente deste a que já vos habituei... mas acho que vão gostar!

Dêm lá um saltinho, s.f.f.

Obrigados

sexta-feira, outubro 14, 2005


Ok, é desta que me vou tornar vegetariano. Se não são os porcos, são as vacas! Se não são as vacas, são as aves!!!
Ainda não ouvi nada relacionado com «doenças dos rabanetes loucos» ou «gripe das alcachofras»...

quinta-feira, outubro 13, 2005

A Boy Like Him


É a música mais delicada que conheço. E de uma ternura comovente, como só conseguimos acreditar existir em sonhos.
Sou absolutamente fã da carreira desta islandesa, mas se me fosse pedido para descrever o que essa mesma carreira significa para mim... tá tudo nesta pequena canção. Pura filigrana.
Já aqui me confessei como sendo alguém (demasiado) emotivo, emocional; já aqui me «revoltei» contra a falta de romantismo reinante no nosso mundozinho cinzento.

O que eu gostava de ouvir palavras assim...

Who would have known that a boy like him
Would have entered me lightly restoring my blisses
Who would have known that a boy like him
After sharing my core would stay going nowhere
Who would have known a beauty this immense
Who would have known a saintly trance
Who would have known miraculous breath
To inhale a beard loaded with courage
Who would have known that a boy like him
Possessed of magical sensitivity
Who would approach a girl like me
Who caresses cradles his head in her bosom
He slides inside half awake, half asleep
We faint back into sleephood
When I wake up the second time in his arms
Gorgeousness he's still inside me
Who would have known
Who would have known a train of pearls
Cabin by cabin is shot precisely across an ocean

From a mouth of a girl like me to a boy

terça-feira, outubro 11, 2005


Urso
Rinoceronte Negro - 3000
Baleia Azul - 2500
Chimpanzé - 100 000
Hipopótamo - 150 000
Elefante
Pantera da Flórida - 70
Panda Gigante - 1000
Gorila - 120 000
Tubarão Branco
Foca do Mediterrâneo - 600
Cão da Pradaria
Tartaruga Marinha
Esturjão
Tigre
A lista de animais que publico neste blog, é uma de muitas listas de animais em perigo sério de extinção. Quando vejo estas listas... perco a noção dos sentimentos que me invadem. Não sei se sinto mais tristeza do que raiva; ódio ou uma terrivel incapacidade de lidar com estes factos.
Notem, por favor, que os números a vermelho representam a última contagem da espécie em questão. Não vos assusta saber que apenas existem 2500 Baleias Azuis no planeta? Ou pior, que não existem mais do que 1000 Pandas ou 70(!) Panteras da Flórida? Não é terrivel parecebermo-nos de repente, que aqueles animais que sempre povoaram o nosso imaginário infantil - o Tigre, o Elefante, o simpático Hipopótamo - vão, de facto, desaparecer deste planeta dentro de poucos, muito poucos anos? Que só vamos poder admirar um animal tão fabuloso como o Tubarão Branco em livros e documentários antigos?
Isso não vos assusta? Não vos revolta?? Pois a mim dá-me vontade de iniciar uma revolução! Uma revolução contra o velho inimigo destes animais que têm exactamente o mesmo direito de viver no Planeta Terra que nós humanos. Um inimigo chamado «Interesse Económico». Um inimigo em nome do qual, se decidiu considerar que vender o pénis dos tigres, para fins de combate à impotência, seria um grande e lucrativo negócio! Um inimigo em nome do qual o resto do mundo continua a NÃO querer fazer frente ao Japão e à Noruega no que à caça à Baleia diz respeito!!
A foto no topo deste post é de um Golfinho do Amazonas, provavelmente o animal mais enigmático e maravilhoso do planeta. Um animal que deu origem a tantas e belas lendas, que adquiriu uma magia muito particular. Um animal simbólico, não só para os indio locais, como também para todos aqueles que o vêem pela primeira vez. Assim mesmo, com essa força, o impacto naqueles que o vislumbram é imediato. Diz-se inclusive que o seu canto é escutado nas noites da selva amazónica e que os homens que o ouvem se perdem de amores por tão bela criatura. Expliquem-me então como é possivel este animal, em tão poucos anos, deixar de ser uma espécie sem quaisquer sinais de potencial perigo de extinção para passar a ser um dos animais mais raros do mundo? Eu explico: a indústria madeireira!
Eu disse que estes animais tinham o mesmo direito a viver neste planeta que nós humanos? Esqueçam! De repente apercebo-me que perdemos esse direito há muito, muito tempo.

segunda-feira, outubro 10, 2005

Simplesmente encantador!

