kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

sexta-feira, setembro 30, 2005

E BIBÓ LAF


Pois é, este Sábado o LAF - Comedy Club faz um aninho de vida. A festa promete, já que os artistinhas que lá vão armar barraca são vários e loucos o suficiente para fazer da comemoração algo de inolvidável. Entre outros, Henrique da Silva, Sandro Mouro, Marco Cunha, Região Estrangeira, etc...

Como é sabido, estive com o projecto que o Marco Rodrigues planeou e fez nascer, desde o inicio. Aliás, é a ele e ao LAF que devo a minha primeira subida a um palco. Foi no LAF que, durante quase um ano, passei alguns dos momentos mais especiais de 2005 e onde conheci tanta e tanta gente interessante. Foi no LAF que nasceu a Região Estrangeira. Foi no LAF que recomecei a minha vida depois do tal acidente que quase me «arrumava» a um canto.

Com a sua proverbial teimosia, o Marco provou que o projecto LAF é um projecto de sucesso, e que pode resultar ainda melhor, assim que consiga corrigir alguns menores problemazitos. Seja como for, conseguiu realmente aquilo a que se propunha: revitalizar o panorama do humor no nosso pais, nomeadamente cá por cima, no Norte. Descobriram-se novos valores, projectaram-se outros que, não sendo novos, também não tinham conquistado o destaque merecido, e contribuiu-se para que o público que passou por Leça durante estes doze meses ficásse um pouquinho mais bem disposto com a vida. Esse, aliás, um dos objectivos mais propagandeados pelo Marco e pela sua equipa. De nunca esquecer que, aconteça o que acontecer, O LAF é o PRIMEIRO - e que eu saiba, o único - comedy club em Portugal. E haja o que houver, este é um argumento de peso e que merece ser levado em conta.

No Sábado tenho a certeza de que não vou ver algumas das pessoas que ajudaram - e de que maneira - a fazer do LAF o que ele é hoje. Sinto saudade delas, e mesmo não querendo aqui referir quaisquer nomes, não queria deixar de lhes fazer esta pequena referência em jeito de homenagem.

Por tudo isto e mais, de que agora não me lembro, tentem não faltar ao primeiro aniversário do LAF. Ele merece e vocês também!!

Prometo que na próxima semana volto a falar aqui no LAF e em alguns momentos especiais passados lá.

Sendo assim, parabéns ao LAF - Comedy Club! Parabéns ao Marco Rodrigues!! Parabéns à sua fantástica esquipa!!!

quinta-feira, setembro 29, 2005

Emoções fortes

Normalmente ouvimos esta expressão associada a situações de suspense, terror ou quaisquer outras de forte tensão.
Ontem foi noite de reunião da Região Estrangeira e as emoções foram fortes. Fortes, mas não em nenhum dos sentidos acima descritos. Fortes, porque provocadas pela discussão de assuntos antigos e até agora enterrados por todos. Fortes, porque nasceram da constatação de que um de nós não poderia continuar a fazer parte do grupo como até então; não poderia continuar a dar o seu contributo como seria desejado.
Somos todos adultos. A prova disso foi a resolução de um «problema», que afectava todos, de um modo civilizado e amigável. Acima de tudo salvaguardou-se a amizade entre toda a gente, sem crises, sem palavras mais ou menos amargas, que invariavelmente deixariam marcas.
É engraçado, mas até ontem não sabia que os laços que nos unem - e que, pensava eu, eram somente «profissionais» - eram tão fortes. Parece que às vezes é necessário uma «tempestade» para renascer outra vez.
Seja como for, um dos nossos ficou pelo caminho. E embora tenha ficado bem expressa a vontade de continuar a colaborar connosco noutras matérias relativas à RE... o sabor não é o mesmo. Aliás, à medida que a discussão se ia aprofundando, e eu me ia apercebendo do desfecho da mesma, crescia em mim a certeza de que tão cedo não nos seria possivel contracenar com esse elemento, membro fundador, e alguém com quem, pelo menos por uma vez, tive o prazer de estar em palco.
E que prazer! Foi com ele que fiz um dos sketches da RE mais bem sucedido e um dos que me deu mais prazer executar. Lembro-me perfeitamente das nossas caras de tontinhos, quando, depois de sairmos de cena, e já nos bastidores, nos ríamos do que tinhamos acabado de fazer.
A vida continua. Só me resta esperar que ele possa realmente contribuir para que o nosso espectáculo seja cada vez melhor e cada vez mais inovador.
Um abraço, meu amigo. Fico à espera.

