kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

sexta-feira, outubro 30, 2009

DESCULPE...!?

Há coisas do caraças. Acabo de saber, pelo inestimável blog do Miguel, Campainha Eléctrica, ali ao lado, que o enorme Patrick Watson vem ao Porto no dia 4 de Dezembro...
Imperdível. E desde já um dos concertos do ano.



terça-feira, outubro 27, 2009

PA-PA-PA...

segunda-feira, outubro 26, 2009

KARMABOX WITH A DOUBLE VIEW - PATRICK WATSON


Sem palavras, que não é preciso...




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quinta-feira, outubro 22, 2009

OPINIÕES...


A SIC decidiu ocupar o horário deixado livre pelo programa do «Soltem a parede!» com algo que se assemelha a um programa de entretenimento, decidido a apostar nas diferenças entre homens e mulheres e nas igualdades entre homens e mulheres que formem um casal. A coisa é tão má que nem dá para falar mal, e repete a fórmula recentemente desenhada pelo canal de Carnaxide, apostando na utilização de um humorista - embora o epíteto me arrepie, tendo em conta de quem estamos a falar - e de um gaja para darem vida ao que é irreparavelmente mau. No entanto, a emissão de ontem acabou por trazer um dado interessante e que foi absolutamente consequente e não programado. Uma experiência levada a cabo pela produção, e que tinha como objectivo principal demonstrar a clássica insensibilidade masculina para alguns problemas sociais, colocou uma miúda de apenas 8 aninhos a fazer de desgraçadinha numa qualquer rua de Lisboa. Durante algumas horas, foram 41 as mulheres que se aproximaram da petiz com o interesse de fazer alguma coisa por ela contra zero homens. Já se estava à espera. O interessante e inexperado pormenor de toda a experiência acabou por ser o comportamento de um cão vadio que, a dada altura se aproximou da miúda, cheirou-a e sentou-se ao seu lado numa atitude de preocupação e protecção. Ou seja, a prova de que os animais mantêm uma dignidade de que os seres humanos já há muito se esqueceram.

Isto para dizer que aplaudo vigorosamente a lei recentemente aprovada pelo governo, e que proibe alguns animais de serem utilizados pelos circos em Portugal. A lei peca por ser incompleta - na verdade a proibição devia ser total - mas é uma prova de que Portugal ainda pode liderar o resto do mundo num modernismo cada vez mais necessário. Chega a ser cómico perceber os argumentos de quem é contra esta lei e a favor de que os animais continuem a ser utilizados para gáudio dos energúmenos. Uns acham que é a única maneira dos ranhosos dos filhos poderem ver animais ao vivo. Outros reutilizam o mesmo discurso idiota da tradição. E outros ainda acreditam que economicamente pode significar um verdadeiro desastre. Há razões ainda mais ridículas, a maioria da boca de gente que, imagine-se, é responsável pelos circos deste país. No entanto, é preciso ter algumas noções que a comunicação social não abordou. Por exemplo, uma que é importante e bastante esclarecedora e que diz, segundo um estudo de 2008, que o circo é somente o terceiro espectáculo menos lucrativo a ter lugar em território nacional. Nem me vou dar ao trabalho de argumentar porque razão os circos não deviam usar animais. Não deviam, simplesmente, e ponto final. O problema é que até aqui a religião católica tem uma culpa que pode não ser evidente, mas que é real, já que sempre defendeu que os animais são inferiores ao homem e estão na terra para o servir.



A mesma religião católica que mais uma vez se sente ofendida na sua honra por um livro. O livro desse diabólico Saramago, ser repugnante, mefistofélico e ainda por cima comuna convicto. Um cronista que muito respeito e admiro, escrevia na edição de hoje do Jornal de Notícias que Saramago como escritor que é, devia ter compreendido que a Biblia é um livro que mistura factos reais com ficção romanceada, e que por isso mesmo não o devia atacar como publicamente fez. Pessoalmente, gostava de saber que factos são esses e quantos foram histórica e cientificamente comprovados. Por outro lado, a verdade é que esse livro baseado em factos reais e numa belíssima ficção, foi o ponto de partida para algumas das maiores atrocidades cometidas na história da humanidade, essas sim, factos comprovados e de uma forma absolutamente irrefutável.

Isto para dizer ainda que Saramago, esse diabólico filho do demo, deu uma verdadeira lição de tudo e mais alguma coisa a Judite de Sousa, entrevistadora ao serviço da RTP e que ontem, a seguir ao jornal da noite, mostrou ao país como se prepara mal uma entrevista, como se conduz uma entrevista de forma totalmente parcial e incendiária e, acima de tudo, como se faz má figura e como se perde o controlo a uma entrevista. Saramago dominou-a inteiramente e ridicularizou-a. Sem esforço, sem perder a compostura e a educação, e, mais importante que isto tudo, sem ter essa intenção. Ou seja, venceu a entrevista somente por responder a tudo com sinceridade, com certeza e com inteligência. O homem pode estar velho e muito debilitado e ainda ser o primogénito de satanás, mas é inteligente que até magoa. Pelo menos pareceu-me que a de Sousa saíu do estúdio a coxear...

segunda-feira, outubro 19, 2009

TUP NO FACEBOOK

Exactamente, para além de um blog que vai estando inactivo - pelo menos enquanto não houver motivo de reportagem - o TUP está desde hoje nessa grande comunidade que é o Facebook. Os convites já foram enviados, mas caso tenha ficado alguém de fora, é favor ir lá espreitar.

sábado, outubro 17, 2009

BEM MELHOR QUE ISSO...

