kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

domingo, setembro 30, 2007

STARDUST

Antes de mais:
uma das coisas más de que Peter Jackson é responsável, é o fato do sucesso da sua trilogia Senhor Dos Anéis ter criado uma terrível moda, quase um sub-género cinematpgráfico, se quiserem; de repente, surgiram um sem número de filmes menores tentando seguir as pisadas do mestre, sem um décimo da sua qualidade, mal feitinhos e desinteressantes o suficiente para quase nos apetecer amaldiçoar o gordo cineasta dos antípodas.

Posto isto...
pensava que vinha aí mais uma destas obras miseráveis e desnecessárias intitulada Stardust, e já me começava a preparar para a ir ver só para ter um bom motivo para um daqueles textos ácidos e plenos de ódio. E de repente, apercebo-me que o filme em causa, é, nada mais, nada menos, do que a adaptação de um maravilhoso livro escrito por outro mestre, Neil Gaiman, criador de um universo literário fora do comum, fantástico e altamente filmável. Li o livrinho há uns três anos e na altura pensei que daria realmente um belíssimo filme de fantasia, repleto de criaturas míticas, fadas e afins. E ele aí está. Vou vê-lo a medo, já que desconfio muito que seja difícil para qualquer realizador traduzir o mundo que vai na cabeça de Gaiman para o grande ecrã; vou vê-lo agora com outro estado de espirito, e peço desde já desculpa ao mestre por ter tido tão maus pensamentos acerca de um objecto que resulta de um dos seus livros. Sorry.

O elenco é bombástico - Robert De Niro, Peter O'Tool, Michelle Pfeiffer, Claire Danes, Ricky Gervais, Rupert Everett, entre outros - e o trailer parece ser tudo o que o que o livro é. O suficiente para me arrepiar os pêlos dos braços...





sexta-feira, setembro 28, 2007

Esta semana tive a oportunidade de espreitar dois espectáculos distintos, um de teatro, puro e duro, e outro de movimento, comédia fisica, acrobacia, bailado e outras danças.



O primeiro, é da responsabilidade das Produções Fictícias em pareceria com a ESMAE, e tem como ponto de partida uma peça do expressionista alemão Georg Kaiser. Chama-se "Vale o Que Vale", e está em cena até dia 28 de Outubro. A idéia é boa - embora não original - e leva o espectador a seguir os actores - almas penadas presas a um edifício para o resto das suas mortes - escada acima, escada abaixo, agora neste quarto, agora naquele, até se começar a perceber o que se passou naquela fatídica noite, naquele prédio. A peça está bem desenhada e coreografada por Lee Beagley - um experimentado e conceituado encenador britânico -, tem imagens muito bonitas e graficamente fortes, mas acaba por perder grande parte da sua intensidade pela fraca prestação de alguns dos jovens actores. Realçam-se três excelentes e sólidas interpretações lá pelo meio, mas o resto é demasiado denunciado e esforçado para nos fazer esquecer de que é uma peça de teatro de que se trata. Mesmo assim, merece a visita, e merece-a o quanto antes. Qualquer informação, consultar http://www.producoessuplementares.blogspot.com/ (tenho que descubrir onde guardei o maldito código Html...).





O segundo espectáculo... bem, provavelmente bastaria-me dizer que é da autoria de Paulo Ribeiro, o famoso coreógrafo português, mas depois do que vi ontem à noite, apetece-me dizer mais.

Foi brilhante, empolgante, estafante, hilariante, comovente, vibrante e belíisimo, o espectáculo "Masculine" desempenhado por Miguel Borges, Peter Michael Dietz, Romeu Runa e Romulus Neagu. Miguel Borges é já um conhecido actor dos palcos nacionais, Romeu Runa um fabuloso bailarino - que quase roubava o espectáculo só para ele - Romulus Neagu outro bailarino de excepcional qualidade e Peter Michael Dietz um genial actor/formador/ginasta/acrobata/clown, etc, etc, etc... - e que, à excepção do romeno Neagu, estão aqui ao ladinho e pela respectiva ordem de apresentação.

Juntos, compôem as imagens pensadas por Ribeiro a partir do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa. E que imagens! Fazem-nos rir, obrigam-nos a pensar na vida e enchem-nos de vontade de saltar das cadeiras e juntarmo-nos a eles em palco. Agora já não me apetece dizer mais nada; não consigo... Mas digo que saí cansado do espectáculo de ontem e que pretendo ir vê-lo novamente amanhã.

quarta-feira, setembro 26, 2007

MYANMAR OU BIRMANIA, OU LÁ O QUE É...

Era inevitável deixar a chamada de atenção para a coragem demonstrada pelos monges budistas e por um surpreendente número de populares - mais de cem mil, ao que parece -, que há dias se manifestam nas ruas de Myanmar - outrora Birmânia - contra a brutal ditadura militar em que estão submersos há já demasiados anos. Vivemos num país que fez o mesmo não vai há muito tempo, e em que a maioria das pessoas nem sabe o que por lá se passa. Estas pessoas estão literalmente a colocar as suas vidas em risco. É que por lá, a pena de morte sai nos ovos Kinder e já nem é supresa nenhuma. Merecem todos os aplausos e merecem que se deite um olhinho na sua história e na situação em que se encontram.

terça-feira, setembro 25, 2007

E AGORA, PARA ALGO QUE É MAIS DO MESMO!