quarta-feira, setembro 28, 2005

Popitup



Falei aqui ontem acerca de músicas mais ou menos melancólicas - e que estranho que é, a segunda metade desta palavra ser de tão desagradável memória para toda a gente. Pois bem, hoje falo-vos da minha mais nova playlist - que ouço neste preciso momento no meu melhor amigo, o I-Pod - e que, ao contrário das cançõezitas tristonhas de ontem, serve principalmente para me dar uma irresistível vontade de dançar e pular. São musiquitas simpáticas, cheias de genica e a transbordar "I feel like dancing" por todos os lados.
Por exemplo "Do The Whirlwind" dos Architeture In Helsinki, ou "The Importance Of Being Idle" dos Oasis - uma banda que nunca suportei.
"Mr. fate" do Benjamin Diamond, "Feel Good Inc" dos Gorillaz, "You're The Reason I'm Leaving" dos Franz Ferdinand; "Born In The 70's" do Ed Harcourt, "Don't Come Running" do Hal, "Look Sharp!" do Sr. Joe Jackson, enfim, é muita e boa música!!!
Querem ouví-la?

Decisão 1: Tenho urgentemente de beber duas vodkas - quantidade mais do que suficiente para me deixar mais alegrito - e ir dançar para o 31;

Decisão 2: Começar a dançar e a cantar alto sempre que me apetecer, nem que isso implique ser expulso do cinema;

Decisão 3: criar uma religião em torno das duas decisões anteriores.

P.S: Uma boa música para fazer sexo, "If We're In Love" da Roisin Murphy, vocalista dos Moloko!

terça-feira, setembro 27, 2005

Mas também me apetece falar disto...!




Não viram? Então não esperem mais! Está no meu top-five e, na minha singela opinião, é um dos melhores filmes feitos até hoje. Perfeito em todos os seus aspectos. Dificilmente alguém conseguirá novamente aliar técnica e argumento duma forma tão sublime. Não é por acaso que é um projecto pessoal de Tim Burton. Os tiques e «sintomas» do realizador americano estão todos lá - embora a realização tenha sido entregue a Henry Selick. Para além disso conta com mais um trabalho assombroso do habitual parceiro de Burton, o compositor de serviço, Danny Elfman, naquela que é provavelmente a sua melhor banda-sonora.

Por tudo isto, corram já para a Fnac e comprem-no! Só custa 8 euritos... E tem uns extras do caraças!!!

Apetece-me falar disto...

No passado Sábado fui ao Laf. Não era suposto. Estava em casa tentando moldar-me ao meu sofá, contando, para isso, com a preciosa ajuda da minha gata, também ela preciosa. Recebi um telefonema de um amigo, que facilmente me fez sair de casa e dirigir-me para aquela que foi durante alguns meses a minha segunda casa. "Segunda casa", mas não no sentido a que estamos habituados a atribuir a essa expressão; o Laf era a minha segunda casa pelo bem que me fazia sentir; por tudo de positivo que trouxe à minha vida numa altura tão... má! Mas sobre isso falarei na próxima semana, aquando do primeiro aniversário do primeiro comedy club de Portugal.
Esta introdução serve apenas para situar o que se segue. Várias pessoas nesse Sábado me perguntaram se estaria tudo bem, já que aparentemente eu me apresentava com um semblante algo carregado, triste até. Pois bem, para quem não sabia, eu sou triste. Sem dramatismos, que tristeza e drama não são em nada a mesma coisa. Sou, de facto, melancólico, nostálgico e sensivel o suficiente para me entristecer com certas e determinadas coisas. E nesta altura da minha vida - como em outras anteriores - vários são os motivos que, mesmo não sendo suficientes para me entristecer ou deprimir, servem essencialmente para me deixar ocupado a pensar neles. Segundo relatos de pessoas que conheceram o meu Avô materno, dele terei herdado essa melancolia. Herança essa sempre presente no meu olhar. Qualquer dia deixo aqui uma foto dele para possiveis comparações...
Pior, quando estou realmente triste ou melancólico, sabe-me bem - sem que isso aumente o meu estado de tristeza - cultivar a minha tristeza.
Por exemplo, através da música. Como já disse, necessito constantemente de uma banda sonora para a minha vida. Música que me acompanhe em diversos, senão em todos, os momentos da vida. Precisamente agora, enquanto vos escrevo esta... confissão.
Assim sendo, gostava de deixar aqui algumas dessas músicas. Tentem ouvi-las, mesmo que não motivados pelas mesmas razões que eu. E mesmo que não gostem do que consigam ouvir, não terão perdido nada. Pelo contrário.
E já sabem, se conhecerem ou passarem a conhecer alguma das músicas na lista abaixo, mandem palpites.