É basicamente tudo o que não é a nova novela da SIC.

Como Kim Joon, um coreano que faz umas coisas engraçadas...






Ou como Brian Dettmer e Scott Campbell, americanos, que dominam o que se chama muito simplesmente corte por laser. Para além disso, Campbell é também um tatuador mais conhecido que o pai natal. Dettmer prefere livros como matéria prima, Scott Campbell, notas de dólar. Seja como for...







PÔRRA LÁ PARA O CARAÇAS!

Por razões que nem me atrevo aqui a divulgar, acabo de ver o primeiro episódio da nova novela da SIC, "Que Perfeito Coração". E ainda bem que o fiz, nada me dá mais gozo do que ter razões para destilar todo o meu veneno.

E vamos a isso.

Primeira observação, fácil, aliás: a SIC percebeu que era melhor começar a fazer novelas com o nome de músicas portuguesas que andam na moda. Neste caso, a horrível versão da música de Amália Rodrigues da responsabilidade de uns indivíduos de que me recuso a mencionar o nome.

Depois, é mais uma novela, com os actores de sempre, em ritmo sonolento de cruzeiro só alternado pelo pior over-acting possível. Mal realizada, mal filmada, mera colecção de clichés gastos, ridículos e que nunca, mas nunca, foram uma boa ideia.

Para além disso, esta novela tem talvez o pior argumento de sempre da história da televisão portuguesa. E literalmente despejado desde logo no primeiro episódio. Portanto, temos uma revolta popular nas ruas de Lisboa, dois jovens que aí se conhecem e imediatamente se apaixonam, que se afastam porque o rapazito tem de ir para Berna em Erasmus, situação que na novela não dura mais do que dois minutos, já que a moça rapidamente vai ao seu encontro, fazem sexo louco que resulta na também instantânea gravidez da desraçada, regressam a Portugal, o rapaz vai ter com uma velha amiga e descobre que ela é vítima de agressões e assédio sexual por parte do dono do banco onde está empregada, acto contínuo decide tirar satisfações com o biltre e ameaçá-lo de pancada ou algo assim, regressa a casa para se pôr bonitinho e ir jantar a casa da moça onde conhece o futuro sogro que só por acaso é o dono do banco que acabou de ameaçar (pausa)

Ora, obviamente nem um nem outro têm intenção de contar à pobre ignorante o que se passou e na primeira oportunidade que têm sem ela por perto decidem insultar-se do piorio, sendo que o rapaz mantém a postura de tipo idóneo, correcto e mesmo boa pessoa, coisa que acaba por não funcionar em seu proveito, já que o velho abutre tem língua afiada e humilha o puto ao ponto de ele se retirar do palacete sem sequer esperar pela moça que entretanto tinha ido pôr perfume sabe-se lá onde (nova pausa para tomar um café)

A moça, confusa pela ausência do moço telefona-lhe em busca de explicações mas o rapazito fica sem bateria no telemóvel e ele não tem outra solução se não voltar ao covil do velho merdoso e entrar pela janela no quarto da prenha e esclarecer a situação, momento em que o pai dela entra pela porta dentro, zanga-se muito - embora não pareça - e empurra o pobretanas para fora de casa, para o meio da intempérie que se faz sentir na noite escura, atitude fortemente repudiada pela filha que, ao tentar ir atrás do pai do filho que ainda nem sequer é mais do que um pó, cria um novo conflito com o seu velho pai que faz a clássica ameaça "se saires excusas de voltar aqui" e à qual ela não liga patavina (pausa para efeito dramático)

O moço entretanto meteu o pneu da carrinha que o seu humilde pai havia emprestado num buraco, e tem de voltar para casa debaixo de um dos maiores dilúvios de que há registos, mas em passo dramaticamente lento, que isto de pensar na vida e em acontecimentos recentes atrasa o passo a qualquer um, e ainda bem, porque é assim que a moça o encontra (pausa porque já não faz sentido escrever tudo seguido)

A moça chama o moço, ela sai do seu carro, ele atravessa a rua e apanha com um carro no lombo que é um mimo. A seguir temos os dois deitados no chão, ele desmaiado e ela aos gritos, mas em posição de quem acabou de fazer sexo quente e louco. O rapaz vai direitinho para o hospital e o que se segue a seguir é digno de uma novela no Burkina Faso. Portanto, os pais do rapaz são classe baixa com dificuldades extra promovidas pelo pai, esbanjador profissional, e estão prestes a perder o seu negócio e a casa para o banco... cujo presidente é o velho gavião, pai da moça. É a oportunidade perfeita de afastar o moço extropiado da sua filhinha querida. E como? Simples. No momento em que o rapaz foi expulso de casa, o senhor presidente do banco telefonou a um investigador pedindo (isso mesmo) que procurasse saber tudo, mas mesmo tudo, acerca do jovenzito. Horas depois, e apenas com o nome próprio do atropelado, já o ditador bancário sabe tudo acerca dele e da sua família. Usando essa preciosa e bem guardada informação, propõe aos agastados pais um negócio do arco da velha e que vou tentar explicar. Subornado pelo mesmo velhaco, o cirurgião de serviço comunica aos pais do infeliz e à moça que o puto não se safou na operação e quinou. Drama drama drama e então, do nada, o negócio mefistofélico. Cheio de guito e de contactos privilegiados - e com um bom telefone por satélite, obviamente - o bancário oferece-se a pagar um coração novo, made in USA, que será a salvação do sinistrado. Ah, pois, não disse... O rapaz afinal está vivo, mas se eles concordarem em não dizer nada a ninguém, ele permanece «morto», especialmente para a filhota.