(Atenção, o texto que se segue está pejado de preconceito, descrença e juízos de valor que podem estar redondamente errados)



Estreou há uns dias, lá pelas bandas da capital, a versão bem portuguesa de Os Melhores Sketches dos Monty Python, um espectáculo que, se não estou enganado, começou por ser exibido na Broadway.

Pois bem, apesar dos textos originais terem sido adaptados pelo Nuno Markl - cujo trabalho eu admiro e respeito - a verdade é que a coisa soa mais ou menos áquilo que escrevi no título deste post: mais do mesmo.

E explico:

Entre os cinco rapazes que se meteram a representar os sketches originais dos Monty Python, só um deles é (na minha humilde opinião) um verdadeiro actor, Miguel Guilherme. José Pedro Gomes é um razoável actor de comédia, embora bastante limitado, António Feio é mau actor e pronto, Bruno Nogueira é o que melhor pode interpretar o real espirito Pythoniano, e Jorge Mourato não é nem bom actor, nem bom comediante. Para além disso, é literalmente mais do mesmo porque se resume a juntar os três do costume - Guilherme, Feio e Gomes - com dois jovens moços que, mesmo influenciados pelos Python, não têm o que é preciso para lhes prestar o devido tributo - embora, volto a dizer, Bruno Nogueira seja aquele que mais se aproxima em estilo e energia.

Mesmo assim, custa-me a crer que a coisa funcione, mesmo que os intervenientes jurem a pés juntos que não quiseram sequer imitar o original, mas sim recriá-lo. Não acredito, ponto.

Alguém acredita que os cinco conseguem fazer rir os verdadeiros fãs dos Monty Python como só eles eram capazes?

Há uns anos, ainda a Região Estrangeira se aguentava da saúde, lancei a idéia de reproduzirmos no palco do LAF, o clássico sketch do "Dirty Fork". A coisa perdeu-se por entre a confusão de outras idéias e nunca se chegou sequer a tentar. Teria sido giro de fazer, teria funcionado até certo ponto, mas todos teriam percebido que, no caso dos Monty Python, só mesmo os Monty Python é que se conseguiam reinventar com dignidade, originalidade e humor fresquinho.





Senhoras e senhores, the real thing: The Dirty Fork Sketch, e em duas versões, que é para aprenderem...
(E digam-me: acham mesmo que algum destes senhores conseguia fazer o papel de John Cleese, com olhos raiados de sangue e veias a saltarem do pescoço incluídos?)





segunda-feira, setembro 24, 2007

THE ONE MAN BAND


Já sei que é difícil escolher, de entre todas as curtas metragens da Pixar, a melhor. Sendo assim, resta-nos procurá-las a todas e, calmamente, publicá-las nos respectivos bloguinhos. Certo, Carlos?
Reparem só nas múltiplas expressões do puto...




MARCEL MARCEAU: 1923 - 2007




Desenganem-se, não morreu só uma pessoa, mas sim duas: Bip e o seu alter-ego, Marcel Marceau. Pois se foi Marceau a dar forma a Bip, foi Bip a dar a fama mais do que merecida ao seu criador.
Usa-se dizer "calou-se uma voz", sempre que desaparece um cantor famoso. No caso do brilhante mimo... não sei bem o que dizer. Provavelmente sigo o seu exemplo e calo-me.




Sou mais fraco do que uma memória...
A minha voz fala mais baixo do que uma que já não se deixa ouvir.
Sou um vazio legal, uma falta de legislação emocional.

domingo, setembro 23, 2007

CRASH MCCREERY



Aproveito a deixa para escrever mais umas palavrinhas sobre um dos mais importantes ilustradores, designers e criadores de efeitos especiais ligados à indústria da sétima arte. Responsável por ter criado personagens em tantos filmes que se torna virtualmente impossível mencioná-los a todos, Crash McCreery deixou a sua marca em dois dos filmes de M. Night Shyamalan - o já referido The Lady In The Water e The Village -, em dois dos filmes da saga Jurassic Park, no segundo capítulo da série Batman, em Tank Girl, Hulk, Os Piratas das Caraíbas, etc, etc, etc, etc, etc, tendo ainda tempo para ilustrar o livro escrito por Shyamalan que resultaria ainda no filme de que falo mais abaixo.


THE LADY IN THE WATER





Finalmente pude ver o último filme de M. Night Shyamalan até ao fim - confesso com vergonha que a primeira vez que tinha tentado, adormeci quase no início para só acordar quando as luzes do cinema se acenderam.
Vi, e acabo por chegar à conclusão de que não entendo as críticas negativas de que foi alvo aquando da sua carreira no grande ecrã.

Tudo bem, não é um típico filme de Shyamalan; não tem todos aqueles ingredientes à Shyamalan que fizeram da sua maneira de realizar uma imagem de marca; não é um filme de suspense ou de terror, e nem sequer é uma obra densa, tensa e intensa. The Lady In The Water é somente um conto de embalar; uma história que contamos aos nossos filhos antes deles adormecerem. Como todos os filmes que o jovem realizador já fez, e como todos os que serão feitos, sofre de um mesmo mal: a espectativa que os sucessos anteriores depositaram nas pessoas - críticos, detractores e fãs - e que não ajuda a uma visão de um só filme como uma peça isolada, independente e única.

