PATHFINDER
Fim de semana de home video significa a oportunidade de ver coisas a que não demos importância no cinema. Aluguei uns filmezitos que correspondiam ao perfil e tranquei-me em casa.
Comecei por este Pathfinder, do qual só tinha sentido uma ínfima curiosidade devido ao poster, e devo admitir que fiz mal em não o ter ido ver a uma sala em condições, com ecrã gigantesco e sistema sonoro à altura. Porque, e apesar de não ser um grande filme, tem tudo para se tornar num objecto de culto.
A história é muito simples, mas original. Já há muitos anos não se fazia um filme de vikings assim, muito menos abordando um assunto que, para alguns sectores da sociedade, ainda se apresenta como um absoluto segredo: o de que os vikings foram o primeiro povo europeu a pisar solo norte-americano.
E o prelúdio da história mostra-nos precisamente o primeiro e violento contacto que os nórdicos tiveram com os «selvagens» habitantes daquele longínquo continente. Mostra-nos a destruição e a brutalidade perpetuada pelos temíveis invasores e mostra-nos também o início do que viria a ser a revolta indígena. Revolta essa, levada a cabo pelo próprio filho de um chefe viking, expulso do bando por não concordar com os actos do seu povo, e acolhido, como filho, por uma mulher da tribo.
O filme é feito à laia de anúncio publicitário ou vídeo musical - o que é lógico, já que o seu director, Marcus Nispel, construíu uma carreira de respeito a realizar vídeos e documentários musicais para grandes estrelas da pop -; uma banda desenhada em movimento, usando e abusando da câmara lenta, mas acaba por ser essa mesma estética um dos seus pontos mais altos. Poucos diálogos, de modo a ser a força da imagem a contar a história - e a inteligente escolha, diga-se, de ouviros os vikings falar na sua língua materna -, excelente e arrepiante banda sonora, e um design de produção irrepreensível e brilhante, merecedor, sem dúvida, do reconhecimento do público e da indústria. Infelizmente, filmes destes - que ainda por cima não têm no seu cast nomes sonantes - acabam por fazer uma curta carreira nas salas de cinema, e perdem a visibilidade de que as produções maiores (e mais endinheiradas) gozam.
Mesmo assim, Pathfinder - já agora, um remake de um filme norueguês da década de oitenta - é um excelente filme de acção, e merece ser visto com toda a atenção.
Agora vou para casa ver o segundo filme que aluguei, Deja Vu, de Tony Scott e com Denzel Washington. Amanhã conto-vos como foi.
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