E pronto. É assim que se conseguem audiências. No entanto, passar por esta provação serviu-me para esclarecer uma coisa: a moça, a mesma que fez de Amália no filme "Amália", e que se chama Sandra Barata Belo, é mesmo muito má actriz. É esforçada, mas é fraquinha, muito fraquinha.

sexta-feira, outubro 16, 2009

VIDEO MATE DATE CHALLENGE

Eu não queria começar par aqui a disparatar vídeos como se não houvesse amanhã, mas há coisas a que um homem não resiste. E há homens que pensam que não há mulheres que lhes resistam...

OPEN HAPPINESS

Este acho que até os detractores da marca, inimigos convictos do capitalismo, vão adorar. Se não é um dos melhores anúncios de sempre...



Se quiserem ver com mais qualidade cliquem aqui.

STRUCK

Impossibilitado de publicar o vídeo respectivo por falta de permissão para a faixa de som, fica o link de uma curta-metragem maravilhosa. Para ver já.
Multi-premiado, bom elenco de caras conhecidas, poupança de diálogos e muito delicioso.
Nem me ocorreu um título bom o suficiente para este...
É somente a música de abertura da última tournée de Tom Waits, Glitter and Doom, e como sempre, arrepiante. O homem está cada vez melhor, e cada vez me convenço mais de que é o diabo em pessoa, que se fartou da vidinha que levava no inferno e que veio ao mundo para cantar para nós.
A partir de hoje sou oficialmente satânico...



Já agora, o Diabo decidiu-se de uma vez por todas a autorizar um site oficial. Passem três vezes por dia, antes das refeições, e consultem tudo o que há para consultar. Especialmente o disco ao vivo da referida tournée, do qual podem sacar oito musiquitas. Esta, por exemplo.

Entretanto, se quiserem acompanhar a canção, têm aqui a letra. Não tentem imitar a voz; eu já caí nesse erro e fiquei com umas dores do caraças...

Well they call me William the Pleaser
I sold opium fireworks and lead
now I'm telling my troubles to strangers
when the shadows get long I'll be dead

now her hair was as black as a bucket of tar
her skin as white as a cuttlefish bone
I left Texas to follow Lucinda
Nnw I'll never see heaven or home

I made a wish on a sliver of moonlight
a sly grin and a bowl full of stars
like a kid who captures a firefly
and leaves it only to die in the jar

as I kick at the clouds at my hanging
as I swing out over the crowd
I will search every face for Lucinda's
and she will go off with me down to hell

I thought I'd broke loose of Lucinda
the rain returned and so did the wind
I cast this burden on the god that is within me
and I'll leave this old world and go free

the devil dances inside empty pockets
but she never wanted money or pearls
no that wasn't enough for Lucinda
she wasn't that kind of girl

now I've fallen from grace for Lucinda
whoever thought that hell he'd so low
I did well for an old tin can sailor
but she wanted the bell in my soul

I've spoken the god on the mountain
I've swam in the Irish sea
I ate fire and drank from the Ganges
I'll beg there for mercy for me

I thought I'd broke loose from Lucinda
the rain returned and so did the wind
I was standing outside the Whitehorse
oh but I was afraid to go in

I heard someone pull the trigger
her breasts heaved in the moonlight again
there was a smear of gold in the window
and then I was the jewel of her sin

they call me William the Pleaser
I sold opium fireworks and lead
now I'm telling my troubles to strangers
when the shadows get long I'll be dead

her hair was a black as a bucket of tar
skin as white as a cuttlefish bone
I left Texas to follow Lucinda
I know I'll never see heaven or home

Ain't goin' down
ain't goin' down
momma to the well
momma to the well
momma to the well
momma to the well
no more

ain't goin' down
momma to the well
momma to the well
momma to the well
momma to the well
no more

I'm a true believer
I'm a true believer
believer

ain't goin' down
ain't goin' down
momma to the well
momma to the well
momma to the well
momma to the well
no more
ain't goin' down

if I ever get able
if I ever get able
able
to pay this debt I owe
ain't goin' down
I ain't goin' down
momma to the well
momma to the well
momma to the well
no more

ain't goin' down
momma to the well
momma to the well
momma to the well
no more
ain't goin' down

terça-feira, outubro 13, 2009

MEDIASTORM

Vale a pena ter este site na lista dos preferidos. Qualquer um que goste de bom jornalismo - deveria dizer jornalismo à séria, mas sobre isso falarei outro dia - ou que goste de saber mais do mundo sem estar dependente da filtragem redutora dos nossos orgãos de comunicação deveria espreitar o site da MediaStorm .
Este é o jornalismo em que acredito e o mundo real, que raramente vemos nas televisões.

