kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

terça-feira, setembro 25, 2007

E AGORA, PARA ALGO QUE É MAIS DO MESMO!

(Atenção, o texto que se segue está pejado de preconceito, descrença e juízos de valor que podem estar redondamente errados)



Estreou há uns dias, lá pelas bandas da capital, a versão bem portuguesa de Os Melhores Sketches dos Monty Python, um espectáculo que, se não estou enganado, começou por ser exibido na Broadway.

Pois bem, apesar dos textos originais terem sido adaptados pelo Nuno Markl - cujo trabalho eu admiro e respeito - a verdade é que a coisa soa mais ou menos áquilo que escrevi no título deste post: mais do mesmo.

E explico:

Entre os cinco rapazes que se meteram a representar os sketches originais dos Monty Python, só um deles é (na minha humilde opinião) um verdadeiro actor, Miguel Guilherme. José Pedro Gomes é um razoável actor de comédia, embora bastante limitado, António Feio é mau actor e pronto, Bruno Nogueira é o que melhor pode interpretar o real espirito Pythoniano, e Jorge Mourato não é nem bom actor, nem bom comediante. Para além disso, é literalmente mais do mesmo porque se resume a juntar os três do costume - Guilherme, Feio e Gomes - com dois jovens moços que, mesmo influenciados pelos Python, não têm o que é preciso para lhes prestar o devido tributo - embora, volto a dizer, Bruno Nogueira seja aquele que mais se aproxima em estilo e energia.

Mesmo assim, custa-me a crer que a coisa funcione, mesmo que os intervenientes jurem a pés juntos que não quiseram sequer imitar o original, mas sim recriá-lo. Não acredito, ponto.

Alguém acredita que os cinco conseguem fazer rir os verdadeiros fãs dos Monty Python como só eles eram capazes?

Há uns anos, ainda a Região Estrangeira se aguentava da saúde, lancei a idéia de reproduzirmos no palco do LAF, o clássico sketch do "Dirty Fork". A coisa perdeu-se por entre a confusão de outras idéias e nunca se chegou sequer a tentar. Teria sido giro de fazer, teria funcionado até certo ponto, mas todos teriam percebido que, no caso dos Monty Python, só mesmo os Monty Python é que se conseguiam reinventar com dignidade, originalidade e humor fresquinho.





Senhoras e senhores, the real thing: The Dirty Fork Sketch, e em duas versões, que é para aprenderem...
(E digam-me: acham mesmo que algum destes senhores conseguia fazer o papel de John Cleese, com olhos raiados de sangue e veias a saltarem do pescoço incluídos?)