Não encontro outra palavra que melhor defina o blog que me foi dado a conhecer e que acertou em cheio no meu imaginário. O link já está aqui ao lado, chama-se "tata-bitata" e derreteu-me o coração!

Comentário a um comentário


Em relação a um comentário que alguém fez ao meu post acerca do eclipse, gostava de deixar aqui o meu comentário a esse comentário. Não que tenha ficado chateado ou irritado com a opinião dessa pessoa; aliás, se há coisa que defendo com unhas e dentes é essa tão preciosa liberdade de expressão. E por apreciar uma boa troca de idéias... cá vai!
Não posso, de modo algum, concordar com essa pessoa quando diz coisas como "acho isso dos namorados muito deprimente" ou "o afastamento faz o amor passar". Assumo-me romântico até ao tutano; romântico muitas vezes de uma forma piegas e ridicula. Sei que as mulheres românticas que vemos no cinema e nos povoam o imaginário não são como as mulheres com quem convivemos no dia-a-dia, prácticas, pragmáticas até.
Aprendi, algumas vezes da pior maneira, que nem sempre as mulheres de carne e osso têm paciência ou vontade para «levar» com o nosso romantismo açucarado. Desiludi-me, já crescidinho, quando me apercebi que a vida sentimental afinal não é nada como no cinema; que as mulheres estão-se nas tintas para o ramo de flores e jantar à luz de velas e que um reencontro à chuva, consumado com um beijo apaixonado, afinal não é assim tão bonito quanto isso.
Ainda este Sábado alguém me dizia não existirem finais felizes... até pode ser, mas não consigo desistir de acreditar que isso só é realmente assim quando não queremos que seja diferente. Podia mesmo responder a esta pessoa com a última frase desse tal post, o do eclipse. Prefiro continuar a acreditar que ainda existe espaço para certas coisas piegas e açucaradas neste mundo. Recuso-me a cair na tentação de olhar para a minha vida com o habitual cinzentismo e falta de imaginação que tanto definem os portugueses. Prefiro continuar a ver "As pontes de Madison County" e nunca conseguir conter as lágrimas na cena em que o Clint Eastwood e a Merryl Streep se vêm pela última vez - lá está, à chuva. Prefiro chrorar como uma Madalena sempre que ouço ópera; recuso-me a abdicar de, e sempre que vejo a última sequência do "Cinema Paraiso", parecer um repuxo de àgua salgada. Gosto de ser assim, mesmo que isso me possa eventualmente trazer amargos de boca.
Chamem-me piegas, mas adoro um bom sofrimento por amor.

sexta-feira, outubro 07, 2005

DESBUNDA!!! - Parte 3


Pronto, estou esgotado com tanta animação e boa onda!!! Mas é inevitável... esta também vos vai lembrar das coisas boas e bonitas da vida - porque ainda as há - e também vos vai obrigar a dançar no emprego, no autocarro, na ópera mesmo a meio do suicídio da M. Butterfly, enfim, dançar e pular até à exaustão!!!
Portanto, o senhor The Boy Least Likely To apresenta The Best Party Ever e ao mesmo tempo uma capa simplesmente enternecedora e adorável, aliás, à imagem do site, altamente recomendável.
www.theboyleastlikelyto.co.uk/

Staring up into the solar system
all the stars are fixed up in the sky
I just want to sparkle for a moment
before I just fizzle out and die
I'm happy because I'm stupid
scared of spiders, scared of flying
if I wasn't so happy I wouldn't be so scared of dying