CIRCO AUTÁRQUICO

Da verdadeira festa que é a noite das eleições autárquicas, várias foram as peripécias e várias são as leituras possíveis. Portanto, sem perder mais tempo, vamos a elas.

Continua a ser patético ouvir a líder do PSD reclamar vitória, num sufrágio em que o seu partido perdeu cerca de vinte autarquias, e literalmente para o seu concorrente directo, o PS. Chega a dar pena, ver a Manuela Ferreira Leite numa tentativa desesperada de parecer sincera e convencida do que está a dizer. É cómico ver os principais assistentes da líder tentarem também desesperadamente contornar as principais derrotas das referidas eleições, valorizando algumas vitórias supostamente importantes.

A verdade é esta: o PS é obrigatoriamente o vencedor destas eleições. Porque teve mais votos, porque conquistou mais autarquias que nas eleições de 2005 e porque ainda conseguiu vitórias importantes em câmaras tradicionalmente de outros partidos - nomeadamente a Leiria do PSD e a Beja da CDU. Para além disso, é importante perceber que em cerca de 60 câmaras o PSD concorre coligado com o CDS-PP, pelo que é natural que obtenha alguma vantagem em relação às outras forças políticas.

Portanto, não tenho dúvidas nenhumas de que a responsabilidade de mais uma derrota eleitoral do PSD - e em tão pouco tempo - é da sua líder, Ferreira Leite. Primeiro porque fez más opções na escolha de alguns candidatos - Leiria será, porventura, o melhor exemplo. Segundo, e mais importante, porque continua a não saber, ou a não ser capaz, de dar um rumo claro ao seu partido. Um partido, já agora, cansado, sem ideias e em que toda a gente tenta abandonar o barco.

Os tubarões do PSD assumiram uma postura de outsiders que fragiliza qualquer líder que se atreva a pegar na direcção da coisa, e que descridibiliza a própria organização. Luís Filipe Menezes paira triunfante sobre o seu partido. Alberto João Jardim admite na televisão que o PSD Madeira é um partido autónomo e que nada tem a ver com o que se passa no continente. Pacheco Pereira e Marcelo Rebelo de Sousa não são mais do que meros opinion makers que sacodem constantemente os ombros e se ilibam de quaisquer responsabilidades partidárias. Santana Lopes, outro eterno afastado das grandes decisões sociais-democratas, acaba por ser um derrotado triunfante nestas eleições, já que consegue um bom resultado na câmara de Lisboa, consequência de uma boa campanha eleitoral. Santana gosta de política, isso já se sabe, e gosta de uma boa competição, honrada, educada e sem ataques pessoais de baixo nível. Não foi suficiente para vencer António Costa, mas chegou para provar a Ferreira Leite o que é necessário para se ser um político com carisma. É obvio, Santana não é um político com uma carreira lá muito saudável. Tem personalidade, mas não é eficaz e acaba por ser isso que dita o seu afastamento do centro nevrálgico do PSD.

Conclusão: Manuela Ferreira Leite tem de se pôr a andar e rapidinho. O PSD é claramente um partido envelhecido. Tanto no que diz respeito aos tubarões como no que diz respeito aos autarcas. E chegamos a outro claro erro de casting da líder: afastar Pedro Passos Coelho. Sobre isso, os meses que se seguem falarão bem melhor do que eu poderia aqui fazer. Veremos...

Continuando: a CDU levou nas ventas mas afirma que foi uma vitória; o BE foi totalmente arrasado, como era de esperar, aliás; o PP é o partido do atrelado, isto é, concorre quase totalmente ao colo do PSD. Fora isso, resta referir a derrota do Avelino e da Fátima Felgueiras, a perda da maioria absoluta do major e a reeleição de um senhor que, se tudo correr bem, vai parar à cadeia não tarda nada.

Portanto, o PS vence, Sócrates vence, e o PSD, apesar de continuar a ser o partido com mais autarquias, perde as eleições. Três eleições, duas derrotas para Manuela Ferreira Leite e duas vitórias - embora não esmagadoras - do senhor Sócrates deixam uma coisa bem clara: o PS, pese embora todos os defeitos, tem uma estratégia, tem objectivos, e parece ter vontade de lutar por eles. Está organizado e é, aparentemente, um partido mais jovem e com mais figuras do que o PSD. É assim a atirar para o mauzinho, mas dá garantias que os sociais-democratas parecem não querer dar. Pelo menos não demonstram qualquer esforço de concertação, unidade e harmonia.