Feist - Amourissima
Lover's Spit
Intuition

Elvis Costello - Still

Antony & the Johnsons - Man is the Baby

Rufus Wainright - 11:11

Josh Rouse - Life
Saturday

Björk - A Boy Like Him

sexta-feira, setembro 23, 2005

O àlbum do ano!!


Na minha opinião? Sem dúvida alguma. O novo - e por mim já desesperado - àlbum da Fiona Apple, "Extraordinary Machine", é de facto o àlbum do ano. Pelo tempo que demorou a ser editado e por não falhar, de forma alguma, as expectativas criadas em seu redor.

Na primeira audição, uma das musicas influenciou-me inclusive a criar um sketch para a Região Estrangeira. Se vai ou não ser aceite pelos restantes regionários, isso não sei dizer. Mas lanço um desafio aos que já conhecem o trabalho da RE, e que tenham a oportunidade de ouvir o àlbum da miúda Fiona: qual é a música que me baralhou de tal modo as idéias, que fez nascer um novo sketch?

Respostas para este bloguezinho, s.f.f.

quinta-feira, setembro 22, 2005

Região Estrangeira de regresso!!!

É oficial! A Região Estrangeira está de volta!! No Próximo dia 22 de Outubro a romaria desloca-se a Albergaria-a-Velha para mais um espectáculo. E desta vez não será somente «mais» um espectáculo; desta vez... será especial. Porquê? É, obviamente, surpresa. Surpresa que só funciona para aqueles que já conhecem os sketches da RE e o seu modo de trabalhar. Pois para esses eu digo: esqueçam tudo o que viram até hoje. A RE renasceu!! Querem tirar a prova? Já sabem o que têm a fazer...

sexta-feira, setembro 16, 2005

Guerra biológica

Com toda esta história da gripe das aves, apercebí-me, de súbito, de que levar com merda de pombo deixou de ser somente aquela coisinha irritante para passar a ser, pura e simplesmente, bombardeio biológico! Pensem bem nos milhares de pombos que se passeiam calma e placidamente pelas praças do nosso Portugal; nos milhares de pequeninos cuzinhos prontos a largar a carga letal sobre as nossas despreocupadas e desprotegidas cabeças. Já pensaram no risco que corremos? É que, até agora, um simples lenço resolvia o problema. Daqui em diante nunca menos que um daqueles fatos de borracha que só pensávamos existirem nos piores filmes de ficção científica...

E o ataque já começou! Nesta imagem podemos mesmo ver um desses «abutres» disfarçados de máquina de comer milho, na peugada de um pobre transeunte.
Qual Bin Laden, qual Al Quaeda!!!

quarta-feira, setembro 14, 2005

The Wind Through The Trees

Subitamente, na semana passada, apercebi-me da música mais bonita que já tinha ouvido em toda a minha vidinha! Reparem, não a melhor, nem a mais importante, Mas somente a mais bonita. Chama-se The Wind Through The Trees e é da responsabilidade de um Senhor - assim mesmo, com "S" grande - chamado Ed Harcourt.

Importa descobrir, não só essa música, mas também o resto da sua não muito longa carreira.
Vão, meus meninos! Vão, e tragam-me a cabeça do Ed numa bandeja...

(Não era bem isto que eu queria dizer)

Vão, minhas crianças! Vão, e descubram as lindas melodias do Senhor Ed!

Acerca do 11 de Setembro...

Estive no Ground Zero. Não é possivel descrever a sensação. Só consigo descrever o silêncio que ocupa o espaço que ficou livre depois dos atentados. Assim. Com imagens.





terça-feira, setembro 13, 2005

Só uma preocupação...

...para com aqueles países que, devido às precárias condições económicas, não permitem aos seus habitantes grandes viagens a luxuosos destinos turisticos. Penso que estamos a perder uma enorme fatia do mercado turistico ao não direccionar a divulgação do nosso país para aqueles que, à partida, não aparentam possuir meios para viajar. É um erro! Todos podem ser turistas; obviamente, uns mais do que outros, mas existe um Portugal para todos os gostos e, acima de tudo, para todas as carteiras.

Por exemplo, como é que podíamos chamar a atenção dos habitantes, sei lá... da Libéria, para os pequenos encantos deste jardim à beira-mar plantado?
Deixo aqui alguns exemplos de possiveis manobras de propaganda. Participem, enviem sugestões!

Exemplo 1:
"Petiscos e guitarradas? Venha à roullote mesmo ao lado do Lux e ouça as grandes vozes do fado malandro enquanto emborca umas cervejas e se lambuza com uma bifana à portuguesa. Todas as noites, toda a noite!"

