O HOMEM É RÁPIDO
Começo desde já por admitir que fiquei contente com a atribuição do Nobel da paz ao presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama. No entanto, e antes de tentar perceber porque lhe foi dada tamanha honra, convém perceber algumas das várias leituras que o acontecimento pode ter.
1º O Nobel pode ser um incentivo da comunidade internacional, esperançada em Obama e na sua inquestionável capacidade de liderar e motivar;
2º Pode também ser um aviso da mesma comunidade, a prova máxima de que está atenta ao que Obama prometeu em campanha eleitoral;
3º Não fugindo à eterna teoria da conspiração, pode muito bem ser uma tentativa desesperada de limpar a imagem dos EUA junto do resto do mundo;
4ª Nesse sentido, e no limite, pode ser um murro bem encaixado nas beiças de George Bush filho e dos seus chacais.
Seja lá o que for é bom. Seja qual for a razão, é um sinal fortíssimo de que a comunidade internacional confia em Obama e tem esperança de que o homem consiga reunir ao seu redor as desigualdades dos outros; que consiga, de uma vez por todas, transformar inimigos irracionais em conversadores civilizados e esclarecidos. Não é fácil, mas pela primeira vez em muitas décadas parece minimamente possível.
Obama já não precisava de mais nada para ser parte integrante da história da política mundial. Ser o primeiro negro presidente de um país ocidental era mais do que suficiente. Ainda assim, o homem continua apostado em bater todos os recordes de popularidade, algo raro em qualquer político. Obama é como aqueles futebolistas que na primeira época num clube grande conseguem conquistar todos os troféus, colectivos e individuais.
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