segunda-feira, outubro 12, 2009






É melhor deixar já bem claro que "Hunger", o primeiro filme realizado por Steve McQueen é desde hoje de manhã um dos meus filmes preferidos de sempre.
Dito isto...
Steve McQueen nasceu em 1969 e quase de certeza que deve o seu nome ao facto dos seus pais serem grandes fãs da estrela de Hollywood. No entanto, o homem não se tornou famoso pelo nome mas sim por fazer parte desse movimento cultural conhecido por YBA (Young British Artists). Artista plástico com algum nome no Reino Unido, McQueen apostou sempre em realizar pequenos filmes, normalmente a preto e branco, projectados em paredes das galerias onde expunha.
Posto isto, falemos do seu primeiro filme fora do universo das galerias e museus. "Hunger", também escrito pelo realizador, conta a história de Bobby Sands e de outros 70 activistas do IRA, prisioneiros na década de 80 e que não satisfeitos com a falta de reconhecimento que tinham por parte do movimento republicano que apoiavam, e pela falta de apoio da comunidade internacional, decidiram fazer uma greve de fome concertada e sem quaisquer hipóteses de ser interrompida. Ou seja, uma greve de fome até às últimas consequências.
Os 75 detidos não tinham quaisquer direitos. Viviam como animais, e a brutalidade dentro da cadeia era inenarrável. Assim sendo, é preciso vê-la, não desviar os olhos e vê-la, e é mesmo isso que o filme de McQueen nos obriga a fazer. Não é de forma alguma um filme para qualquer estômago. É duro, violento, nojento, revoltante... e belíssimo. Parece uma contradição, mas é mesmo necessário ver a obra de McQueen para perceber como é possível um realizador tornar um filme em que homens nus, subnutridos, sujos, que pintam as paredes das suas celas com os próprios excrementos, num objecto de uma beleza clínica, poética e totalmente inabalável.
Em "Hunger" cada plano, cada cor, cada som, cada peça de roupa ou de mobiliário são pensados ao mais ínfimo pormenor. Cada fotograma de "Hunger" foi claramente planeado com a maior e mais cuidada das minúcias. É nesse sentido um filme-obra-de-arte. Um quadro, uma escultura, um projecto arquitectónico. Terrivelmente belo.
Mas de uma beleza que não nos deixa nunca sossegados. Que nos esmurra continuamente o estômago, que nos mete naquelas celas, que nos faz sentir o cheiro daqueles homens e que nos obriga a sentir as dores das bastonadas e dos pontapés nos rins. Sem pedir autorização, McQueen filma o que tem de ser filmado, sem paninhos quentes, sem cuidados com a sensibilidade dos outros; quem aguenta vê, quem não aguenta...
E como filme bem, Steve Mcqueen. com toda a calma do mundo, sem preocupação com o passar dos segundos, dos minutos. Porque todas as suas imagens contam uma história; todas têm um significado, não são decorativas. E esse minimalismo, essa poupança de energia, reflecte-se na escassez de um texto desnecessário, na contenção dos actores, brilhantes, na intensidade dos olhares e na música, quase ausente, mas afinal tão importante.
E depois há o tal Michael Fassbender, de quem toda a gente falou durante meses, e que nos deixa ver quem foi Bobby Sands, como viveu e como morreu. E é assombroso. Verdadeiramente arrepiante. A meter no bolso, com um punhado de frases, qualquer actor vivo ou morto no universo do cinema. É obrigatório estudar o seu desempenho, e tentar perceber o que é necessário fazer para se alcançar um desempenho assim. São coisas que nenhuma escola de teatro ensina.

O final de "Hunger" acaba por ser o último murro no externo que levamos ao fim de hora e meia de brutal pancada no corpo. É belíssimo, como não podia deixar de ser, e tão calmo que à primeira vista nem parece fazer parte do mesmo objecto. No entanto, lembramo-nos do que acabámos de ver e apercebemo-nos de que afinal, há um certa calma, uma harmonia, que são transversais a todo o filme. O seu final é só a conclusão lógica de tudo o que nos foi dado a testemunhar. Mas é um murro.

Já não me lembrava de ficar tão quebrado, tão desgastado, com um filme. E no entanto, apetece-me ir a a correr para casa para o ver outra vez.






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sexta-feira, outubro 09, 2009

IRVING PENN 1917-2009

É tão simples quanto isto: morreu um dos maiores e mais reconhecidos fotógrafos da história da humanidade. «Dono» da capa da prestigiada Vogue por mais de 50 anos, ficou por isso injustamente conhecido como fotógrafo de moda. Mas Irving Penn era muito mais do que isso. Era fotógrafo de pessoas, e como poucos conseguiu, sempre de uma forma surpreendente, dar-lhes um outro lado; como se nos desse a hipótese de as vermos de um ângulo que nem suspeitavamos existir. Deu esse outro «ângulo» a famosos de todas as áreas, do cinema à pintura, da escrita à inevitável moda. Picasso, Miles Davis, Truman Capote e Woody Allen, nas imagens em anexo, tornaram-se ícones maiores do que já eram por sua causa. Irving Penn transformou-os em quadros, em obras de arte.
Já não se fazem fotógrafos assim, desbravadores de terreno, inventores de géneros.










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NICK BRANDT



Nick Brandt é um fotógrafo inglês que em boa altura se decidiu a dedicar a sua carreira ao mundo animal e em particular à vida selvagem em África. As suas fotografias - com muitas horas de Photoshop - reflectem a mitologia quase mítica (e mística) que o continente negro exerce em todos nós - apesar de todos os problemas e dificuldades de que padece.
Podem e devem visitar o seu
site oficial. É obrigatório, digo eu.






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O HOMEM É RÁPIDO


Começo desde já por admitir que fiquei contente com a atribuição do Nobel da paz ao presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama. No entanto, e antes de tentar perceber porque lhe foi dada tamanha honra, convém perceber algumas das várias leituras que o acontecimento pode ter.