Exemplo 2:
"Procura emoções fortes e é adepto de actividades físicas ao ar livre? Acompanhe-nos numa incursão pelos bairros mais «tipicos» da cidade do Porto. Adquira o seu passe Boyz'n the Hood e conheça de perto os verdadeiros portuenses e o seu milenar way of life. Saboreie sensações nunca antes experimentadas no bairro do Viso ou em S. João de Deus enquanto compra artesanato local."

Exemplo 3:
"A sua principal preocupação são as férias ecológicas? Mergulhe connosco nas àguas ricas de história do Rio Douro, nade com Taínhas e fique a conhecer tudo o que há a saber sobre as mais diversas formas de vida microscópica. Nadar não é o seu forte? Temos o ideal para si. Levamo-lo numa viagem que nunca esquecerá pelas casas de banho da histórica estação de caminhos de ferro de São Bento. Os aromas ancestrais desta verdadeira obra de arte da arquitectura sanitária."

sexta-feira, setembro 02, 2005

Bareceloonaaaaa

Barcelona in deed !!!! Que grande e maravilhosa cidade, meus amigos. Já lá tinha estado, mas não o tempo suficiente para a apreciar devidamente. Uma metrópole que imediatamente nos faz sentir em casa. Sem súvida alguma uma das cidades europeias com a arquitectura mais bonita e bem cuidada, em que todas varandas são um jardim e/ou uma obra de arte. A cidade mais friendly que já tive a oportunidade de conhecer. Gay-friendly, freedom-of-speech-friendly, race-friendly, enfim, uma cidade em que a maioria dos preconceitos que dificultam a vida de muita gente... «diferente», já não se fazem sentir. Exemplo disso mesmo, a forma como a comunidade gay se integrou tão pacificamente numa das zonas mais antigas da cidade; zona essa habitada por pessoas antigas e de antigamente, com outras mentalidades e que, à partida, não veriam com bons olhos coisas como casais homessexuais passeando o fiho adoptado pelas ruas do bairro gótico. Uma cidade em que o protesto está sempre na boca dos seus moradores. Protesto contra o Bush, protesto contra a guerra, protesto contra o ruído nas ruas à noite, protesto contra a globalização. Sempre presentes em cartazes nas ruas, em autocolantes nos vidros dos carros, em pins nos casacos dos transeuntes. Uma cidade activa e activista, apaixonada e apaixonante. Estou apaixonado por Barcelona.

No entanto, tantos dias em Barcelona serviram também para perceber que, apesar de tanta beleza, apesar de tantos motivos de interesse, Barcelona padece de uma doença que, por ser precisamente em Barcelona, soa ainda mais estranha: a decadência. Uma coisa é achar piada aos bairros mais antigos da cidade, com os seus becos e vielas, o seu modo de vida boémio, as tribos que por lá passam e lhes dão cor. Outra coisa bem diferente é o lixo constantemente na rua, o cheiro a esgoto permanentemente no ar, os prédios abandonados e em muito mau estado, as centenas e centenas de fantasmas que dormem nas escadas do Palácio dos Correios, dentro dos bancos - sim, mesmo ao lado dos mutlibancos - nas paragens do Bus, nos passeios. Os supermercados indianos, em que tudo sofre uma inflação de 1253%, a aparente falta de policiamento nas ruas, mesmo nas mais complicadas. E isto tudo no coração da cidade; o centro nevrálgico que faz pulsar Barcelona e onde todos os que vêm de fora vão parar, mesmo sem se darem conta.
Saindo «dessa» Barcelona, tudo muda. A «outra» Barcelona é glamorosa, vasta, limpa e luminosa. Menos interessante, mas mais... «normal»(?).

Não entendo a aparente falta de interesse, por parte dos responsáveis governamentais, em mudar um sem número de coisas de modo a tornar Barcelona numa cidade perfeita. E digo-o sem qualquer dúvida, mesmo sabendo que é um conceito utópico. Qualquer cidade com aquela densidade populacional sofreria sempre dos mesmos problemas. É practicamente impossivel a idéia de uma cidade perfeita. No entanto, existem sempre medidas que podem ser tomadas para atenuar esses mesmos problemas, tornando-os menos evidentes.
Mas acreditem quando vos digo que mesmo com todos esses males, é para lá que me vou mudar quando formos invadidos pelos espanhois.
E o Freddy Mercury lá tinha a sua razão...

(Em breve poderão ver aqui algumas das fotos que tirei em Barcelona. Muito em breve.)