The Lady In The Water é uma belisima história de fadas e nada mais. Nem sequer é uma história somente sobre uma ninfa do mar chamada Story, e da tarefa que tem em mãos. Não fala somente de Narfs, Scrunts, águias gigantes e outros estranhos e míticos seres. Fala da solidão, das coisas que podem transformar a nossa vida em algo triste e sem um aparente objectivo. É um filme sobre humanidade. E é difícil aceitá-lo como sendo só isso, quando estamos à espera de mais um inesperado twist final.



Sendo um filme-conto de fadas, seria óbvio que não responderia aos usuais cânones da sétima arte. Aqui ninguém se questiona sobre os estranhos eventos que se vão sucedendo, precisamente porque num conto de fadas nunca ninguém se questiona. É a incomum normalidade na vida daquelas pessoas a que assistimos, e é só.
E é lindíssimo. Desde o prólogo - uma fantástica animação - até ao último segundo de filme
Sempre bem filmado, com todo o cuidado do mundo. Contém imagens de uma beleza plástica refinada, uma banda sonora - novamente de James Newton Howard - magnífica e comovente, e dois actores - no meio de tantos outros - em absoluto estado de graça: Paul Giamatti e Bryce Dallas Howard.


Giamatti faz neste filme, a personagem que Richard Dreyfuss fez em três filmes de Steven Spielberg, e a semelhança não parece ser somente uma coincidência. Shyamalan é um confesso pupilo do mestre cineasta, e existem, nos seus filmes, constantes referências a obras suas. Bryce Dallas Howard, depois do que já a tínhamos visto fazer em The Village, era a única jovem actriz capaz de dar a Story a doçura e fragilidade que a caracterizam.

The Lady In The Water começou por ser realmente um conto de fadas que Shyamalan contava às suas filhas antes de irem para a cama. Tornou-se num livro, brilhantemente ilustrado por Crash McCreery, e num filme magnificamente realizado.
Como um conto de fadas, nada mais.


Prólogo



quinta-feira, setembro 20, 2007

CRISTOPHER SHY


É um ilustrador americano, responsável pela direcção artística de um filme a que dediquei algumas linhas aqui, não vai há muito tempo, The Pathfinder - autor também do cartaz respectivo.
Não sei nada sobre ele, e acho que nem interessa muito. É um daqueles casos em que é preferivel ver a imagem e esquecer a palavra.






KARMABOX WITH A VIEW - JOSH ROUSE - "QUIET TOWN"

Para comemorar a vinda do cantautor americano a Portugal.



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terça-feira, setembro 18, 2007

KARMABOX WITH A VIEW - DEAD CAN DANCE - "YULUNGA"

De tão inócuo que ando, corro o sério risco de tornar este blog num blog meramente de vídeos.
Paciência. Conformo-me e dedico-me a procurar imagens realmente interessantes da minha vida.
Como esta.
Música que me ajudou a realizar filmes, desenhar coreografias e ajuda-me, neste preciso momento, a encontrar um ritmo livre e improvisado para bater com as pontas dos dedos nas teclas deste computador.


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O ETERNO BRILHO DO SOL DA MENTE IMACULADA

Promessa cumprida, tornei a ver, ontem à noite, um dos meus filmes preferidos de todos os tempos, The Eternal Sunshine Of The Mind, de Michel Gondry.
Poucas palavras bastam:
é um filme de uma beleza triste inigualável;
são os melhores papéis das carreiras de Kate Winslet e de Jim Carrey;
foi realizado de uma forma absolutamente brilhante;
... sem mais palavras.



domingo, setembro 16, 2007

KARMABOX WITH A VIEW - BECK - "EVERYBODY'S GOT TO LEARN SOMETIMES"

Vou finalmente refer este filme. Talvez hoje, ou amanhã, mas de certeza esta semana. Já está lá em casa à espera.
Para hoje a fantástica versão que Beck fez do clássico dos The Korgis, e sem se limitar a revê-la; ao contrário do que é costume, esta versão é infinitamente melhor do que a original.

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Num ano já de si tão rico em matéria de cinema, fico agora a saber de um filme que estará para estrear nas nossas salas e a que não tinha dado a devida atenção. "1408" parte de mais um conto de Stephen King, tem nos principais protagonistas, John Cusack e Samuel L. Jackson, e conta a estranha e arrepiante história de um quarto de hotel.
O resto...


BRITNEY "SIMPSON"

Provavelmente, esta será a única vez que verão um post neste blog dedicado a Britney Spears - a não ser que ela volte a ter a coragem de regressar a um palco nos próximos dez anos...
Esta é a já famosa actuação da moça na última cerimónia dos MTV Video Awards, e posso-vos garantir uma coisa: continuo na dúvida se não será o Homer Simpson!
E a culpa nem é dela, mas sim das pessoas que acharam sinceramente ser uma boa idéia vesti-la com aquela roupinha - mais valia que lhe tivessem dado um fato de astronauta - e obrigá-la a fazer uma coreografia daquela natureza.
Safa!!!

sábado, setembro 15, 2007

COISAS QUE IMPRESSIONAM


Luciano Pavarotti cantando Una Furtiva Lagrima, de Donizetti



Una furtiva lagrima
Negli occhi suoi spuntò...
quelle festose giovani invidiar sembrò...
Che più cercando io vo?
M'ama, lo vedo.
Un solo istante i palpiti
Del suo bel cor sentir!..
Co' suoi sospir confondere per poco i miei sospir!...
Cielo, si può morir;
Di più non chiedo.