1º O Nobel pode ser um incentivo da comunidade internacional, esperançada em Obama e na sua inquestionável capacidade de liderar e motivar;
2º Pode também ser um aviso da mesma comunidade, a prova máxima de que está atenta ao que Obama prometeu em campanha eleitoral;

3º Não fugindo à eterna teoria da conspiração, pode muito bem ser uma tentativa desesperada de limpar a imagem dos EUA junto do resto do mundo;

4ª Nesse sentido, e no limite, pode ser um murro bem encaixado nas beiças de George Bush filho e dos seus chacais.

Seja lá o que for é bom. Seja qual for a razão, é um sinal fortíssimo de que a comunidade internacional confia em Obama e tem esperança de que o homem consiga reunir ao seu redor as desigualdades dos outros; que consiga, de uma vez por todas, transformar inimigos irracionais em conversadores civilizados e esclarecidos. Não é fácil, mas pela primeira vez em muitas décadas parece minimamente possível.

Obama já não precisava de mais nada para ser parte integrante da história da política mundial. Ser o primeiro negro presidente de um país ocidental era mais do que suficiente. Ainda assim, o homem continua apostado em bater todos os recordes de popularidade, algo raro em qualquer político. Obama é como aqueles futebolistas que na primeira época num clube grande conseguem conquistar todos os troféus, colectivos e individuais.


quinta-feira, outubro 08, 2009

AINDA ACERCA DAS LEGISLATIVAS

Quase não foi discutido na campanha eleitoral para as legislativas de há duas semanas, mas de repente o casamento entre pessoas do mesmo sexo arrisca-se a ser um problema bicudo para José Sócrates e os seus.

Ou seja:

Sócrates perdeu a maioria absoluta, pelo que vai precisar, para esta como para outras leis, do apoio dos restantes partidos com assento na assembleia da república. Por outro lado, o primeiro-ministro sabe que o referido e polémico assunto não encontra o apoio de todos os socialistas. Por essa razão, Sócrates, que não quer um conflito interno no arranque de uma nova legislatura, vai com toda a certeza dar liberdade de voto aos seus deputados.

Portanto:

das duas uma, ou a lei é reprovada na assembleia da república por falta de maioria, ou Sócrates tem um grave problema interno no seu partido. Seja como for, vai ser bonito de ver.

ORA BEM...

Há dois ou três dias passei por uma arruada do Rui Rio e, consequentemente, pelo seu autocarro, que anda às voltas pela cidade do Porto com música aos berros. Uma das músicas que se ouve várias vezes em poucos minutos, tornou-se famosa por culpa de uma certa telenovela brasileira que ainda está em exibição na SIC. O refrão é muito simples e diz assim "você não vale nada mas eu gosto de você"...
Fiquei na dúvida: é Rui Rio quem se apropria da frase em brasileiro e a dirige ao Porto, ou foi o assessor de imprensa contratado para estas eleições que a conseguiu meter na campanha como indirecta ao candidato do PSD?
Se for isso eu agradeço.

segunda-feira, outubro 05, 2009

KARMABOX WITH A VIEW - TOM WAITS - "WHAT'S HE BUILDING IN THERE"



What's he building in there?
What the hell is he building
In there?
He has subscriptions to those
Magazines... He never
Waves when he goes by
He's hiding something from
The rest of us... He's all
To himself... I think I know
Why... He took down the
Tire swing from the Peppertree
He has no children of his
Own you see... He has no dog
And he has no friends and
His lawn is dying... and
What about all those packages
He sends. What's he building in there?
With that hook light
On the stairs. What's he building
In there... I'll tell you one thing
He's not building a playhouse for
The children what's he building
In there?

Now what's that sound from under the door?
He's pounding nails into a
Hardwood floor... and I
Swear to god I heard someone
Moaning low... and I keep
Seeing the blue light of a
T.V. show...
He has a router
And a table saw... and you
Won't believe what Mr. Sticha saw
There's poison underneath the sink
Of course... But there's also
Enough formaldehyde to choke
A horse... What's he building
In there. What the hell is he
Building in there? I heard he
Has an ex-wife in some place
Called Mayors Income, Tennessee
And he used to have a
consulting business in Indonesia...
but what is he building in there?
What the hell is building in there?

He has no friends
But he gets a lot of mail
I'll bet he spent a little
Time in jail...
I heard he was up on the
Roof last night
Signaling with a flashlight
And what's that tune he's
Always whistling...
What's he building in there?
What's he building in there?

We have a right to know...

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Tom Waits

More from album :
Mule Variations

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sábado, outubro 03, 2009

BATIDA



O nome faz ainda mais sentido se dito com o inconfundível sotaque angolano, mas para já ainda não o sei reproduzir por escrita.
Conheci hoje mesmo os Batida, meus «patrícios», criadores de música impossível de ouvir sentado e quieto - a não ser em casos que o justifiquem. Não, não é Buraka Som Sistema, com todo o respeito que o projecto de Kalaf me merece, mas também não anda lá muito longe. Pelo pouco que me foi possível ouvir, parece um bocadinho dos Buraka, com Terrakota, mais o verdadeiro museu arqueológico de música angolana que lhes foi disponibilizado, tudo cozinhado pela vontade de fazer diferente de Dj Mpula, Beat Laden, Ikonoklasta, Sacer, Roda e Limão.
Passem pelo MySpace «dá bánda» e confirmem as novidades.
Por mim, o meu coração angolano está rendido.



sexta-feira, outubro 02, 2009

SÉRIE B... MAIS OU MENOS



Graças ao mesmo Eduardo do post lá mais em baixo, vi hoje dois filmes saídos directamente do imaginário tão próprio dos filmes série B que há muitos, muitos anos faziam as delícias de quem ia ao Fantasporto à procura de sangue, tripas às carradas, e/ou histórias mais ou menos delirantes, argumentos cheios de teorias da conspiração e big brother is watching you até à medula. E os dois que vi não fariam má figura num cenário assim. De todo.
No entanto...

