kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

quarta-feira, outubro 31, 2007



"LUCY IN THE SKY"



Andei a fugir a este filme desde a sua estréia, aqui há uns anos.
Convencido pelos argumentos da Bárbara, concordei em alugá-lo para o vermos no passado fim de semana.
I Am Sam é um filme desiquilibrado. Por culpa de uma defeituosa realização, deita a perder uma bela história - aparentemente baseada em factos reais - e torna, o que podia ser um bom drama de fazer chorar as pedras da calçada, num objecto completamente à deriva, entre um dramalhão sem sabor, e uma comédia(?) a roçar o ridículo. As personagens secundárias são inconsequentes, as situações supostamente criadas para servirem de comic relief, ridículas, e a utilização da câmara - como se de um filme de acção se tratasse - incongruente e irritante.
Posto isto, é justo realçar as duas razões que carregam o filme às costas e que deixam a vontade de rapidamente o rever: Sean Penn e Dakota Fanning.





Penn é o que já se sabe, um one man show de interpretação, que contagia tudo e todos, e que acaba sempre por funcionar como um verdadeiro curso de como ser actor. O trabalho de pesquisa a que se dedicou para construir a personagem de um Sam com sérias deficiências mentais, é assustadoramente intrincado e complexo para sequer termos uma pequena idéia do trabalho que deu a criar a personagem. Não espanta, no entanto. Já sabemos do que ele é capaz, e já tivemos provas suficientes para o considerarmos como um dos melhores actores americanos da história do cinema.
Dakota Fanning é só a melhor actriz em actividade. Aquela que merecia um Oscar sempre que faz um filme, mesmo pela sua interpretação no vídeo ali mais em baixo. O seu olhar convence-nos de tudo o que a personagem está a pensar, a viver ou a sentir; comove-nos e alegra-nos instantaneamente, como nenhuma outra com muitos mais anos de experiência consegue fazer. Sinceramente, estou cada vez mais convencido que esta pequena actriz não necessita sequer de ser dirigida pelos realizadores com quem trabalha, tal é a segurança do seu trabalho.
A banda sonora é excelente, já que ofereceu aos mais variados artistas a hipótese de pegarem nas pérolas deixadas pelos Beatles - uma das obsessões de Sam -, e de as reconstruírem a seu belo prazer.
A amostra fica a cargo de Rufus Wainright, com Across The Universe, e de Sarah McLachlan, com Blackbird, duas das mais belas composições do quarteto de Liverpool . Vejam o vídeo de Rufus - é lindíssimo - e percebam todo um mundo que se esconde por trás dos olhos de Dakota Fanning.



I Am Sam




Rufus Wainright - Across The Universe




Sarah McLachlan - Blackbird


Etiquetas:

terça-feira, outubro 30, 2007

PARA ALIGEIRAR...


Recordado mais uma vez pelo meu amigo/cançonetista Manuel, procurei e encontrei uma das muitas cenas que nos fazem recordar que outrora, o cinema português esteve lado a lado, no que à qualidade diz respeito, com o neo-realismo italiano.
Senhoras e senhores, Vasco Santana, cantando o Fado do Estudante no filme Canção de Lisboa.

Em baixo, a letra, para o Manuel a poder cantar convenientemente entre facturas e orçamentos...

E com especial dedicatória à Bárbara e à sua nova vida de estudante de... "anatomia".



Que negra sina ver-me assim
Que sorte e vil degradante
Ai que saudades eu sinto em mim
Do meu viver de estudante

Nesse fugaz tempo de Amor
Que de um rapaz é o melhor
Era um audaz conquistador das raparigas
De capa ao ar cabeça ao léu
Sem me ralar vivia eu
A vadiar e tudo mais eram cantigas

Nenhuma delas me prendeu
Deixá-las eu era canja
Até ao dia que apareceu
Essa traidora de franja

Sempre a tinir sem um tostão
Batina a abrir por um rasgão
Botas a rir num bengalão e ar descarado
A malandrar com outros tais
E a dançar para os arraiais
Para namorar beber, folgar cantar o fado

Recordo agora com saudade
Os calhamaços que eu lia
Os professores da faculdade
E a mesa da anatomia
Invoco em mim recordações
Que não têm fim dessas lições
Frente ao jardim do velho campo de Santana
Aulas que eu dava se eu estudasse
Onde ainda estava nessa classe
A que eu faltava sete dias por semana

O Fado é toda a minha fé
Embala, encanta e inebria
Dá gosto à gente ouvi-lo até
Na radio - telefonia

Quando é cantado e a rigor
Bem afinado e com fulgor
É belo o Fado, ninguém há quem lhe resista
É a canção mais popular, toda a emoção faz-nos vibrar
Eis a razão de ser Doutor e ser Fadista
Estava eu descansado na certeza de que já nada me havia de chocar, quando levei um bofetão no focinho que me mostrou que o mundo de merda em que vivemos ainda é mais merdoso do aquilo que pensavamos.

A notícia já corre todos os meios de comunicação e reza assim:
um costa riquenho - que alguns ainda insistem de apelidar de «artista» - participou na Bienal Costarricense de Artes Visuales com uma instalação que consistia tão somente de um cão amarrado a uma parede.

Esse cão foi perseguido por cinco miúdos que o apanharam nas ruas de Manágua a troco de alguns trocos.
Esse cão esteve preso à dita parede, na qual se podia ler a frase "Eres Lo Que Lees", escrita pelo responsável pela instalação com comida para cães.
Esse cão não foi libertado, mesmo depois de várias pessoas o terem pedido, por recusa directa do responsável pela «obra».
Esse cão acabou por morrer lentamente à fome, perante o olhar de todos os visitantes da bienal.