O jaimacano Asafa Powll correndo os cem metros em 9.74 segundos, batendo o seu anterior recorde, e com a distinta lata de abrandar nos últimos dez metros




(Mais uma vez) o momento em que a equipa portuguesa de rugby «berrou» o hino nacional nos momentos que antecederam o jogo com a poderosa Nova Zelândia, e o já clássico Haka, com que a equipa dos All Blacks saúda (leia-se, "intimida") os adversários





Como é que um homem, prémio Nobel da paz em 1989, que defende a não-violência acima de tudo, e que luta constantemente pelos direitos humanos, nomeadamente os do seu povo, pode causar tanto desconforto a um governo de um país como o nosso?

Porque é que o nosso presidente da república não o recebeu, argumentando não o ter feito por não ter havido nenhum pedido oficial para uma reunião?
Porque é que não recebem este homem, líder espiritual budista, quando o fazem sempre que um outro - chamado Papa - o faz, sempre e quando decide vir cá?

Por medo? Por subserviência? Porque preferem enterrar a cabeça na areia de modo a não chatear o monstro China?
O meu irmão Joel deu a resposta com a pergunta "temos medo da China? Porquê? Eles já nos invadiram, já não há do que ter medo".

Que vergonha, senhores governates. Que tremenda vergonha!

sexta-feira, setembro 14, 2007

A SEMANA DO ORGULHO

E esta semana deixaram-me mais orgulhoso do que nunca: enquanto uma menina consegue entrar para a faculdade de medicina - o que, sinceramente, não foi surpresa nenhuma - outros dois meninos (gémeos, por acaso) arrasam a concorrência nas provas de acesso à Academia Contemporânea do Espectáculo.
PARABÉNS, MEUS LINDOS!!!

COISAS EM QUE EU PENSO QUANDO ANDO NA RUA E NÃO TENHO NADA EM QUE PENSAR (OU TENHO MAS NÃO ME APETECE)

Uma coisa boa nisto do seleccionador nacional de futebol ter desatado ao bofetão a um jogador da Sérvia - que eu também teria feito, porque não confio nada em sérvios -, foi termos descoberto que pelo menos o homem é de esquerda...

Quero ter um cão só com uma orelha para lhe poder chamar Van Dogh...

quinta-feira, setembro 13, 2007

A polícia judiciária agora quer investigar o diário da mãe da pequena Maddie.
O que é que eles esperam encnotrar? Algo do género "querido diário, hoje matei a minha filha com uma pancada certeira na base da nuca"?

quarta-feira, setembro 12, 2007

BONITO, BONITO?





Foi ver os jogadores da selecção de Portugal de rugby - composta por homens que têm obrigatoriamente mais de quatro metros cúbicos, e que pesam mais do que um carrinho de compras cheio - a chorar copiosamente enquanto berravam A Portuguesa a plenos pulmões, uma imagem que fica já para a história deste mundial.

Bonito foi ver o capitão da equipa, Vasco Uva, ser considerado como o melhor jogador em campo, como foi bonito também, a equipa ter perdido por apenas quarenta pontos de diferença com uma das selecções candidatas ao troféu.



Como foi bonito também, o jogo que a selecção nacional fez contra Israel, no europeu de basquetebol em Espanha, jogando como se fosse uma das equipas favoritas, e não uma das mais fracas.



Menos bonito, foi, como já se sabe bem, o jogo que o Portugal de futebol fez - em Portugal - contra a Polónia...



E o que é que continua a ser falado, apoiado e seguido cegamente pela larga maioria do povo?

Os pontapés que o Ronaldo dá numa bola fabricada, etc, etc, etc...


GLOBALI QUÊ?

Acabadinho de passar pela montra de uma loja chamada ALTROMERCATO, que supostamente defende o conceito do comércio justo - o mesmo é dizer, um comércio onde o produtor recebe remuneração justa pelo seu trabalho, eliminando os intermediários ao mínimo necessário.
E sim senhora, existem muitos e belos trapinhos e loucinhas nesta loja de comércio justo, conforme pude testemunhar já por mais do que uma vez.
Mas o problema é este: todos nós somos clientes da globalização! Todos preferimos as peças de design arrojado do monstro da decoração chamado IKEA, já para não falar que preferimos pagar dez vezes menos por uma malga para a sopa, um lençol para o puto, ou uma tampa colorida para a retrete da casa de banho de serviço. Todos compramos roupa, calçado e utensílios vários, fabricados nos países mais pobres do mundo onde as pessoas trabalham por um euro por dia - quando muito...
Todos compramos bilhetes para o Sporting - Manchester, só para vermos o Ronaldo pontapear uma bola de couro fabricada no Paquistão; todos pagamos cinco eurosa para ir ver a mais recente aventura do Indiana Jones ao cinema, acompanhados por mais dez euros de pipocas e Coca-Cola - que nem de propósito são duas fortes imagens de marca do país que melhor usufrui da globalização.
Ou seja, somos céleres a criticar a globalização e todo o rasto de poeira que ela vai deixando para trás, mas somos também os que mais rapidamente se deixam apanhar pelo vício da globalização e por todas as doenças que ela comporta.
Pessoalmente, gosto muito de ir à ALTROMERCATO, só não tive foi ainda oportunidade para ir ao novíssimo IKEA que abríu a dez minutos daqui...
E agora vou ver o Ronaldo a marcar golos com uma bola fabricada por um puto de onze anos chamado Abdulah.

terça-feira, setembro 11, 2007

KARMABOX WITH A VIEW - JAZZMATAZZ - "LIFESAVER"

Sem absolutamente nada para dizer, dou a palavra a quem tem sempre uma opinião.
O Senhor Guru e os seus Jazzmatazz.