Um é substancialmente melhor do que o outro. Começo por isso pelo mais fraquinho, "Splinter".

Misto de filme de zombies com algo decalcado do magnífico "The Thing" de John Carpenter, "Splinter" fala-nos de uma espécie de criatura - alien, bactéria, vírus? - que toma posse de todos os ossinhos no nosso corpo e lhes dá uma espécie de vida e vontade próprias. Daí o toque zombie da coisa. E tudo começa razoavelmente bem.

Casalinho totó procura umas férias de paz e sossego. Casalão rude e redneck, meio drogado, meio bandidola de pistola em punho acaba com as esperanças de casalinho totó. Vão todos parar a uma estação de serviço de beira de estrada no meio de nenhures e... o resto é fácil de adivinhar. Como já disse, o filme começa bem, com a dose certa de preparação, sem dar seca nem fazer esperar demasiado pela verdadeira acção, e os primeiros momentos de tensão e horror são bem interessantes, angustiantes e, a abono da verdade, nojentos - o som dos ossos a estalar é tal e qual como o Eduardo me havia dedicadamente descrito.

O problema começa com uma sequência a fazer lembrar um dos velhinhos "Evil Dead" de Sam Raimi, em que uma mão-zombie persegue o nosso herói em busca de sangue. O problema é que num filme que se queria sério, essa «perseguição» tem exactamente o mesmo efeito que no filme de Raimi. Ou seja, é hilariantemente ridícula. Seria essa a intenção de Toby Wilkins, o realizador? Seja como for, essa cena marca o declínio do filme, em ritmo e em interesse, já que se percebe desde logo como tudo vai terminar.

Para além disso, e não satisfeito com a cena da mão, o realizador ainda se atreve a filmar outra sequência digna de figurar na lista das mais caricatas do ano. Novamente, numa série de acontecimentos mais ou menos stressantes, intromete-se o seguinte cenário: homem mau tem de cortar braço, entretanto infectado pelo tal agente contagioso. O que é que há à mão? Um X-acto com uma lâmina pequena de mais. Portanto, temou uma moça a segurar no braço enquanto o moço o corta acima do cotovelo como quem corta uma fatia de lombo. A moça aguenta-se sem vomitar ou desmaiar. O problema é que o pedaço de cutelaria não chega para cortar osso e o médico emprestado tem de se decidir pelo arrancar do membro por tijolo de betão de elevadas dimensões. Minutos depois o amputado está refasteladamente sentado à conversa com os dois totós, sem dores e relativamente bem humorado. O ambiente é quase de festa e todos parecem ter-se esquecido da besta dos infernos que espera por eles lá fora. Senti incontornavelmente que estavam a gozar com a minha cara...
Podia ser bom, mas não é.






"The Killer Room" também não é exactamente original, ou por aí além surpreendente, mas consegue manter uma hora e meia de interesse e de incerteza, tudo embrulhao numa filmagem com estilo, elegância e a frieza necessárias a um filme deste género.

Qual género? O género de filmes inferiores como "Cube" ou "Cube 2: Hypercube", o primeiro "Saw" e outros que tal. Um conto à boa maneira da "Quinta Dimensão", com todos os ingredientes que lhe deram milhões de fãs dedicados. Temos uma agência que não parece ser governamental - aliás, que parece estar acima de qualquer governo - temos cobaias humanas, completamente despreparadas para o que lhes está para acontecer, temos conflito originado pelos instintos mais primários do ser humano e temos um final, isso sim, surpreendente.

Para além de que temos um bom e seguro elenco - Chloë Sevigny, Peter Stormare, um sempre bom Timothy Hutton e o mesmo Shea Wigham que em "Splinter" fica sem o bracinho... - uma óptima banda sonora e uma direcção de fotografia acima do normal para cinema neste patamar.

Conclusão: "The Killer Room" fica mais uns dias no meu computador para quem o quiser ver, enquanto que "Splinter" foi direitinho para a reciclagem.


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AINDA SOU PRESO...




Sinceramente, o único motivo de interesse/curiosidade que reveste as próximas eleições autárquicas, é saber se Portugal é realmente país para eleger quatro políticos eternamente a braços com a justiça. Isaltino Morais, Fátima Felgueiras, Avelino Ferreira Torres e Valentim Loureiro - que andou generosamente, e por coincidência apenas, a distribuir bilhetes gratuitos para um concerto de Tony Carreira - encheram-se de coragem política e abnegação e voltaram a candidatar-se às autarquias do costume.