DESBUNDA!!! - Parte 2



Alto e começa o baile!!! Está aqui a cançãozinha que vos vai fazer esquecer que existe fome no mundo, que a ocupação do Iraque ainda não terminou e que o Mário Soares é de facto candidato à presidência da república. O senhor chama-se HAL, o àlbum também, e a dita canção, "Don't come running". Ouçam-na trezentas vezes ao dia e, sem pudores, dispam-se de roupas e de preconceitos e dançem como loucos. Subam para cima da mesa do vosso patrão, do balcão do café, do caixão do vosso recém falecido tio e dançem como nunca dançaram!!! A vida, afinal, é bela, meus meninos!

A vida, afinal, é bela, meus meninos!!!

"Do your best, try. You got problems, go ahead and deal with it but don't come running crying. You need sunshine coming thrue that window. And open up your curtains baby, fly and you'll get that rubbish off your mind!"

DESBUNDA!!!

É a música-desbunda do momento, meus amiguinhos! Chama-se "Chinese Children" e é pertença deste Senhor na foto. Devendra Banhart é o seu nome e é, na minha humilde opinião, o detentor de um recorde muito particular: este Senhor tem a carreira «mais-rápida-mais-prolífera-mais-incrível-e-tudo-em-aparente-desbunda-quase-sem-querer» que eu alguma vez tive a oportunidade de conhecer!!! Com um sentido de humor/nonsense para lá de fantástico, domina como ninguém tudo o que sejam noções de melodia, ritmo ou estilos musicais. Como definiu, e bem, um amigo meu "este Senhor caga música!".
Para além do mais todos os seus espectáculos são, nada mais, nada menos do que festas de amigos em que o público não é mais do que os primos afastados, os vizinhos do lado, os amigos da escola e oa parceiros de bebedeira. Por tudo isto, importa não só descobrir com a máxima brevidade a sua discografia, como decorá-la de trás para a frente para podermos todos cantar a palavra do Senhor no próximo dia 12 de Novembro na Aula Magna.
Todos juntos, meus irmãos "If I lived in China I had some chinese children..."

quinta-feira, outubro 06, 2005

Sim, é uma pilinha...


(Já sei que me vou arrepender de escrever este post, mas vamos lá...)


Este fim de semana arrisquei os prazeres da depilação genital. QUAIS PRAZERES!? ESTA PÔRRA DÁ UMA COMICHÃO QUE DESESPERA!!! ONDE ESTÁ O PRAZER? ONDE??
Pronto, realmente, e vendo-me ao espelho, nem parece o meu velho amigo... mas também, desse ponto de vista... da próxima vez que me der a vontade de, enfim... lhe dar carinho e já que não me parece ser o meu velho companheiro de luta... vai ser um pouco como mexer no velho companheiro de luta de outro rapaz... BLARGGGHHH!!!

SEXO!!!!

Aviso à navegação: música para fazer o amor, nota 10!! "I've been thinking" dos Hansome Boy Modelling School com a participação de Cat Power. Que TESÂO, meus amiguinhos! Isso é que é!!
Qual Júlio Machado Vaz, qual carapuça!!
Experimentem-na e digam da vossa justiça. E já agora, mandem sugestões de outras sonoridades que vos ajudem a desempenhar melhor esses... exercícios...

quarta-feira, outubro 05, 2005

O Vento


Já tiraram algum do vosso tempo para pensar como o vento é algo de bonito e misterioso? Por certo já o insultaram por vos despentear o cabelo ou por vos espalhar os papéis pela rua. Mas já se dedicaram a observar com mais atenção os diversos efeitos que o vento provoca nas mais pequenas coisas ao vosso redor?

Já alguma vez apreciaram a sensação da brisa soprada de encontro a vossa pele? Já se deliciaram ao observar os movimentos dos pássaros quando embalados pela inconstância do vento? Já pararam um minuto que fosse para ouvir o seu som através das folhas de uma àrvore? Já se questionaram de onde vem o vento e para onde ele vai, assim que passa por nós na rua?