Questionado acerca do seu «projecto», o costa riquenho afirmou ser esta uma forma de homenagear Natividad Canda, um nicaraguense morto por um Rotweiller, acrescentando que “O importante para mim é a hipocrisia das pessoas: um animal assim, quando colocado num lugar branco onde há gente que vai ver arte, converte-se num foco de atenção. Mas não quando está na rua a morrer à fome. A mesma coisa aconteceu com Natividad Canda, as pessoas só se sensibilizaram com ele quando foi atacado pelos cães”. Ao ser questionado por que não usou outro meio de exposição, respondeu: “O cão está mais vivo do que nunca, pois continua a dar que falar”.

Podia alargar este post comentando a brutalidade do acto, associada à crueldade cínica de matar um animal à fome, enquanto na parede a comida de que ele necessitava era usada para apimentar o conceito da coisa; podia dissertar acerca do que é ou não é arte. Isso pouco importa. Tudo isto se resume pura e simplesmente a um crime. Nem mais, nem menos. O que Guillermo Habacuc Vargas fez, foi matar um ser vivo para dar nas vistas. Matar e torturar um animal para ganhar não sei ainda bem o quê. Merecia a prisão, mas ao invés, foi premiado pelo certame, que o escolheu para representar o seu país na Bienal Centroamericana em 2008, nas Honduras.

Peço a todos os que leram este post, e que têm também o seu blog, que divulgem esta barbaridade, e que façam passar a hipótese de impedir a besta de repetir o feito. Basta para isso que publiquem o endereço da petição disponível na net em
http://www.petitiononline.com/13031953/ , e que aproveitem para a assinar.

Se não fui suficientemente convincente, é porque me está a custar como o raio escrever este post. Se for assim, espreitem o vídeo...
E ajudem, por favor.




Chamava-se Natividad e morreu sem saber porquê, ou sem sequer compreender o que se estava a passar.
E isso é só o que interessa.
WONDERFUL DAYS

Sempre que passo algum tempo na FNAC, procuro este filme na prateleira dos filmes Manga. Sem sucesso.
É um dos mais belos filmes de animação que já vi, e o primeiro a realmente ameaçar a hegemonia de Akira, como o melhor feito até hoje.
Vi-o no inevitavelmente no Fantas, e a reacção de espanto foi imediata. Wonderful Days - também conhecido como Sky Blue - é uma mega produção coreana, que mistura na perfeição a animação mais convencional, com a mais moderna tecnologia 3D.
E o resultado é magnífico.
Se por acaso o virem perdido aí numa FNAC, comprem-no, vão ver que não se arrependem.


KARMABOX WITH A VIEW - GORILLAZ - "HONK KONG"


Por sugestão de um anónimo, a música mais bonita dos Gorillaz, que sim, já tinha ouvido, mas de que desconhecia o vídeo.
Obrigado.


Etiquetas:

segunda-feira, outubro 29, 2007


STEAMPUNK


É o nome de uma corrente criativa de design/invenção que, de acordo com a Wikipedia, já existe desde a década de sessente, embora a sua grande explosão tivesse ocorrido nos idos anos oitenta.
Basicamente, o que os artistas de Steampunk fazem, é inventar um futuro directamente baseado no passado, um retro-futurismo. Já vimos este imaginário aplicado a filmes como Blade Runner - meio Cyberpunk, meio Steampunk -, Hardware e, mais recentemente, no ainda por estrear A Bússola Dourada - do qual podem ver o trailer já no finzinho deste post; na literatura, nomeadamente nos contos de Júlio Verne, e no Frankenstein de Mary Shelley.A coisa torna-se bizarra, mas acaba por funcionar muito bem, e o movimento conta já com milhões de seguidores por todo o mundo, revistas da especialidade, congressos e exposições.
No campo do design/invenção propriamente dito, destacam-se os nomes de Richard Nagy, também conhecido como Datamancer, I-Wei-Huang, Kaden Harris e Jake Von Slatt. No caso deste último, podem mesmo visitar o seu site http://www.steampunkworkshop.com/, e perceber melhor por que meios se move esta corrente artística.


Von Slatt


Richard Nagy



The Golden Compass

domingo, outubro 28, 2007

RENAISSANCE


Já tinha aqui falado deste filme absolutamente incontornável aquando da sua presença no Fantasporto deste ano.
Agora que o comprei, faço a mesma proposta que fiz há dias com o livro A Estrada: candidatos ao empréstimo é favor inscreverem-se neste blog.
E mais não digo. Vejam o trailer e digam qualquer coisa.
Obrigadinho.


Etiquetas:

KARMABOX WITH A VIEW - FEIST - "1 2 3 4"


O regresso da moça Feist faz-se através do novo álbum The Reminder e especialmente do single, que já se faz rodar- imagine-se - pelas rádios nacionais.
O vídeo é assustadoramente brilhante e obriga-me a perguntar como foi filmado...


Etiquetas:



ODIOZINHOS DE ESTIMAÇÃO






Adoro o Paulo Portas!
Adoro-o e considero mesmo que já marcou o seu lugar na história de Portugal.
Por várias razões:
porque é o político mais irritante de sempre;
porque é o político/deputado que apresenta o melhor binómio «branco dos dentes - moreno da pele»;
porque reinventou o estilo PP, definindo novos parâmetros para corte de cabelo, estilo de fato e garrido da gravata;
porque é o político mais irritante e histérico de sempre, conseguindo mesmo ultrapassar Durão Barroso;
porque consegue ser tudo o que de mau tem a direita da forma mais velada que lhe é possível;
porque é o político mais irritante de sempre;
e principalmente porque introduziu - ou deu destaque - ao Dia da Defesa Nacional, que é o mesmo que dizer O Dia de Brincar à Mocidade Portuguesa...

quinta-feira, outubro 25, 2007

Já há muito tempo que não regressava às cenas de filmes (para mim) notáveis...
Apeteceu-me procurá-las e, com sorte, encontrei algumas.

Cá vai uma...

