GLOBALI QUÊ?
Acabadinho de passar pela montra de uma loja chamada ALTROMERCATO, que supostamente defende o conceito do comércio justo - o mesmo é dizer, um comércio onde o produtor recebe remuneração justa pelo seu trabalho, eliminando os intermediários ao mínimo necessário.
E sim senhora, existem muitos e belos trapinhos e loucinhas nesta loja de comércio justo, conforme pude testemunhar já por mais do que uma vez.
Mas o problema é este: todos nós somos clientes da globalização! Todos preferimos as peças de design arrojado do monstro da decoração chamado IKEA, já para não falar que preferimos pagar dez vezes menos por uma malga para a sopa, um lençol para o puto, ou uma tampa colorida para a retrete da casa de banho de serviço. Todos compramos roupa, calçado e utensílios vários, fabricados nos países mais pobres do mundo onde as pessoas trabalham por um euro por dia - quando muito...
Todos compramos bilhetes para o Sporting - Manchester, só para vermos o Ronaldo pontapear uma bola de couro fabricada no Paquistão; todos pagamos cinco eurosa para ir ver a mais recente aventura do Indiana Jones ao cinema, acompanhados por mais dez euros de pipocas e Coca-Cola - que nem de propósito são duas fortes imagens de marca do país que melhor usufrui da globalização.
Ou seja, somos céleres a criticar a globalização e todo o rasto de poeira que ela vai deixando para trás, mas somos também os que mais rapidamente se deixam apanhar pelo vício da globalização e por todas as doenças que ela comporta.
Pessoalmente, gosto muito de ir à ALTROMERCATO, só não tive foi ainda oportunidade para ir ao novíssimo IKEA que abríu a dez minutos daqui...
E agora vou ver o Ronaldo a marcar golos com uma bola fabricada por um puto de onze anos chamado Abdulah.
E sim senhora, existem muitos e belos trapinhos e loucinhas nesta loja de comércio justo, conforme pude testemunhar já por mais do que uma vez.
Mas o problema é este: todos nós somos clientes da globalização! Todos preferimos as peças de design arrojado do monstro da decoração chamado IKEA, já para não falar que preferimos pagar dez vezes menos por uma malga para a sopa, um lençol para o puto, ou uma tampa colorida para a retrete da casa de banho de serviço. Todos compramos roupa, calçado e utensílios vários, fabricados nos países mais pobres do mundo onde as pessoas trabalham por um euro por dia - quando muito...
Todos compramos bilhetes para o Sporting - Manchester, só para vermos o Ronaldo pontapear uma bola de couro fabricada no Paquistão; todos pagamos cinco eurosa para ir ver a mais recente aventura do Indiana Jones ao cinema, acompanhados por mais dez euros de pipocas e Coca-Cola - que nem de propósito são duas fortes imagens de marca do país que melhor usufrui da globalização.
Ou seja, somos céleres a criticar a globalização e todo o rasto de poeira que ela vai deixando para trás, mas somos também os que mais rapidamente se deixam apanhar pelo vício da globalização e por todas as doenças que ela comporta.
Pessoalmente, gosto muito de ir à ALTROMERCATO, só não tive foi ainda oportunidade para ir ao novíssimo IKEA que abríu a dez minutos daqui...
E agora vou ver o Ronaldo a marcar golos com uma bola fabricada por um puto de onze anos chamado Abdulah.
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