Como o vento, quantas destas pequenas coisas nos passam completamente despercebidas? Ou melhor, porque não passamos mais tempo a olhar para elas com olhos de fantasia em vez de usarmos este olhar constantemente crítico e amargo que não nos deixa ser apaixonados e sonhadores?

terça-feira, outubro 04, 2005

O Eclipse

Pois bem, não querendo aqui cair naquela onda new age que me irrita solenemente - velas, incensos, musiquinha com sons de golfinhos, etc... - gostava no entanto de deixar a minha impressão acerca deste eclipse que, mais uma vez, fez parar Portugal.
É UMA CENA DO CARAÇAS!!! Se há coisa que me sensibiliza e impressiona, é a natureza. Os fenómenos naturais, a vida animal, a forma como está tão bem organizada, deixam-me completamente fascinado.
Ao testemunhar este eclipse, por exemplo, senti-me emocionado pela beleza de todo o fenómeno, mas também a pensar para com os meus botões "aquilo tá-se mesmo a mexer...".
Eu sei, soa um tanto ao quanto ridiculo, mas a verdade é que, de tão habituados que estamos a ver ambos os astros paradinhos lá no seu céuzinho, nem nos apercebemos do tamanho incomensurável - mesmo da Lua - desses dois corpos, dessas duas massas, e de que ambos estão em constante movimento. É um pouco como tentarem imaginar o que é ter 100 milhões de contos. Conseguem? Pois. Eu não consigo imaginar como é, ver o Sol, em toda a sua magnitude, a deslocar-se, a pulsar, a explodir, enfim, a viver a sua vidinha. Alguém dizia, num documentário na TV, que um segundo de energia solar era superior a toda a energia que a humanidade já consumiu em toda a sua existência... PÔRRA!!! É muita energia! Especialmente se contarmos com o que se gasta em Las Vegas, Paris, ou nas baixadas ilegais que os ciganos fazem para as suas barracas...
Seja como for, a imagem do eclipse é também bonita porque nos permite fantasiar sobre ela. Como sempre o homem fez em relação àquilo que desconhece, mas pelo qual se sente atraido.
Hoje, uma boa amiga dizia-me que gostava de acreditar que o Sol e Lua, eternos apaixonados, só se podiam encontrar nestas circunstâncias. Logo, o que estamos a presenciar é uma história de amor triste. Dois apaixonados que somente se podem ver por breves momentos e em pouquíssimas ocasiões...
E não são as histórias de amor tristes as mais bonitas? E não são essas as nossas histórias de amor preferidas?
Hmmm, acho que vou regressar a este tema...

E Bibó LAF, mesmo!!!

Como já aqui tinha dito, no passado Sábado o LAF -Conedy Club completou um aninho de vida.
Como não podia deixar de ser a festa foi de arromba! Pela parte que me toca foi óptimo estar com pessoal amigo, nomeadamente com a malta da Região Estrangeira, sem ser em trabalho. Boa conversa, boa maluqueira e, acima de tudo, um ambiente como já há muito não se via no LAF. Espero que seja o sinal de que as coisas vão melhorar. Talvez o fim da silly season possa trazer novamente os dias de loucura àquele que é - e nunca é de mais recordar - o único Comedy Club de Portugal.
Nesse sentido, e agora que já não faço parte da equipa do LAF, devo confessar que senti uma nostalgiazinha, mas que nunca chegou para estragar a noite.

Por mim estou pronto para mais um ano - até porque o ambiente... «feminino» começa realmente a aquecer... Ufffa!

Aaaaai, a minha primeira BD...



Não a minha PRIMEIRA BD, mas sim a minha primeira BD colocada aqui neste blog.
Representa a minha resposta à vergonhosa cimeira dos Açores, que resultaria na invasão do Iraque.
Como devem estar recordados, o nosso primeiro ministro - na ocasião, Durão Barroso "O Fugitivo" - acabou por não conseguir aparecer na «foto»...

Aguardo pelas reacções
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