Estava eu descansado na certeza de que já nada me havia de chocar, quando levei um bofetão no focinho que me mostrou que o mundo de merda em que vivemos ainda é mais merdoso do aquilo que pensavamos.
A notícia já corre todos os meios de comunicação e reza assim:
um costa riquenho - que alguns ainda insistem de apelidar de «artista» - participou na Bienal Costarricense de Artes Visuales com uma instalação que consistia tão somente de um cão amarrado a uma parede.
Esse cão foi perseguido por cinco miúdos que o apanharam nas ruas de Manágua a troco de alguns trocos.
Esse cão esteve preso à dita parede, na qual se podia ler a frase "Eres Lo Que Lees", escrita pelo responsável pela instalação com comida para cães.
Esse cão não foi libertado, mesmo depois de várias pessoas o terem pedido, por recusa directa do responsável pela «obra».
Esse cão acabou por morrer lentamente à fome, perante o olhar de todos os visitantes da bienal.
Questionado acerca do seu «projecto», o costa riquenho afirmou ser esta uma forma de homenagear Natividad Canda, um nicaraguense morto por um Rotweiller, acrescentando que “O importante para mim é a hipocrisia das pessoas: um animal assim, quando colocado num lugar branco onde há gente que vai ver arte, converte-se num foco de atenção. Mas não quando está na rua a morrer à fome. A mesma coisa aconteceu com Natividad Canda, as pessoas só se sensibilizaram com ele quando foi atacado pelos cães”. Ao ser questionado por que não usou outro meio de exposição, respondeu: “O cão está mais vivo do que nunca, pois continua a dar que falar”.
Podia alargar este post comentando a brutalidade do acto, associada à crueldade cínica de matar um animal à fome, enquanto na parede a comida de que ele necessitava era usada para apimentar o conceito da coisa; podia dissertar acerca do que é ou não é arte. Isso pouco importa. Tudo isto se resume pura e simplesmente a um crime. Nem mais, nem menos. O que Guillermo Habacuc Vargas fez, foi matar um ser vivo para dar nas vistas. Matar e torturar um animal para ganhar não sei ainda bem o quê. Merecia a prisão, mas ao invés, foi premiado pelo certame, que o escolheu para representar o seu país na Bienal Centroamericana em 2008, nas Honduras.
Peço a todos os que leram este post, e que têm também o seu blog, que divulgem esta barbaridade, e que façam passar a hipótese de impedir a besta de repetir o feito. Basta para isso que publiquem o endereço da petição disponível na net em http://www.petitiononline.com/13031953/ , e que aproveitem para a assinar.
Se não fui suficientemente convincente, é porque me está a custar como o raio escrever este post. Se for assim, espreitem o vídeo...
E ajudem, por favor.
Chamava-se Natividad e morreu sem saber porquê, ou sem sequer compreender o que se estava a passar.
E isso é só o que interessa.
A notícia já corre todos os meios de comunicação e reza assim:
um costa riquenho - que alguns ainda insistem de apelidar de «artista» - participou na Bienal Costarricense de Artes Visuales com uma instalação que consistia tão somente de um cão amarrado a uma parede.
Esse cão foi perseguido por cinco miúdos que o apanharam nas ruas de Manágua a troco de alguns trocos.
Esse cão esteve preso à dita parede, na qual se podia ler a frase "Eres Lo Que Lees", escrita pelo responsável pela instalação com comida para cães.
Esse cão não foi libertado, mesmo depois de várias pessoas o terem pedido, por recusa directa do responsável pela «obra».
Esse cão acabou por morrer lentamente à fome, perante o olhar de todos os visitantes da bienal.
Questionado acerca do seu «projecto», o costa riquenho afirmou ser esta uma forma de homenagear Natividad Canda, um nicaraguense morto por um Rotweiller, acrescentando que “O importante para mim é a hipocrisia das pessoas: um animal assim, quando colocado num lugar branco onde há gente que vai ver arte, converte-se num foco de atenção. Mas não quando está na rua a morrer à fome. A mesma coisa aconteceu com Natividad Canda, as pessoas só se sensibilizaram com ele quando foi atacado pelos cães”. Ao ser questionado por que não usou outro meio de exposição, respondeu: “O cão está mais vivo do que nunca, pois continua a dar que falar”.
Podia alargar este post comentando a brutalidade do acto, associada à crueldade cínica de matar um animal à fome, enquanto na parede a comida de que ele necessitava era usada para apimentar o conceito da coisa; podia dissertar acerca do que é ou não é arte. Isso pouco importa. Tudo isto se resume pura e simplesmente a um crime. Nem mais, nem menos. O que Guillermo Habacuc Vargas fez, foi matar um ser vivo para dar nas vistas. Matar e torturar um animal para ganhar não sei ainda bem o quê. Merecia a prisão, mas ao invés, foi premiado pelo certame, que o escolheu para representar o seu país na Bienal Centroamericana em 2008, nas Honduras.
Peço a todos os que leram este post, e que têm também o seu blog, que divulgem esta barbaridade, e que façam passar a hipótese de impedir a besta de repetir o feito. Basta para isso que publiquem o endereço da petição disponível na net em http://www.petitiononline.com/13031953/ , e que aproveitem para a assinar.
Se não fui suficientemente convincente, é porque me está a custar como o raio escrever este post. Se for assim, espreitem o vídeo...
E ajudem, por favor.
Chamava-se Natividad e morreu sem saber porquê, ou sem sequer compreender o que se estava a passar.
E isso é só o que interessa.
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