SEVEN
Acho que já deu para perceber que sou um fã de cinema. Nunca aqui falei, no entanto, do meu filme favorito. DO FILME!!
SEVEN, realizado por David Fincher, é o filme que servirá de modelo para todos os thrillers nas próximas décadas. O filme que mostra como nunca ninguém tinha mostrado, o quão doentia pode ser a mente humana; o filme que incomoda, impressiona, agonia e choca , presenteando-nos com imagens e temáticas menos... convencionais - sadismo, pornografia e todo o tipo de perversões - como quem fala da Fada Madrinha.
Fincher domina como poucos a estética de videoclip - também conhecida pelos seus detractores como «estética MTV» - e usa todos os truques ao seu dispor, criando dessa forma ambientes que funcionam quase como personagens de carne e osso. Muita carne, muitos ossos.
De certa forma, a mente retorcida e pragmática de Fincher só encontra paralelo no criminoso sem rosto do filme que realizou. Aliás, de realçar precisamente a sequencia em que assistimos ao desvendar desse mesmo rosto. Quando ouvimos o assassino gritar os nomes dos dois detectives - Brad Pitt e Morgan Freemas sublimes - em plena esquadra da policia, não só nos apercebemos do verdadeiro alcance de uma mente doentia e sórdida como nunca tinhamos conhecido - e isto tudo apenas com um grito -, como repentinamente temos um corpo em quem podemos finalmente aliviar a pressão que nos foi invadindo a cada crime horripilante a que fomos assistindo - um para cada pecado mortal. De repente, ali mesmo à nossa frente está o autor de tanto mal; aliás, a personificação desse mesmo mal e é... uma pessoa como outra qualquer. E esse é o verdadeiro e derradeiro trunfo de David Fincher. Nada no seu filme parece ser artificial. Tudo é risivel. Todos os personagens são verdadeiramente humanos, o que contribui para uma maior proximidade entre nós, espectadores, e eles, personagens de quem chegamos a sentir pena ou preocupação. Enfim, pessoas como nós.
Como já disse, tudo em SEVEN foi aplicado com o objectivo de criar um crescendo de tensão que a dada altura se torna practicamente insuportável. Um crescendo que tem o seu ponto de ruptura, e ao mesmo tempo de alívio, na cena final em que Freeman não chega a tempo de impedir que Pitt seja apanhado na rede meticulosa criada pelo assassino. Banda sonora, fotografia, montagem, enfim, pela minha parte não encontro nada de negativo a apontar a este filme, da mesma maneira que me é complicado eleger o ponto mais alto desta obra prima do cinema.
1 Comments:
At 12:01, EL Graxa said…
Apesar da estupidez, que possa transparecer o meu comentário...é sincero!
Seven é dos melhores filmes que já vi na minha vida, tal como o Fight Club, ambos mostram uma realidade, apesar de distinta da maioria das pessoas que conhecemos, mas trata-se de uma realidade...que existe, infelizmente apenas surreal nas nossas mentes!
A meu ver trata-se de uma obra prima cinematográfica...outro exemplo disso???
Magnólia...sem dúvidas...Fantástico!
P.s.- Para home até tens bons gostos! ehehe Ou não...
Enviar um comentário
<< Home