De Jean-Luc Godard já se sabe que é um dos nomes incontornáveis da história da sétima arte. Os seus filmes - todos os seus filmes - deviam ser matéria obrigatória para todos os alunos de cinema, e este, A Bande à Part, de 1964, um dos meus favoritos. A cena da dança no café - que ficou como uma das mais famosas de sempre, da carreira do realizador - é notável, e é puro cinema, sem aditivos, nem corantes ou conservantes. Mesmo isolada da obra completa, prende o espectador que, mesmo sem saber explicar porquê, se sente maravilhado e viciado na coreografia dos três actores.


quarta-feira, outubro 24, 2007

FEST





De 28 de Outubro a 4 de Novembro, Santa Maria da Feira recebe o Festival de Cinema Jovem. A oferta é riquíssima, e de todas as longas e curtas metragens a concurso, destaco esta, de que já conhecia a fama que a vem precedendo: "Wristcutters: A Love Story".

Realizado por Goran Dukic, é uma comédia ao bom estilo do cinema independente americano - uma espécie de sub-género que já conquistou o seu lugar na indústria -, e tem, entre outros ilustres secundários, as participações da mui bela Shannyn Sossamon, de Patrick Fugit - o puto maravilha de "Almost Famous" - e de Tom Waits. O trailer é tão delicioso quanto a história do filme. Um Road Movie clássico, num estranho local destinado a todos os que suicidam, povoado por gente peculiar, acompanhado por uma banda sonora digna de registo, especialmente pela brilhante participação dos Gogol Bordelo. É preciso mais?

Vão ver!




Trailer



Um bocadito de filme com música dos Gogol...
THE THE


Imperdoável, o esquecimento a que tenho vetado Matt Johnson e o seu projecto de sempre, os The The.
Acompanhou a minha infância de uma forma que quase nem consigo explicar. Nem sempre me lembrava de pôr os seus discos a tocar lá em casa - todos fabulosos, diga-se -, mas sempre que ouvia as músicas de Johnson, na rádio, na rua, ou em casa de amigos, era invadido, não só por uma vontade incontrolável de dançar, como também de um estranho bem estar.
Mil desculpas, Sôr Matt, prometo que me vou redimir.

Slow Emotion Replay


This Is The Day
I AM LEGEND

Ó senhor Moura, começo a acreditar que tinha toda a razão quando me disse que este filme devia ser do caraças.
E nem sabia que era realizado pelo mesmo autor de Constantine - filme de que gostei consideravelmente e que deixava no ar a promessa de um novo valor no cinema de acção e do fantástico.
A história pode não ser lá muito original - filmes de zombies e outros que tais já é coisa sobejamente utilizada nos últimos quatro aninhos -, mas a idéia de ver um protagonista deambular pelos restos de uma cidade destruída acompanhado de um cão, sabendo que algures nos escombros existem... «criaturas» que o querem como refinado almoço, é coisa para fazer salivar mesmo o mais empedernido amante de romances da Jane Austen. Nomeadamente quando a cidade em questão é Nova Iorque e especialmente quando as imagens da metrópole no estado de arraso total são sinceramente esmagadoras.
Chiça, nunca mais chega!!!



segunda-feira, outubro 22, 2007

OXALÁ

Já te ouvi dizer que não gostas da música deles, mas acredito - ou prefiro acreditar - que é porque nunca os ouviste convenientemente. E acredito que para isso basta ouví-los. Só.
Esta tem directamente a ver com a nova fase que se aproxima. E só tu vais entender.
É para nós.

Oxalá, me passe a dôr de cabeça, oxalá
Oxalá, o passo não me esmoreça;

Oxalá, o Carnaval aconteça, oxalá,
Oxalá, o povo nunca se esqueça;

Oxalá, eu não ande sem cuidado,
Oxalá eu não passe um mau bocado;

Oxalá, eu não faça tudo à pressa,
Oxalá, meu Futuro aconteça
Oxalá, que a vida me corra bem, oxalá
Oxalá, que a tua vida também;

Oxalá, o Carnaval aconteça, oxalá
Oxalá, o povo nunca se esqueça;

Oxalá, o tempo passe, hora a hora,
Oxalá, que ninguém se vá embora,
Oxalá, se aproxime o Carnaval,
Oxalá, tudo corra, menos mal



Oxalá os ouças...

2



Fez ontem dois anos.
Estamos de parabéns, portanto.
Podia escrever muita coisa - havia, mesmo muita coisa a dizer.
Prefiro fazê-lo de outra forma...


Se eu deixar de sofrer
como é que vai ser para me acostumar
Se tudo é carnaval eu não devo chorar
Pois eu preciso me encontrar
Sofrer, também é merecimento
Cada um tem seu momento,
quando a hora é da razão
Alguém vai sambar comigo,
e o nome eu não digo
Guardo tudo no coração.
Se...

Caetano Veloso

sábado, outubro 20, 2007

LITTLE FOOT

Justiça seja feita, foi o Carlos Moura que me mostrou este vídeo pela primeira vez, há coisa de um ano.
O autor chama-se Adam Phillips e o que ele faz vale MESMO MESMO MESMO a pena ser visto.
Vejam!

"YOU CAN CALL ME AL"

(...) A man walks down the street
It's a street in a strange world
Maybe it's the Third World
Maybe it's his first time around
He doesn't speak the language
He holds no currency
He is a foreign man
He is surrounded by the sound (...)




Ainda não tinha falado aqui do prémio Nobel da Paz com que Al Gore foi laureado, pois não?


Pois não.


Então cá vai...



Concordo totalmente com a escolha, e rio-me dos argumentos daqueles que nem por isso. É que ainda não compreenderam que já há muito que o Nobel da Paz deixou de ser entregue apenas aos que lutam pelos direitos humanos. Agora, o prémio é um murro no estômago politico; uma mensagem em forma de bofetão. E Al Gore merecia ainda mais uma ajudinha na sua luta pelo meio ambiente, pela saúde do planeta e, ao mesmo tempo, pelos DIREITOS que os HUMANOS têm de viver num planeta melhorzinho.