Mmm, is this really the end, or is it a new beginning?A new reality..
So many misconceptions
So many evil deceptions
I've come to give direction
For I, am the lifesaver

Scooby doo wah, scooby doo wee
Like a jazz player, I improvise wisely
Free with the style, I flow like the Nile
but remember, don't mistake the smile

Deep rooted is my rhymin
Like ancient African griots, precise is my timing
But let me get to the essence of what I'm sayin here
Too many blood red streets with bodies layin there
The systematic fanatics are at it again
Tryin to kill me and all of us my friend
But don't bend to the mental strain
Against all odds, we must strive for essential gains
Be true to the life the Lord gave ya
And that's a message from the lifesaver

It takes a more intelligent man to squash a fight
than to set one off, knowledge I'll let some off
Cause nowadays, everybody's a killer
And as for me, no other MC is iller
but still a thorn scrapes my heart
when I see another life that's been torn apart
over nonsense, no law, no order, it's evidence
that the money only takes precedence
Cause everybody wants power
While the innocent are born or die, during every hour
I scowl as I look upon evil
but I must have the strength, to spark awareness in my people
And we will learn to respect our neighbors
Another message from the

People talk about the Armaggedeon
And nowadays everyone you know is packin lead son
Each day's another test
I better do my best, cause a lot's ridin on my chest
So when I lead you to the water, you best knowhow to swim across, so you can reach the border
It's international, the message and the flavor
So here's some more important words from the lifesaverThe lifesaver.. (I am the life)The lifesaver

garçon faché grandissant dans la violence et la peace, le mot "peace"c'est pour ceux qui perissent
chaque jour dans alentours dans le monde et ses tours
dans present, dans retourn en arriere dans le fourset les cons les fait des rondes
des ville grandes
la terre chauffe les somets des montagnes fond
rependant ça passe black ça casse
telle est mon uniform dans une vie a contre race
sans me regarde on me mit en garde-a-vue
certains cafardent, d'autres bavardent et tue
des dedicases à tout quartier toute cité ont pas de chance ou pour seux
qui sont tombé mais pas pour la france
pays trop bidon vivement armageddon
j'ai raison previent jéhovah pour mon pardon
car si un flic me juge je le droite dans son oeil et le fond de soncerveau
je gratte

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segunda-feira, setembro 10, 2007

DEJA VU

E lá fui ver o Deja Vu de Tony Scott.
Fui imbuído de algum espirito optimista, as críticas dos especialistas tinham sido bem boas, aquando da sua passagem pelos cinemas cá do burgo, e eu, que nunca fui grande fã do mano mais novo dos Scott, acreditei.
E confesso que não fui totalmente surpreendido. Ou melhor, de início até fui. E pela melhor das razões. O filme começa a todo o gás, mostrando-nos uma tragédia de proporções gigantescas, um atentado terrorista a fazer lembrar os piores fantasmas do patriotismo exagerado dos americanos, desde que o 11 de Setembro nunca mais foi SÓ um 11 de Setembro. Bem filmado, bem gerida a tensão dos momentos iniciais, e bem doseada a entrega de alguns pequenos apontamentos, criados para nos confundir; estrategicamente colocados para nos pôr a pensar "espera lá, aquilo era... será que era mesmo?", e exercendo exactamente o mesmo efeito na personagem principal - um Denzel Washington finalmente liberto dos tiques de durão que têm marcado a sua carreira mais recente.
E até meia hora do fim o filme consegue manter intacto o suspense e o efeito surpresa que se adivinha, mas que nunca se sabe ao certo qual é. E depois tudo vem por água abaixo, quando descobrimos que o filme afinal é mesmo sobre tudo o que nós não queríamos que fosse: viagens no tempo. Ok, podia perfeitamente ser mais um filme sobre viagens no tempo, a teoria da relatividade, worm holes e o diabo a quatro; podia também era ser um filme sobre isso tudo, mas ORIGINAL!!! E não. O realizador não evita nenhum dos clássicos paradoxos que deitam por terra todo e qualquer argumento, e deixa escorregar os últimos trinta minutos de filme para aquele lamaçal de chatos e rotineiros filmes de acção, demasiado estilizados e plenos de clichés.
Chatice, esta gente que não sabe fazer mais do que sempre do mesmo!
E ainda por cima quando há ali tanta coisa boa! Um bom argumento inicial, um bom elenco, boa música e, acima de tudo, uma actriz que enche o ecrã com a sua beleza e doçura; que apaixona instantaneamente a personagem de Denzel e o povinho masculino que vê o filme, e que introduz uma estranha tristeza que, de repente, é o veículo para fazer avançar a história.

Uma jovem e lindíssima actriz chamada Paula Patton e que ainda por cima, é mal aproveitada. Assim não há pachorra!




KARMABOX WITH A VIEW - FAIRGROUND ATTRACTION - "A SMILE IN A WHISPER"

Confesso que fiquei desiludido quando me apercebi de que não iria encontrar um vídeo digno desta música dos Fairground Attraction. A imagem é terrível, o som paupérrimo...
Seja como for, é uma das músicas mais bonitas de uma banda que, em apenas dois álbuns, foi responsável por uma viragem radical no estilo de pop practicada na década de oitenta, e também por algumas das músicas mais bonitas e «cantaroláveis» de então.
Esta é fresquinha e tão, tão bonita...





