kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

domingo, janeiro 24, 2010

9

Há puco mais de um ano, publiquei um post em que falava do filme "9" e da curta-metragem que lhe tinha servido de ponto de partida. Ao contrário do que tinha previsto, parece que o filme de Shane Acker vai mesmo estrear nas salas portuguesas. Apesar de tudo, foi mesmo a pirataria que me permitiu vê-lo antes dessa aguardada estreia.

E as expectativas valiam a pena. o filme produzido por Tim Burton e Timur Bekbabmetov é maravilhoso. Pode não ter a técnica perfeita da Pixar; pode ter cedido a interesses comerciais que o obrigaram a, por exemplo, dar voz aos personagens. Mas "9" é mesmo um filme especial, com uma sensibilidade diferente e uma emoção muito particular. É um filme que nos toca por motivos ligados ao argumento mas também à concepção visual de Shane Acker. Nesse aspecto, é um filme belíssimo.

Para além disso, tem uma banda sonora brilhante, assinada pelo obrigatório Danny Elffman, um argumento original e surpreendente, e um pormenor extra que provavelmente me vai levar a revê-lo no grande ecrã: parece que vai estrear em versão 3D. Seja como for, é obrigatório.



ANTEVISÃO



Da curta lista de filmes a concurso já anunciada pela organização do Fanatasporto, este parece ser um dos imperdíveis. É certo que vamos ter a sequela de "REC", mas o trailer de "Valhala Rising" tem um aspecto intocável, o realizador é garantidamente de qualidade, tem um actor que descobri precisamente no Fantas e de quem sou fá incondicional, Mads Mikkelsen, e para além disso, os nórdicos nunca falham. A não perder, obviamente.






quinta-feira, janeiro 21, 2010

ENTRETANTO...

Gostava de escrever aqui imensas coisas novas, mas o tempo é dedicado a pensar demasiado nos exames e menos do que queria no Tom Waits.

Por isso, e porque não arranjo tempo para escrever acerca de dois dos melhores filmes do ano, atalho caminho para um assunto que lhes diz respeito e que merece atenção.

Já se sabe que anda tudo histérico com o novo filme-musical de Rob Marshall. "Nine", e que com toda a certeza os Oscar para melhor canção e banda sonora deste ano vão direitinhos para o filme que sucede outro sucesso de Marshall, "Chicago". Deste falaremos mais tarde, ok?

Já ouvi a banda sonora de "Nine" e confesso que é empolgante. Contudo, a melhor banda sonora do ano é a que Nick Cave e Warren Ellis compuseram para "The Road", e a melhor canção do ano uma destas aqui em baixo.

Os filmes... mais tarde.





segunda-feira, janeiro 18, 2010

Um pouco surpreendentemente (para mim, pelo menos) "Avatar" conquistou mesmo o Globo De Ouro para melhor filme do ano. Ainda não sei o que pensar disso, mas que me parece bastante precipitado, parece.

Portanto, um filme em que um dos elementos principais - ou que pelo menos devia ser - é fraquinho, fraquinho, arrisca-se a dar coça em outras obras bem mais complexas e, logo, completas. Porque o
argumento de "Avatar", já aqui o disse, é mesmo reduzidíssimo. Por outro lado, voltamos a ter o cinema-entretenimento nos pináculos da indústria e a (re)conquistar o reconhecimento dos seus pares. E eu que defendo esse valor da sétima arte não me posso queixar...

domingo, janeiro 17, 2010

RED BULL BC ONE 2009

Felizmente tenho amigos atentos a coisas como esta. A competição anual de b-boying organizada pela Red Bull, que no ano passado teve lugar em Nova Iorque, é daqueles acontecimentos a que preferia estar mais atento. Da meia-final, entre Cloud e Neguin, vale a pena, principalmente, o desempenho do primeiro. É... diferente de tudo o que já vi b-boys fazerem.

TRAFULHADA

Foi um dos que mais quis ver em 2009, e que por razões diversas acabou por ser preterido várias vezes. "The Brothers Bloom", realizado por Rian Johnson, é uma comédia destravada, insana e totalmente nonsense, com um argumento pequenino mas tremendamente eficaz, um conjunto de actores obviamente divertidos com o trabalho e que mantém o espectador entretido (e bem entretido) durante duas horas.

Rian Johnson é practicamente um estreante, que só tinha um filme no currículo, "Brick", de 2005, e com que tinha conquistado a crítica. O primeiro filme estava longe do universo de "The Brothers Bloom"; não era de todo uma comédia, o elenco era pouco conhecido, e o argumento era bastante mais complexo.


O sucesso comercial e de crítica de "Brick", deu a Johnson a possibilidade de, no mesmo filme, poder contar com Mark Ruffalo, Rachel Weisz e Adrien Brody, e de arriscar num formato que, já sendo conhecido, cai sempre bem. O ambiente é muito próximo daquele que o fantástico Wes Anderson gosta de abordar nos seus filmes - "The Royal Tennebaums", "The Life Aquatic with Steve Zissou" e "The Darjeeling Limited" - ou seja, recheado de um humor pouco habitual, personagens incaracterísticas, e que vivem num constante estado de distracção/loucura.

O filme é altamente aconselhável, mas não consegue fugir a uma certa pasmaceira, lá mais para a recta final. Perde gás, aborrece um bocadinho, mas acaba por reencontrar o caminho. O final acaba por ser o único possível, tendo em conta tudo o que acontece durante uma hora e três quartos e esse, nao é, de facto o problema do filme. O problema é a falta de pulso acusada por um realizador que, talvez pela inexperiência, ainda não sabe bem como gerir os seus activos.

Mesmo assim, "The Brothers Bloom" é uma excelente e muito divertida surpresa. Especialmente pelo papel de Rachel Weizs, muito, muito delicioso.

O PRIMEIRO DO ANO (PARA MAL DOS MEUS PECADOS)

O ano cinematográfico começou bastante bem, para este blog. Apesar de tudo, o primeiro filme que vi corre sérios riscos de ser considerado precisamente o pior do ano. A culpa é minha, que ainda me deixo levar para estas coisas que, à partida, não têm nada para serem boas. A coisa chama-se "Terapia Para Casais", e é tão oca, inócua e sem assunto, que torna impossível perceber como foi alguém capaz de gastar dinheiro em tamanho acidente. Dito isto, penso ser melhor partir para o que vale realmente a pena.

sexta-feira, janeiro 08, 2010

KARMABOX WITH A VIEW - N.A.S.A. WITH TOM WAITS AND KOOL KEITH - "SPACIOUS THOUGHTS"

Para ouvir bem alto...

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quarta-feira, janeiro 06, 2010

LHASA DE SELA

Era uma das minhas cantora favoritas. Três álbuns magníficos, o primeiro, o mítico "La Llorona", que deixou meio mundo abananado. Ultimamente, e porque me pareceu lógico, era uma das minhas influências para o espectáculo que o TUP tem vindo a construir. O terceiro disco, "Lhasa", era playlist constante e diária no Ipod.
21 meses de luta contra uma coisa que não queria mesmo que continuasse a cantar. E que a venceu.
Pela segunda vez em poucos dias, é uma pena. Uma pena muito grande.


Llorando
Y no hay màs
muero quizas
Adonde estàs?