Pouco me interessam as motivações que levaram o quase-presidente dos EUA a investir nesta sua nova cruzada. O que me interessa é que o fez, e fê-lo da melhor forma possível. Em vez de grandes manifestações, acções radicais mais ou menos violentas, ou de embarcar numa luta burocrática que não o levaria a lado algum, Al Gore vestiu-se de stand up comediant/professor/peregrino ao serviço da ecologia e conquistou a atenção do povo. Incomoda quem deve ser incomodado - nomeadamente o seu presidente - e acusa quem deve ser acusado. Sem papas na língua.


Pouco me interessa se o que realmente pretende com isto é regressar à corrida pela Casa Branca. Mesmo que fosse esse o seu principal objectivo, não seria mau de todo, desde que, depois de sentado na sala oval, mantivesse a mesma vontade de mudar as coisas. Interessa-me, isso sim, que vá cada vez mais longe nesta luta pela melhoria das condições de um planeta que está ferido de morte.


Já se sabe que muitos outros candidatos mereciam igualmente o Nobel da Paz. Seria louco se dissesse o contrário. Mas neste momento quer-me parecer que o mal que Al Gore tenta combater, é o nosso maior e mais grave problema, e um que necessita imediatamente de resultados.

APROVEITEM!

E passo a citar...

"Caríssimos,

Estão abertas as inscrições para:

Curso de Iniciação ao Teatro do TUP

O TUP - Teatro Universitário do Porto promove a cada dois anos um Curso de
Iniciação ao Teatro aberto a toda a comunidade da UP. Com o apoio da
Fundação Calouste Gulbenkian, o TUP cumpre assim a função pedagógica que o
norteou desde a sua fundação.
O Curso incidirá em três componentes iniciais, Voz, Movimento e
Interpretação, e culminará com a apresentação e carreira de um
espectáculo resultante do módulo de Práticas Teatrais. Este espectáculo
será também apresentado no âmbito das comemorações do Dia Mundial do
Teatro. O acesso ao curso é feito mediante uma audição com os docentes e
alguns membros da Direcção.


Inscrições: até 31 de Outubro para tupporto@gmail.com
Devem enviar mail com nome, morada, contactos (telemóvel e mail pessoal), idade


Audições: 3 e 4 Novembro (das 15h às 19h)

Calendário do curso: de 12 de Novembro a 10 de Março
Paragem lectiva: de 17 de Dezembro a 7 de Janeiro

Docentes:
Voz - Patrícia Brandão
Movimento - Anabela Sousa
Interpretação - Catarina Lacerda

Divulguem!"

quinta-feira, outubro 18, 2007

Antes ainda dos Gato Fedorento serem as super estrelas que se sabe, já havia mais gente a fazer uns vídeos de comédia bem catitas.
Não tendo nenhum da Região Estrangeira para mostrar - bem jeitosos, diga-se -, não me resta outra coisa que não o vídeo de António Raminhos a gozar indecentemente com o Mourinho. Diz-se que tem mais de 50 mil visualizaçõs no You Tube, e eu não duvido nada.
O rapaz tem talento, e aquele ar de mosca morta antipática de que o Mourinho sofre, não tem nada a ver com Raminhos - que é um moço bem sexy, por sinal -, aquilo é verdadeiro trabalho de actor. É a melhor imitação de José Mourinho de sempre. Não acreditam? Vejam o segundo vídeo.
António Raminhos é comediante há já algum tempo, escreve regularmente para a Maxmen, pertence ao Sindicato, um colectivo de comediantes de Lisboa - do qual faz parte Carlos Moura -, é travesti especialista em matinés na Amadora, e ainda arranja tempo para fazer stand up, nomeadamente a animar as filas da sopa dos pobres em Caxias.
No post que dediquei mais ali a baixo a quatro trailers de filmes que estão por aí a chegar, o desgraçado deixou um comentário que também vos permite viajar até ao seu mundo privado. Façam por isso, vale bem a pena.




RESERVATION ROAD

Este não é surpresa nenhuma e parece ser um bom filme.
Até porque tem dois dos mais vibrantes actores da actualidade, Joaquin Phoenix e Mark Ruffalo, e porque foi realizado pelo mesmo cineasta de Hotel Ruanda, Terry George.
Espero vê-lo por cá.


1-18-08

É a surpresa mais bem guardada da história do cinema.
Nunca se fez tanto segreso em torno de um filme como com este projecto de J. J. Abrams, produtor, por exemplo, da série Perdidos.
O trailer/teaser é este e tem sido o sonho recorrente de todos os cinéfilos do mundo, da mesma forma que tem sido o seu pesadelo. É brilhante!
Sem título, ficou conhecido pela data de estréia nos EUA, 1-18-08.
Percebe-se que só pode ser uma coisa bem lixada...

A ESTRADA



É o livro que acabo de ler. Foi escrito por Cormac McCarthy e é absolutamente viciante.
Fala de um pai e do seu filho, e da dura travessia que fazem por uma América devastada por um qualquer cataclismo - percebe-se que foram incêndios, mas a verdade é que o autor nunca nos diz o que aconteceu afinal. Caminham pelas estradas destruídas e povoadas por cadaveres calcinados, "homens maus" que matam para saciar a fome e outros (poucos) "homens bons". É através dos seus olhos que percebemos uma dolorosa nostalgia das coisas como elas eram; como se facto tivesse acontecido um holocausto, e tivessemos uma dor no fundo da alma, uma falta de fé incontornável e um desejo cego de continuar a andar para não ter de ficar parados. Como eles.
Pelo meio, sentimos o imenso amor que une pai e filho; sentimos o medo agustiante que o homem tem de morrer e deixar o seu rapaz para os "homens maus". Levamos estalos sucessivos na cara, que nos fazem pensar duas vezes na vida, e pesar bem o valor de tudo o que ainda não perdemos.
E não precisamos de entrar muito no livro de McCarthy para perceber afinal do que realmente fala. Na página 11 lê-se "Está tudo bem contigo? O rapaz fez que sim com a cabeça. E então puseram-se os dois a caminhar no asfalto sob a luz metálica, cinzento-azulada, a arrastar os pés na cinza, e cada qual era o mundo inteiro do outro".
É uma história pesada, desprovida de qualquer esperança numa fé aliviadora - os pequenos «tesouros» que os protagonistas vão encontrando pelo caminho, são grandes mas de curta duração; é uma história apenas com sentido descendente, que transporta pai e filho para um destino incerto, mas com a certeza de que nunca poderá ser realmente bom.
Cormac McCarthy escreve bem que se farta. Não cai em excessos descritivos e nunca pretende ser mais um filósofo de pacotilha. Escreve frases curtas e bastante gráficas. Tão gráficas que acaba por se tornar fácil imaginar as imagens desta história; imaginar os personagens e as paisagens desoladas. Tão fácil, que saio deste livro totalmente convencido que, mais cedo ou mais tarde, alguém vai pegar nele para o filmar. Tenho um eleito para a função, mas fica para mim.
Quero emprestá-lo rapidamente a alguém. Estão abertas as candidaturas, aqui, neste blog. O primeiro a chegar...

GOSTO DE TI, PUTO!



Ó GERÓNIMO, VAI PARA O...



Ainda voltando ao senhor Dalai Lama...

Depois de ter sido recebido oficialmente na Alemanha pela Sô Dona Chanceler, eis quando é visita de honra do governo dos EUA, é condecorado com a medalha de ouro do congresso - a mais alta distinção naquele país - e ainda vive para ver o cabotino George Bush proferir um discurso só possível se acreditarmos que existe uma coisa chamad apossessão demoníaca.

Já se sabe, o cowboy tem interesses vários espalhados por todo o mundo, e a China é seu parceiro mas também um dos maiores rivais económicos, mas... a verdade é que ele recebeu mesmo o pequeno tibetano, e deu visibilidade à sua nobre causa.


Do outro lado da mesma linha, continua o nosso vergonhoso e envergonhado rilhoto de país. Já não bastava o Dalai Lama não ter sido recebido por nenhum membro do governo, prova mais do que suficiente para nos convencermos de uma vez por todas da hipocrisia da politica, e agora fico a saber - porque me decidi a ler uma publicação nacional já com alguns dias - que o dirigente do PCP, o rapaz Gerónimo, afirmou publicamente estar solidário... com a posição desconfortável e com o mau-estar em que se encontrava a China perante a visita do Dalai Lama a Portugal.

Corrijam-me se estiver errado, mas não é "liberdade" uma das cinco palavras mais utilizadas no longo e secular discurso comunista, logo a seguir a "camarada", "vermelho", "Castro", "Camaradas" e "pão-com-chouriço"? Não defende o PCP, ideais de liberdade, direitos humanos, cívicos e religiosos - no fundo, a cartilha com os direitos humanos -, e não sei mais quantas regras de boa educação da esquerda?

A verdade, é que o PCP quer-se assim, antiquado, labrego e pouco esperto. Gostam de se auto-vitimizar, gritando que toda a gente aprecia falar mal do PCP...

O PCP continua a defender a (má) utilização de uma filosofia e de um pensamento politicos, sem se ter apercebido ainda, que amos morreram quando Karl Marx proferiu as famosas palavras "já me foderam o esquema".

A tomada de posição do líder do PCP é vergonhosa, mesquinha e de serventia humilhante. Se calhar fazia-lhe bem uma conversinha com o Dalai Lama, para poder compreender totalmente o que significam palavras como "autonomia", "independência", "liberdade", "felicidade" e "caril-de-lentilhas".

terça-feira, outubro 16, 2007

ÓBIDOS, A BELA




















A seguir ao Gerês, Óbidos é a localidade portuguesa que mais vezes visitei. E sem nunca me cansar. Feita de curvas, recantos e vielas, a vila dá-nos sempre o prazer da descoberta.


Voltei a Óbidos, desta feita na companhia da pessoa certa. Foi um fim de semana romântico; de paz e sossego como já precisava há muito.


Palavras para quê?

























segunda-feira, outubro 15, 2007

MALUQUINHO DO CINEMA



Na passada Sexta Feira estive mais de uma hora a martirizar-me com trailers de filmes, a maioria dos quais talvez nem chegue a estrear nas salas portuguesas. De muita, muita coisa que me pareceu interessante, destaquei estes quatro. Dois deles estou certo que, na melhor das hipóteses, vão chegar a até nós pelas mãos (por vezes) sábias da toda poderosa Blockbuster. Destes, só mesmo Jumper e 30 Days... parecem reunir as qualidades exigidas pelas distribuidoras nacionais - embora eu já há muito tempo não entenda quais são essas qualidades...

Jumper conta a história de um rapazito que, sabe-se lá porquê, tem a bizarra e fantástica capacidade de se teletransportar para onde quiser. Tudo lhe corre bem, até ao dia em que descobre que, não só existem mais como ele, como existem também outros que, não possuindo a mesma capacidade e por essa mesma razão, os querem ver mortos. A coisa promete, ora vejam lá...




The Signal é um objecto aparentemente estranho e demasiado violento para ser exibido num ecrã de um qualquer centro comercial cá do burgo. Teria talvez lugar marcado no Fantasporto, mas o festival já há muitos anos cessou de surpreender o seu público com coisas destas, directas ao estômago de quem as vê. A história é simples, e acaba por se assemelhar às histórias de zombies que temos vindo a ver nos últimos anos. Aqui, é um sinal subliminar emitido pelas televisões que deixa toda a gente, numa pequena localidade americana, louca dos cornos e disposta a matar tudo o que mexa. O trailer aqui exibido foi retirado do circuito comercial pelo excesso de violência explícita. Cá para mim, todo o trailer de filme de terror que não tenha uma banda sonora heavy metal já é merecedor de um segundo olhar. Este e os próximos obedecem a essa regra. Vejam, mas não digam que não avisei.




30 Days By Night é a adptação de uma das mais bombásticas Graphic Novel de que tenho memória. Uma história de vampiros, mas diferente daquilo a que estamos habituados.
Tha Last Winter não sei do que trata, mas cheira a John Carpenter vintage por todo o lado.
Vai ser bonito, vai.




KARMABOX WITH A VIEW - MADONNA - "LIKE A VIRGIN"

Na altura éramos putos radicais e não admitíamos sequer bater o pé ao som desta musiquita lareta. Entretanto os anos passaram e já vi muito homem mui macho, a desenhar as coreografias mais drag que se podem imaginar, em festas e em bares por esse país fora.
Vinha a ouví-la no carro e surpreendi-me por ainda saber a letra de cor, gritinhos e tudo.
Se quiserem ver o vídeo, reparem numa cena em que a artista, no meio do seu bailado frenético em cima de uma gôndola, desvia a cabeçita de uma ponte ameaçadora mesmo no último momento. Foi sem querer, e levou a equipa de filmagem quase à histeria. É que as pontes em Veneza andam rápido como o caraças, e a pequena ia mesmo ficando desmiolada. Mas não ficou...



Etiquetas:

quinta-feira, outubro 11, 2007

A MELHOR NOTÍCIA DO MÊS!!!

Já por várias vezes falei aqui deles. São dois dos meus melhores amigos e, só por acaso, vivem juntos há tantos anos que já nem consigo contar. Soube hoje que vão ser pais lá para o mês de Maio.
Meus queridos, já consigo imaginar o raio do miúdo (ou miúda) a lambuzar-se com uma pizza na ilha de Tavira.
Nunca mais é Maio!!

quarta-feira, outubro 10, 2007

IRRA!!!

Ontem fui ver o tão aguardado 1408. Aguardado por ser a mais recente adaptação de um conto de Stephen King. Bons actores ao barulho, John Cusack e Samuel L. Jackson, e um trailer esmagador prometiam coisa boa. E foi. 1804 é um filme de terror à maneira, sem cair naquela moda que começava a chatear muito de serial killers quase-sobrenaturais, fantasmas aborrecidos e miúdos possuídos pelo demo, e que regressa ao território do terror psicológico e arrasador do nervoso miudinho. A tensão chega a incomodar as tripas, a música de Gabriel Yared e a qualidade da interpretação de Cusack ajudam, e os finais consecutivos para uma mesma história deixam a malta em pulgas. Bem bom, sim senhor. Muito ao estilo dos bons velhos tempos de A Quinta Dimensão. A caminho do final chega mesmo a assustar mas noutro sentido, quando ameaça resvalar para velhos e maus hábitos das mais recentes produções americanas no cinema de terror. Safa-se disso com distinção e arranca definitivamente para um sólido e verdadeiramente assustador conto à boa moda de Stephen King. Quando está inspirado, claro. O filme conta a história de um cínico e egoísta escritor (Cusack), que dedica a sua carreira a desacreditar hotéis que se dizem assombrados e amaldiçoados por almas perdidas. Isento de qualquer tipo de fé - em Deus e nos homens -, Mike Enslin decide aceitar um desafio enviado por um anónimo, o de passar uma noite no quarto 1408 do Dolphin Hotel, em Nova Iorque, e sobreviver. A seguir, assistimos a uma versão muito livre do Conto de Natal - onde o terrível Scrooge era visitado por três fantasmas, e por causa dos quais se remediava de todo o mal que tinha feito e se tornava, afinal, numa boa pessoa - misturado com os nove anéis do Inferno de Dante. O caminho que Enslin tem de percorrer naquele amaldiçoado quarto, tem como único objectivo o seu check out. De uma forma ou de outra. Sinceramente, momentos houve em que me senti a enlouquecer com o escritor, tal a demência do que por lá se passa. Muito aconselhável, digo-vos, mas para quem tem os nervos em dia. A título de curiosidade, posso ainda dizer-vos que existe um final alternativo e bem mais interessante do que aquele que vemos no cinema.

AMIGO DURÃO


Como podem ler no blog do Carlos Moura- rapaz aproximadamente da minha idade -, este senhor ensinou-nos muita coisa. Foi, talvez, o primeiro super-pivot da RTP. Hoje, alertado por uma manchete de um diário da nossa praça, lembrei-me com tristeza de não ver, na cerimónia dos 50 anos da televisão pública, nenhuma homenagem a este profissional de excepção. E devem-lhe tanto... Devemos-lhe tanto, e já nem nos lembrávamos dele.

segunda-feira, outubro 08, 2007

SQUASH

A minha mais recente paranóia/doença/mania. Estou completamente viciado e já consegui arrastar uma mão cheia de mais maluquinhos. Vejam o vídeo e percebam porquê (eu sei, não se consegue ver lá muito bem a bolinha, e fica-se cansado só de olhar, mas...)

SERVIÇINHO PÚBLICO

(Ironicamente, dois posts seguidos dedicados, de certa forma, à tourada)






Na sua crónica de hoje no Jornal de Notícias, Manuel António Pina (MAP) chama a nossa atenção para o tipo de serviço público prestado pela televisão do estado - vulgo RTP -, nomeadamente para a inteligente e tão a propósito transmissão de uma tourada precisamente no Dia Mundial do Animal.

Informa-nos ainda que foi precisamente em Outubro de 1978 que a UNESCO aprovou a Declaração Universal dos Direitos do Animal, onde se pode ler que "o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante". MAP prossegue a sua crónica, enumerando três dos artigos dessa mesma declaração: "nenhum animal deve ser submetido a maus-tratos ou a actos cruéis", (artº 3º), ou "explorado para DIVERTIMENTO DO HOMEM" (artº 10º), e "as cenas de violência de que os animais são VÍTIMAS devem ser INTERDITAS no cinema e NA TELEVISÃO" (artº 13º).