Sky of ink and diamond stars
empty streets of just occasional cars
here we lie in a lullaby of the stillness in our room.

Words are unable to speak of love
like a smile in a whisper does
words are unable to speak of love
like a smile in a whisper does.

All of the letters and all of the words
in all of the books all over the world
they're nothing but sounds and vowels and nouns
for talking to stranger
that's all they're worth.

Words are unable to speak of love
like a smile in a whisper does
words are unable to speak of love
like a smile in a whisper does.

Orchestra of tiny harps
it's like pepper sprinkled on our hearts
we're threading a needle with boxing gloves
when we try and talk about love.

Words are unable to speak of love
like a smile in a whisper does
words are unable to speak of love
like a smile in a whisper does.

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ORA BEM...




Pela primeira vez na minha vida, desde que usei uma t-shirt com o Michael Jordan lá estampado - bem gira, por sinal -, voltei a usar uma peça de roupa com um ìcone. Aliás, três. Neste caso, Lenin, Marx e Trotsky, as figuras principais da revolução de Outubro de 1917. Foi-me oferecida na ressaca da 31ª festa do Avante, e é uma t-shirt - não há outra peça de vestuário que sirva tão bem de bilboard como uma t-shirt - muito bonita.

Confesso a minha quase total ignorância acerca do assunto "Revolução de Outubro de 1917", e admito, portanto, só usar a dita t-shirt por a achar extremamente bonita. Não sei bem o que os senhores fizeram, ou como contribuiram para o sucesso da revolução. Conheço-os desde pequenino - sempre fui atento às grandes figuras da história mundial -, mas sei tão pouco da vida deles que quase me sinto culpado por andar com eles ao peito pelas ruas do Porto.

Sempre apreciei e admirei as pessoas que são sinceras no que às suas convicções e ideais diz respeito. Chateia-me por outro lado as que usam e abusam de símbolos e ícones sem saberem bem o que estão realmente a usar.

E o que me preocupa nisto tudo, é que muitas vezes, os que defendem aquilo em que acreditam, são apelidade de irrefutáveis, teimosos e inflexíveis. Como se fosse um pecado capital ser-se crente; como se toda a gente no mundo que tem uma opinião acerca de algum assunto, não fosse também «irrefutável, teimoso e inflexível», quando tem de defender aquilo em que acredita.

E chateia-me imaginar que grande parte das pessoas que usam t-shirts com a imagem do Che, do Elvis ou de Cristo; os lenços da Palestina, os colares do Nepal, ou as últimas sapatilhas do Michael Jordan, não façam a mínima idéia, e nem se preocupem em saber, quem são aquelas pessoas e que importância tiveram para a história do mundo.

E pela primeira vez na minha vida, acabo de cometer o mesmo erro.

E como gosto muito da t-shirt, vou desde já procurar toda a informação acerca de Lenin, Marx e Trotsky, para a poder usar ainda mais orgulhosamente.

domingo, setembro 09, 2007

SAFA!!!

Entretanto, os jornais dos três principais canais da televisão nacional abriram as suas emissões da hora do almoço com o regresso do casal McCann a Inglaterra. E gastaram mais de meia hora numa notícia que - se é que é notícia - não merecia mais do que cinco minutos. Só que cinco minutos não são suficientes para informar o público das horas a que o casal saíu da sua casa no Algarve, ou para informar a estrada que percorreu, ou o tempo que a levaram a percorrer, até chegarem ao aeroporto de Faro; não servem também para ficarmos a saber o número do avião em que viajaram, ou de quantos jornalistas conseguiram, à última da hora, bilhetes para esse mesmo avião, de modo a fazerem a viagem juntinho ao casal mais mediático da história do jornalismo desde que Diana e Dodi se enfiaram contra um pilar de um túnel em Paris.
Só que... ou muito me engano ou isto não é jornalismo. Isto é telenovela mexicana da pior espécie. E ainda agora começou...

PATHFINDER




Fim de semana de home video significa a oportunidade de ver coisas a que não demos importância no cinema. Aluguei uns filmezitos que correspondiam ao perfil e tranquei-me em casa.

Comecei por este Pathfinder, do qual só tinha sentido uma ínfima curiosidade devido ao poster, e devo admitir que fiz mal em não o ter ido ver a uma sala em condições, com ecrã gigantesco e sistema sonoro à altura. Porque, e apesar de não ser um grande filme, tem tudo para se tornar num objecto de culto.

A história é muito simples, mas original. Já há muitos anos não se fazia um filme de vikings assim, muito menos abordando um assunto que, para alguns sectores da sociedade, ainda se apresenta como um absoluto segredo: o de que os vikings foram o primeiro povo europeu a pisar solo norte-americano.

E o prelúdio da história mostra-nos precisamente o primeiro e violento contacto que os nórdicos tiveram com os «selvagens» habitantes daquele longínquo continente. Mostra-nos a destruição e a brutalidade perpetuada pelos temíveis invasores e mostra-nos também o início do que viria a ser a revolta indígena. Revolta essa, levada a cabo pelo próprio filho de um chefe viking, expulso do bando por não concordar com os actos do seu povo, e acolhido, como filho, por uma mulher da tribo.

