kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

sexta-feira, junho 27, 2008

BLAH, BLAH, BLAH...

- O S. João definitivamente já não é o que era. Longe vão os tempos das festas entre amigos, dos balões incendiários lançados do jardim, do fogo de artifício de trazer por casa lançado em frente e não para cima, dos cães que fugiam com medo e só apareciam no dia seguinte, e das sessões de nostalgias musicais. Agora a coisa faz-se apenas de improviso e a promessa de nem sequer sair de casa é violada mesmo à última da hora e ainda assim sem muita vontade. Este ano foi ainda mais assim, e deitei pés às ruas do Porto já perto das duas da matina. Muitas ambulâncias (demasiadas), pequenos concertos em cada esquina, um certo ar chique em algumas portas de prédios que apresentavam as suas proprias festinhas (nada) privadas e o encontro com amigos na tão tradicionalista Massarelos. Foi divertido, sem dúvida, e depois do jantar monstruosamente recheado, o encontro serviu para dar um pouco o cheirinho do S. João de antigamente. Mesmo assim, a paciência começa a rarear. Para o ano, certo que estou de que nada vai mudar e que a festa não poderá ser diferente da que foi este ano, juro que fico em casa.

- Esta semana tive a oportunidade de ver dois dos filmes que concorriam para o Oscar de melhor filme do ano. E ainda bem que assim foi. "Juno" é absolutamente delicioso. Vestindo a pele de alien de serviço - coisa que vem sendo cada vez mais habitual nestas coisas dos oscarizáveis -, o filme sobre uma adolescente grávida e de como as coisas ao seu redor se vão desenvolvendo é absolutamente genial, carregadinho de diálogos delirantes, hilariantes e intelegentíssimos. Os actores são de uma nobreza inacreditável, ao mesmo tempo que mantêm uma naturalidade anormal nestas coisas de.. se ser actor! Tudo é bom em "Juno", tudo mesmo, e nem tenho bem a certeza se não terei gostado ainda mais deste do que de "Little Miss Sunshine", o «caído do céu» da edição anterior dos Oscars.
Por outro lado, ou melhor, por outros motivos, também "Michael Clayton" é absolutamente delicioso. Porque é filmado de uma forma belíssima. Porque o argumento é apresentado de forma a prender o espectador do início ao fim mesmo sem surpreender grandemente, mesmo mostrando sempre tudo, sem grandes segredos, sem grandes mistérios. Porque tem uma dupla de actores (George Clooney e Tom Wilkinson) em absoluto estado de graça e porque também tem diálogos fascinantes e brilhantemente escritos.
Voltarei a dar destaque a estes dois filmes um dia destes. Merecem-no.

- Sempre fui criterioso em relação às causas em que de uma forma ou de outra me envolvi. Assinar petições sempre me pareceu importante mas dependendo do assunto em questão. Por exemplo, apesar da gravidade da situação, parece-me absolutamente inútil assinar petições que alertem para o problema do Zimbabué. Espero não estar enganado, mas a questão do governo de Mugabe e de todos os desrespeitos aos direitos humanos vividos pelos habitantes daquele país africano não me parece ter solução à vista. Se ninguém se passar definitivamente e resolver intervir com força bruta, o problema vai-se manter pelo menos por mais um mandato sem que nenhum de nós possa fazer seja o que for. Nem com todas as petições, manifestações e greves de fome do mundo. Gostava no entanto que algum dia o povo cá do burgo tivesse finalmente a coragem de decidir avançar com uma total greve de consumo. Consumo de tudo. Combustíveis, bens alimentares, roupa, bilhetes para o cinema, internet, o cafezinho depois do almoço, tabaco, jornais desportivos, enfim, tudo e mais alguma coisa e que servisse para mostrar a este governo merdoso que, embora não pareça, estamos bem descontentes com a forma como a vida vai andando. É que de repente o português perdeu bem mais do que o poder de compra; a instituição "vai-se andando" tão bem difundida pelo Zé Povinho, já não tem bem a mesma conotação que outrora. Hoje em dia, "andando" significa que a vida vai uma valente merda e que as coisas estão cada vez piores. Em tudo. E vemos nas notícias as greves de diversas classes profissionais, e as inúmeras reuniões do governos com um nunca acabar de sindicatos e percebemos que com o povo ninguém do governo reune. A nós ninguém pede a opinião. "Acham que podemos aumentar os transportes públicos em 6%?". "O que acham do leite ficar mais caro 10 cêntimos". "Vamos aumentar as fraldas para incontinentes em cerca de 10%, acham que isso vos vai fazer mijar menos nas clças?".

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AMANHÃ

Amanhã regresso a Rufus Wainright e desta vez com uma estreia absoluta na cadeira ao meu lado. Vai ser bonito...




O rapaz tem-me acompanhado nos últimos seis anos, e lembro-me perfeitamente do dia em que me foi apresentado pelos do Barraco e de todas as viagens que fiz - que fizemos - ao som das suas canções. Será o terceiro concerto de Rufus a que assisto. Nunca são de mais.


quinta-feira, junho 26, 2008

INDIANA MULDER E OS SALTEADORES DOS FICHEIROS SECRETOS


Há tantas coisas boas em Indiana Jones! Tantas e tão diversas que até chateia a forma perfeita como encaixam umas nas outras! Tantas coisas boas e nenhuma delas presente neste último (espera-se) capítulo da saga do aventureiro criado por George Lucas e Steven Spielberg.

E escrevo ali os nomes dos dois precisamente por serem dois dos mais sagrados monstros da história do cinema. Um porque deu ao mundo uma trilogia mítica recheada de personagens inesquecíveis e que cria mais fâs por segundo em todo o mundo que as pernas do Cristiano Ronaldo; outro, pela carreira ímpar, e pelos sucessivos sucessos que cria como se não fosse difícil.
Escrevo os nomes porque ambos foram capazes de criar também uma das maiores desilusões cinematográficas de que há memória. E sabem porquê? Por gulodice.

Foram anos a fio a recusarem terminantemente a realização do quarto episódio da série Indiana Jones e pelo melhor motivo do mundo, diga-se. Enquanto não houvesse um argumento interessante e espectacular o suficiente, não havia nada para ninguém. E é precisamente pelo argumento que a coisa começa desde logo a correr mal. É uma das regras básicas da sétima arte: um argumento bom para uma curta metragem não é obrigatoriamente bom para um filme de mais de duas horas. "Indiana Jones and the Kingdom of the Cristal Skull" é um filme fraco. Fraquinho, mesmo. As cenas de acção são fraquitas, os personagens muito fraquinhos, os efeitos especiais - dos quais Spielberg tanto se orgulhava e porque eram tão artesanais - são medíocres e tudo acaba por se conjugar numa infeliz e arrastada e monumental seca, daquela que nos provoca comichão e nos dá uma (quase) irresistível vontade de abandonar a sala. Especialmente quando nos damos conta de que o propalado regresso de Marion - a eterna namorada de Indy - não é mais do que uma fraca manobra de marketing, completamente sensaborona, desnecessária e muito aborrecida.

Sinceramente, tendo em conta o argumento e o desenvolvimento da história, não teria sido preferível fazerem um episódio especial de homenagem aos extintos "X-Files"? É que ali tudo cheira às aventuras de Scully e Mulder e com uma vantagem: o início de cada episódio da famosa série era sempre empolgante e deixava sempre o espectador agarrado ao que vinha a seguir.
Alguém se lembra das sequências iniciais dos três anteriores episódios de Indiana Jones? Eu lembro-me. