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Bom Karma... ou não!

terça-feira, outubro 04, 2005

O Eclipse

Pois bem, não querendo aqui cair naquela onda new age que me irrita solenemente - velas, incensos, musiquinha com sons de golfinhos, etc... - gostava no entanto de deixar a minha impressão acerca deste eclipse que, mais uma vez, fez parar Portugal.
É UMA CENA DO CARAÇAS!!! Se há coisa que me sensibiliza e impressiona, é a natureza. Os fenómenos naturais, a vida animal, a forma como está tão bem organizada, deixam-me completamente fascinado.
Ao testemunhar este eclipse, por exemplo, senti-me emocionado pela beleza de todo o fenómeno, mas também a pensar para com os meus botões "aquilo tá-se mesmo a mexer...".
Eu sei, soa um tanto ao quanto ridiculo, mas a verdade é que, de tão habituados que estamos a ver ambos os astros paradinhos lá no seu céuzinho, nem nos apercebemos do tamanho incomensurável - mesmo da Lua - desses dois corpos, dessas duas massas, e de que ambos estão em constante movimento. É um pouco como tentarem imaginar o que é ter 100 milhões de contos. Conseguem? Pois. Eu não consigo imaginar como é, ver o Sol, em toda a sua magnitude, a deslocar-se, a pulsar, a explodir, enfim, a viver a sua vidinha. Alguém dizia, num documentário na TV, que um segundo de energia solar era superior a toda a energia que a humanidade já consumiu em toda a sua existência... PÔRRA!!! É muita energia! Especialmente se contarmos com o que se gasta em Las Vegas, Paris, ou nas baixadas ilegais que os ciganos fazem para as suas barracas...
Seja como for, a imagem do eclipse é também bonita porque nos permite fantasiar sobre ela. Como sempre o homem fez em relação àquilo que desconhece, mas pelo qual se sente atraido.
Hoje, uma boa amiga dizia-me que gostava de acreditar que o Sol e Lua, eternos apaixonados, só se podiam encontrar nestas circunstâncias. Logo, o que estamos a presenciar é uma história de amor triste. Dois apaixonados que somente se podem ver por breves momentos e em pouquíssimas ocasiões...
E não são as histórias de amor tristes as mais bonitas? E não são essas as nossas histórias de amor preferidas?
Hmmm, acho que vou regressar a este tema...

5 Comments:

  • At 15:45, Blogger EL Graxa said…

    Foi um dia mto estranho, nem dormi e continuo sem entender porquê...na realidade começar um dia a dizer Boa Noite fez-me confusão.
    No entanto, acredito que a tua amiga tenha razão, são coisas que não se explicam...sentem-se, e essas coisas são geralmente as que mais nos tocam.Realmente o impossível geralmente atrai-nos mais...e essas histórias de amor são sempre as mais bonitas!
    Cumpre a promessa e volta a esse tema!

     
  • At 23:44, Anonymous Anónimo said…

    Olha, eu cá pra mim só achei q estava um vento do caraças.
    B

     
  • At 23:49, Anonymous Anónimo said…

    Ó Nuno (e desde já desculpa lá) mas acho isso dos apaixonados muito deprimente. Além d q é uma ideia sobreexplorada no clássico A Mulher Falcão. O afastamento faz o amor passar. Pode dar muita pica saber q há aqueles breves segundos mas isso n dá nem para os preiminares. Mas desculpa mesmo esta análise pragmática!
    B

     
  • At 23:50, Anonymous Anónimo said…

    preliminares
    B

     
  • At 13:17, Anonymous Anónimo said…

    Nuninho. Como tu disseste e muito bem, o Sol é a maior fonte de energia que conhecemos e sendo assim, deve ser insuportável ter que esperar 20 anos para que a bela Lua se passeie nua à sua frente durante tão breves instantes. Isto é triste! Não há tempo para carícias! Será que naqueles instantes o Sol consegue efectivamente chegar a vias de facto? Bom, tem a vantagem de ficar invariavelmente colocado por detrás, o que a meu ver torna as coisas mais céleres mas... E onde está o amor? Não conta? Não é por acaso que a superfície lunar está como está! Cheia de crateras! O Sol é bruto e insensível!

    Ruivo

     

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