O filme é feito à laia de anúncio publicitário ou vídeo musical - o que é lógico, já que o seu director, Marcus Nispel, construíu uma carreira de respeito a realizar vídeos e documentários musicais para grandes estrelas da pop -; uma banda desenhada em movimento, usando e abusando da câmara lenta, mas acaba por ser essa mesma estética um dos seus pontos mais altos. Poucos diálogos, de modo a ser a força da imagem a contar a história - e a inteligente escolha, diga-se, de ouviros os vikings falar na sua língua materna -, excelente e arrepiante banda sonora, e um design de produção irrepreensível e brilhante, merecedor, sem dúvida, do reconhecimento do público e da indústria. Infelizmente, filmes destes - que ainda por cima não têm no seu cast nomes sonantes - acabam por fazer uma curta carreira nas salas de cinema, e perdem a visibilidade de que as produções maiores (e mais endinheiradas) gozam.

Mesmo assim, Pathfinder - já agora, um remake de um filme norueguês da década de oitenta - é um excelente filme de acção, e merece ser visto com toda a atenção.
Agora vou para casa ver o segundo filme que aluguei, Deja Vu, de Tony Scott e com Denzel Washington. Amanhã conto-vos como foi.

sexta-feira, setembro 07, 2007

KARMABOX WITH A VIEW - NICK CAVE AND KYLIE MINOGUE - "WHERE THE WILD ROSES GROW"



They call me The Wild Rose
But my name was Elisa Day
Why they call me it I do not know
For my name was Elisa Day

From the first day I saw her I knew she was the one
As she stared in my eyes and smiled
For her lips were the colour of the roses
They grew down the river, all bloody and wild

When he knocked on my door and entered the room
My trembling subsided in his sure embrace
He would be my first man, and with a careful hand
He wiped the tears that ran down my face

On the second day I brought her a flower
She was more beautiful than any woman I'd seen
I said, 'Do you know where the wild roses grow
So sweet and scarlet and free?'

On the second day he came with a single rose
Said: 'Will you give me your loss and your sorrow?'
I nodded my head, as I layed on the bed
He said, 'If I show you the roses will you follow?'

On the third day he took me to the river
He showed me the roses and we kissed
And the last thing I heard was a muttered word
As he stood smiling above me with a rock in his fist

On the last day I took her where the wild roses grow
And she lay on the bank, the wind light as a thief
As I kissed her goodbye, I said, 'All beauty must die'
And lent down and planted a rose between her teeth

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quinta-feira, setembro 06, 2007



Este post é um verdadeiro chavão, mas não podia ser de outra maneira.
Luciano Pavarotti foi o maior tenor de sempre - primeiro chavão.
Foi o tenor do povo, e porque fez o que nenhum outro cantor ou músico líricos fizeram pelo género: aproximou-o de todos os públicos, popularizou-o, tornou-o pop e acessível; criou em pessoas que nunca tinham dado um segundo da sua atenção, a curiosidade de descobrir autores como Puccini, Verdi, Rossini e tantos outros. Deitou por terra toda a «arrogância» da música dita clássica e ao mesmo tempo que - não sem algum interesse pessoal - contribuia para chamar a atenção para alguns problemas e injustiças sociais.
Ainda há quem reclame pela qualidade de outros cantores como Plácido Domingo e José Carreras - e nem me atrevo sequer a juntar a estes, Andrea Bocelli... -, mas a esses eu peço que ouçam com atenção as apresentações dos Três Tenores e que se esforcem por não perceber a enorme diferença que existia entre eles. Em Pavarotti tudo parecia simplicidade. Tudo era feito sem o mínimo sinal de esforço. A sua entrega aos temas que interpretava era tocante, e o corpulento tenor emprestava a cada nota que cantava uma dramatização impossivel de passar despercebida.
Foi o maior de todos os tempos. Foi o único verdadeiramente popular e o único verdadeiramente reconhecido em todo o mundo e por todo o mundo.
Este post é um tremendo chavão porque já quase toda a gente disse o mesmo.
Mas é uma verdade inquestionável.
A sua interpretação de Nessun Dorma, do último acto de Turandot de Puccini, foi considerada como a melhor de sempre desta área, e foi também a última que Pavarotti cantou em público.
Luciano Pavarotti disse um dia "viver dentro da música é uma experiência deliciosa, e eu dediquei a minha vida à música".
E ainda bem.




quarta-feira, setembro 05, 2007

VAIS FICAR BOM, MEU MENINO!

O Doutor Miguel está doente, mas em vias de se pôr bom.
Força, rapaz, depois de teres sido sodomizado por um termómetro sem sentimentos, não é uma diarreiazita de merda que te vai deitar abaixo.
E continuas sexy...