É engraçado, mas assim muito de repente quer-me parecer que a televisão pública, que tem como um dos principais deveres, prestar serviço público, se esqueceu - ou desconhece - pelo menos destes três princípios. O touro é uma vítima sem hipótese de escolha, a tortura de que é alvo serve unicamente para gáudio das centenas de bárbaros que enchem as cadeiras da arena, e o degradante espectáculo é transmitido para todo o Portugal... na televisão!

Honestamente não acredito que a intenção da RTP de continuar fiel à transmissão de touradas seja a conquista de audiências; não acredito porque me parece, ainda assim, uma muito pequena fatia de público, aquela que convence a mulher a não ver a novela, para se sentar em frente ao televisor a ver um animal a tossir sangue. A RTP, que muito evoluíu e se tornou num televisão de alguma qualidade, manteve (infelizmente) alguns dos hábitos do antigo regime, e este é somente o mais triste e vergonhoso.

Ia acabar este post questionando-me retoricamente acerca da falta de coragem politica que parece ser necessária para, de uma vez por todas, pôr um fim a um espectáculo sanguinário e injustificado, mas lembrei-me de um dos mais infelizes momentos politicos da nossa história: o dia em que o PCP aprovou o regime de excepção para as touradas de morte em Barrancos, por estas fazerem parte integrante e bem enraizada de uma tradição secular. O mesmo é dizer, o PCP é um partido cada vez menos importante no panorama nacional, e não se pode arriscar a perder ainda mais votos, muito menos no Alentejo, um eterno bastião comunista.

Não tenho dúvidas nenhumas que um adepto fervoroso de touradas, quando questionado acerca das razões que as justificam, só conseguiria responder "SANGUE", espumando e bufando como se de uma real besta se tratasse.

Termino, por isso, com as sábias e acutilantes palavras de MAP, que no fim da sua crónica escreve que "palavras como «dignidade» ou «respeito» não fazem parte do vocabulário da actual Direcção de Programas da RTP".

"BULLY FOR BUGS"

(Espero que a Warner Bros. não me processe por este...)

Ando eu para aqui a pregar aos quatro ventos a favor da Pixar e de como as suas curtas metragens são as melhores de todos os tempos, e já me ia esquecendo de que - entre muitas outras -, em 1952 os miticos estúdios americanos realizavam esta pequena animação, sinceramente uma das melhores de sempre, e, com todas as outras da sua responsabilidade, a origem de tudo o que os estúdios Pixar viriam a fazer.


domingo, outubro 07, 2007

Zach Galifianakis é um brilhante comediante que, mais do que fazer stand up comedy, faz siting down at the piano comedy. E aparece aqui no meu blog pela primeira vez porque faz parte do elenco de Into The Wild - o filme de que falo num post mais abaixo.

STARDUST

Entretanto lá fui ver o filme Stardust, baseado no livro com o mesmo nome, autoria do mestre Neil Gaiman.
E... é um filme fofinho, é o máximo que posso dizer. Não me entendam mal, gostei bastante e aconselho vivamente que o vão ver o quanto antes. A verdade é que, tendo lido o livro aí umas duas ou três vezes, estava à espera que o realizador tivesse aproximado o seu filme o mais possivel do universo Gaimaniano, mesmo sabendo que isso seria tarefa complicada. Neil Gaiman escreveu um conto de fadas para adultos, e Matthew Vaughn filmou um conto de fadas para crianças. Essa diferença é demasiado evidente para quem já conhecia a história, mas não chega para a estragar. A obra resulta bonita, mágica e encantadora, os actores vestem bem o papel e representam precisamente para a criançada, e o filme já valia a pena, quanto mais não fosse, pela oportunidade de ver Rober DeNiro a interpretar um pirata-gay, e pela visão que é Claire Danes no papel da estrela Yvaine. Mas tem por lá material mais do que suficiente para justificar uma idazinha ao cinema. Cenários fantásticos, banda sonora à maneira e uma Michelle Pfeiffer em absoluto estado de graça. Não se admirem é se as namoradas quiserem levar os irmãos mais novos, os sobrinhos ou... brrrr, os afilhados.




R.I.P. PREMIERE


Já não lia a revista Premiere há muito tempo - seguramente há mais de um ano -, e na passada quinta feira, motivado pela necessidade de queimar tempo, resolvi comprar a edição de Outubro. Sem saber, estava a comprar o último número desta edição. O 96.

Ou seja, sem saber bem porquê, uma revista aparentemente bem colocada no mercado, com o público alvo mais do que rendido, e com um nível de vendas razoavelmente aceitável, chega ao fim, ao cabo de oito bons anos. Uma revista que, segundo as palavras de um dos seus cronistas de serviço, o misterioso Criswell, tinha "os custos controlados, vendas estáveis e receitas publicitárias a duplicar nos últimos meses". Não consigo perceber as razões por trás de uma decisão destas, mas cheira-me a políticas de grupo editorial. Cheira-me...

Recém chegado de um fim de semana em Óbidos - do qual ainda não tenho as fotos -, apetece-me falar de vários e diferentes assuntos - dos quais existem imagens e vídeos para os ilustrar.

E foi precisamente na viagem de regresso que descobri que Eddie Veder, o vocalista dos Pearl Jam, lançou o que é considerado como o seu primeiro álbum a solo, ao mesmo tempo que é a banda sonora do também mais recente filme de Sean Penn enquanto realizador.