Por partes:
Isaltino Morais é presidente da Câmara Municipal de Oeiras desde 1985, e durante esse período de tempo ainda arranjou disponbilidade para ser presidente da Comissão Política Distrital de Lisboa e ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente do governo de Durão Barroso. Já este ano, foi condenado a uma pena de sete anos por crimes de fraude fiscal, abuso de poder, corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais. Foi também condenado a pagar uma indemnização de 463 mil euros ao Estado. Como recorreu da sentença a coisa ficou suspensa e o homem pode exercer à vontadinha o mesmo cargo onde cometeu todos os crimes acima enumerados.
Ah, pertence à Maçonaria...

Fátima Felgueiras tomou conta da autarquia de Felgueiras em 1995, quando o então presidente se retirou para assumir um lugar como deputado na Assembleia da República. O resto é história bem conhecida. Mas em 2005 (convém lembrar) a senhora, a aguardar julgamento, volta a concorrer à Câmara, desta feita como independente, e reconquista a liderança da cidade. Resumindo, foi considerada CULPADA pelos crimes de corrupção e de financiamento ilegal da secção local do PS, mas a pena foi suspensa. Chama-se mesmo Felgueiras...
(A senhora agarrada a ela na fotografia foi quem lhe pagou a viagem ao Brasil)

Avelino Ferreira Torres, para além de ser extremamente irritante e de ser o terceiro deste grupo com um nome que não lembra ao menino Jesus, foi presidente da Câmara do Marco de Canaveses de 1983 a 2000. Para além disso ainda teve tempo para ser arguido no famoso caso do Apito Dourado - o que pode ser natural para um antigo dirigente do Conselho Nacional de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol - e num processo judicial pelos crimes de suspeito de corrupção, peculato de uso, abuso de poder e extorsão. Foi absolvido este ano pelo tribunal local.
É mesmo assim feio e chama-se mesmo Avelino.

O nosso Major, para além de ter sido presidente de um clube que por causa da sua gestão - e da do seu filho, herdeiro monástico da coroa da Boavista - anda pelas ruas da amargura, moribundo, foi também presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, cargo que abandonou... para assumir o de presidente da Assembleia Geral do mesmo organismo. É presidente da Câmara Municipal de Gondomar desde 1993, ano em que trouxe à forma de fazer política o poder, não da palavra ou da imagem, mas do electrodoméstico, e nos tempos livres conseguiu acumular, respectivamente, os cargos de presidente da Junta Metropolitana do Porto e de presidente Conselho de Administração da Empresa Metro do Porto. Foi condenado a três anos de prisão pelos crimes cometidos no âmbito do caso do Apito Dourado mas, imagine-se, a pena foi suspensa.
O seu maior crime terá sido dar dinheiro ao filhinho para formar uma banda chamada BAN...

quinta-feira, outubro 01, 2009

THE CRAZIES

Eduardo, este é para ti...
(O Eduardo é um amigo que diz não gostar de filmes de zombies. Não gostar, penso eu, porque lhe faz impressão... o mariquinhas)


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QUE SE LIXE O SÓCRATES!

Hoje é dia Mundial Da Música, interessa é comemorar.
À grande e à francesa!
Até escrevi a porcaria deste textinho como se estivesse a tocar piano.




DO CARAÇAS, DO CARAÇAS...

É a outra guerra aberta com que o nosso primeiro tem de lidar. Esta é mais antiga e menos importante, mas também mais divertida: com a TVI. Se dúvidas houvesse de que os dois não se gramam nem a tiro, a exibição de mau desportivismo do canal privado na noite das eleições esclareceram-nas de forma limpinha. Sócrates foi o último a dirigir-se ao seu eleitorado e enquanto todos os canais que faziam a cobertura da jornada eleitoral rapidamente se dedicaram a seguir as primeiras palavras do reeleito primeiro-ministro, a TVI limitou-se a... fechar a emissão especial e ocupar dez minutos de programação com toda a publicidade que não tinha emitido.
É divertido, admito, mas é igualmente grave que um orgão de comunicação abra um grave precedente no nosso país. É práctica comum lá fora - nomeadamente nos EUA e Reino Unido - que os media assumam um partido ou uma tendência política; que façam de alguns políticos os seus inimigos figadais sem probelmas de ética ou moral. Em Portugal não é assim tão usual e pessoalmente preferia que continuasse assim. A TVI lá saberá com que linhas editorias se cose.

PARA REGALAR A VISTINHA

É uma das grandes falhas deste blog. Fanático que sou por ilustradores, às vezes nem acredito como facilmente me esqueço de lhes dar aqui o merecido destaque. Pessoalmente considero também ser um grande favor que faço aos que me visitam.
Não têm de quê...

Bill Carman diz ter nascido na Coréia, mas o homem não parece nada asiático. É brilhante, disso ninguém pode duvidar. Podem espreitar o seu
blog ou o seu site que o resultado será sempre o mesmo: espanto.




De Chris White não consegui encontrar qualquer página pessoal. Têm de se contentar com os exemplos...



Greg Craole Simkins é Californiano, e antes de se dedicar à pintura passou pelo graffiti e pelos jogos de consolas. Descobriu que era ainda melhor com um pincel. Confirmem no seu site.







A terminar a sessão de hoje, o havaiano Ekundayo. Melhor do que falar é conferir o seu site ou o seu blog. Acreditem que é do caraças!







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