THE MAN WITH THE SEVEN SECOND MEMORY



Ou A História de Clive e Deborah.
Porque, embora a história de Clive seja arrepiantemente interessante, o verdadeiro fascínio nasce da relação que ele e a mulher desenvolveram e mantêm ainda hoje, mesmo depois do sucedido.
E resumidamente o que se passa é que Clive sofre de uma poderosa e irreversível amnesia, considerada pela comunidade científica, como a mais forte alguma vez registada. Um vírus, alojado na coluna vertebral, destruíu a zona do cérebro que controla a memória, e atirou com Clive para um mundo em que o antigo maestro passa o dia como se tivesse acabado de acordar. As únicas coisas que a memória de Clive não apagou: tocar piano e o amor pela mulher. O inglês não reconhece uma única nota de música, nem tão pouco sabe o que isso possa ser, mas sentado a um piano transforma-se imediatamente no antigo Clive, e maravilha-nos ao mesmo tempo que nos confunde.
Sabe perfeitamente que Deborah é a sua mulher, e sempre que a vê a sua reacção é apaixonada, como se já não a visse há muito tempo.
A história tem tanto de terrivel como de tocante, e serve para provar que tanto a velha máxima the mind is a terrible thing to waste, como o trocadilho - utilizado pelos Ministry para dar nome a um dos seus álbuns - the mind is a terrible thing to taste, estão completamente acertadas.
Cheguei a Clive Wearing através dos livros do neurologista Oliver Sacks, de quem já tinha lido O Homem Que Confundiu a Mulher Com Um Chapéu. Sacks dedicou a sua vida ao estudo de casos extremos de problemas neurológicos semelhantes a este, e relatou-os numa série de livros que só podem ser fascinantes. É que o médico coloca toda a técnica fria, mecânica e científica, e centra-se na parte mais humana dessas pessoas que muitas das vezes vivem presas dentro de um corpo e de uma mente em permanente desacordo.
O seu livro mais famoso acabou por ser Despertares, que resultou num filme com o mesmo título, realizado por Penny Marshall, e interpretado por Robin Williams, no papel de Malcolm Sayer (Sacks), e por Robert De Niro, no de Leonard Lowe.
Tudo isto, provocado pela minha incessante busca por mais livros seus - alguns traduzidos em português -, sempre sem sucesso.



Podem saber toda a história de Clive aqui em baixo (esqueci-me do código Html...)

http://observer.guardian.co.uk/magazine/story/0,11913,1394684,00.html


E aqui, também.



ESTA BESTA É UM SENHOR!!!

Este senhor é uma besta! O Alberto João Jardim das américas. Um disfarce de democrata, usado por um ditador megalómano e deve tomar muitos Xanax para impedir que tudo isso se note. A última que sacou da cartola, é esta proposta de alteração da lei que regula os mandatos presidenciais. O biltre quer aumentar o tempo de mandato presidencial de quatro para cinco anos, e que esses mandatos possam ser consecutivos ad eternum. Ou seja, está a seguir o exemplo do seu amigo Fidel, o que só pode significar uma coisa: está-se-lhe a acabar o stock de calmantes e o tipo acha que já chegou a altura de fazer o desmame. Vai daí, chegou também a altura de ceder finalmente aos ensinamentos do congénere cubano e partir para o totalitarismo demente.

Podia ser pior. Podia ter cedido aos ensinamentos do cambojano Pol Pot, e em poucos meses matar dois milhões de venezuelanos - o que representa aproximadamente metade da população de Caracas.


A única coisa boa do rapaz é fazer stand up à custa de George Bush. O ponto alto da sua carreira foi afirmar em plena assembleia das Nações Unidas, estar a discursar no mesmo sítio onde no dia anterior tinha estado o diabo. Segundo Chávez, ainda se conseguia sentir o cheiro a enxofre...


Fora isso, dizer que Hugo Chávez é um homem às direitas é o mesmo que dizer que um urso polar é um animal bem fofinho.

terça-feira, setembro 04, 2007

RED JANEQUINHA (AINDA BEM QUE NÃO ÉS GRANDE...)



Post especialíssimo!

Não só é o post 1200 como serve também para fazer a devida homenagem à querida Maria João, que completa hoje 25 singelos aninhos, e é um KARMABOX WITH A VIEW - MARY JOHN'S BIRTHDAY SPECIAL - ORISHAS - "REPRESENT".

Tão lindinha...


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MAIS FÉRIAS!










Esta foto resume na perfeição as férias na Zambujeira. Podia gastar as pontas dos dedos em adjectivos, mas parece-me desnecessário.

Vale a velha máxima, "uma imagem..."





domingo, setembro 02, 2007



Amanhã representa o regresso ao trabalho e o fim de duas semanas de descanso que chegaram a ser de sonho. E de repente havia muito a dizer. E fica muito por dizer. Fica cá dentro, onde eu já devia ter aprendido a guardar melhor tanta informação, tanto sentimento. Alguns chamar-me-iam de «desbocado»; acusar-me-iam de não ter cuidado com a minha privacidade - já aqui falei disso; eu, prefiro acreditar que (ainda) não é um defeito, mas sim somente um descuido.
Corrijo-o?

PILOBOLUS



Não vai há muito tempo, e a propósito da sua participação na última entrega dos Oscars, falei aqui deste grupo de bailarinos. Nem de propósito, fiquei hoje mesmo a saber da sua vinda a Portugal.
O Pilobolus Dance Theatre vai estar por cá, em Outubro, nos dias 19, 23, 25 e 26, respectivamente em Braga, Lisboa, Santa Maria Da Feira e Figueira da Foz.
Imperdível!







KARMABOX WITH A VIEW - ED HARCOURT - APPLE OF MY EYE

Maravilhoso...





When you're on your own
You walk in the rain
You walk around the
house
Then walk around it again
You pretend you're happy
That you've got it all
But don't be upset
If you fall on your knees
And beg like a dog

I've reached a low, don't you know
You're the apple of my eye
I'm running low, with this show
No matter how I try
I'm sick of this angst, don't need thanks
You're the apple of my eye

I drink a lot of wine
When I am alone
I lose my track of time
My ideas turn to stone
I pretend I'm sad
That I'm still so small
But I'm not upset If I fall on my knees
And beg like a dog

I've reached a low, don't you know
You're the apple of my eye
I'm running low, with this show
No matter how I try
I'm sick of this angst, don't need thanks
You're the apple of my eye

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