Into The Wild conta a história verídica de Christopher McCandless, um jovem americano que, logo após ter concluído a faculdade, resolveu doar o dinheiro que tinha conseguido poupar a uma instituição de caridade,e começou uma viagem pelos Estados Unidos, sempre com o mínimo de condições e sem qualquer tipo de preparação, com o objectivo de chegar ao Alaska e aí começar uma vida nova, longe da civilização. Ao longo de dois anos, manteve um diário onde testemunhava o seu estado fisico e psicológico, ao mesmo tempo que registava o dia-a-dia de um «vagabundo» na América. Chegado ao seu destino, encontoru um autocarro abandonado, do qual faria a sua casa. Foi encontrado morto no seu saco-cama, com 24 anos, vitima de subnutrição.
O filme tem um elenco poderoso, com William Hurt, Marcia Gay Harden, Vince Vaughn e Emile Hirsch no papel principal, e Sean Penn parece-me o realizador perfeito para levar a história de McCandless - que já tinha originado um best seller - ao grande ecrã.
A música de Eddie Veder é bem representativa do estilo de imagens que Penn filmou e acompanha o estado de espirito de quem se propõe a uma odisseia deste calibre; é música «roubada» aos primórdios de Bruce Springsteen. Folk crua e despida de electricidade excessiva, e, pelo que me foi dado a ouvir, lindíssima.
As imagens, já a seguir...


O trailer


A música

quarta-feira, outubro 03, 2007

Ouvi hoje na rádio as denúncias feitas a médicos dentistas que se recusam a tratar pacientes infectados com o virus do HIV...
Na minha opinião a atitude é absolutamente inqualificável, embora me apeteça qualificá-la de nojenta. E nem tenho de explicar porque a acho nojenta. É e pronto!
Tenho um amigo que vive o dia a dia de quem carrega este virus no corpo. A força da sua atitude combativa é de tal ordem, que empurrou o «bicho» para um recanto bem escondido e escuro do seu organismo, tornando-o indetectável. É um exemplo para toda a gente, especialmente para os que não têm HIV. Admiro-o de uma forma que ele nem desconfia. Admiro-o e respeito-o (não só, mas também) pela capacidade super humana com que lida diariamente com o que ele chama de "minha amiga", e olho para ele muitas das vezes como um puto olha para um seu ídolo. Nunca me passou pela cabeça sequer a mais remota hipótese de o tratar de forma diferente por causa da sua doença; nunca pensei duas vezes em apertar-lhe a mão, abraçá-lo ou beijá-lo, se tal se propusesse - embora agora não me ocorra nenhuma circunstância em que tal tivesse de acontecer... -, e não consigo compreender nem aceitar um comportamento tão vergonhoso e preconceituoso, muiuto menos por parte de um profissional de saúde. É triste, e é demonstrativo de como as pessoas infectadas com o HIV podem ser tão sozinhas e viver tão isoladamente do chamado «mundo normal». É fácil entender como elas são empurradas para esse isolamento. Pela pura estupidez.
Gosto muito de ti, e és uma forte inspiração na minha vida, meu bom amigo. E se algum dia alguém te tratar assim mal, avisa-me que eu vou lá e dou-lhe uma forte canelada. Daquelas que aleijam muito e nos fazem dizer todo o tipo de asneiras.

KARMABOX WITH A VIEW - DAVID FONSECA - "SUPERSTARS"

Acho que já tinha desistido de David Fonseca e nem sei bem porquê.
Por uma primeira audição de algumas músicas do novo álbum do moço, facilmente se percebe que ele tem andado a ouvir Ed Harcourt, Andrew Bird e outros cantautores do género.
O single de apresentação é orelhudo, cola-se facilmente à memória, e tem um vídeo bastante bonzinho.
Força aí, rapaz...


Etiquetas:

ORA...




Pensava eu que ia ser óptimo começar este post dizendo que ontem tinha percebido finalmente o que são orgasmos múltiplos - por ter descoberto que está a caminho mais uma adaptação de um livro de Neil Gaiman -, quando afinal, acabo por ser violentado por um sentimento que não me é totalmente estranho: a ejaculação precoce. Então não é que ontem sou confrontado com o fantástico cartaz/tríptico da obra Beowulf, pleno de bom aspecto,realizado por Robert Zemeckis, recheado de nomes de primeira divisão como sendo, Angelina Jolie, Anthony Hopkins, John Malkovich, entre outros, fico toda a noite a sonhar com o que só poderia ser outro enorme filme de fantasia e aventura, para descobrir hoje, e da pior maneira possível, que o idiota do realizador resolveu repetir a graçola de filmar a coisa à laia do que já tinha feito em The Polar Express? Ou seja, filmar os actores e animá-los digitalmente! Mas qual é a necessidade!? Porquê!!??
Raio da mania de querer inovar, ou o caraças!



terça-feira, outubro 02, 2007

CEDOFEITA - 2



KARMABOX WITH A VIEW - DIA MUNDIAL DA MÚSICA EDITION - FLASH IN THE PAN - "MIDNIGHTMAN"

Para não deixar de comemorar a efeméride e somente porque, depois de uns quinze anos sem ouvir esta música, ouvi-a esta semana por três vezes.
Só pode ser um sinal...


Etiquetas:

EPIFÂNIA DE OTÁRIO

Não sei bem quanto é um momento, mas este durou apenas dois segundos, e foi tempo o suficiente para eu de repente perceber tudo...




Don't leave me this way
I can't survive, I can't stay alive
Without your love, oh baby
Don't live me this way
I can't exist, I will surely miss
Your tender kiss
So don't leave me this way

Oh baby, my heart is full of love and
desire for you
So come on down and do what
you've got to do
Your started this fire down in my soul
Now can't you see it's burning, out of control
So come on down and satisfy the
need in me
Cos only your good loving can set me free

Don't leave me this way
I don't understand how I'm at your command
So baby please don't leave me this way.

segunda-feira, outubro 01, 2007

COISAS DE GATOS















E uma especial dedicatória a Rei Lucho - presumindo que é um jovem moço -, apenas seis meses e já o dono e senhor dos telhados lá de trás.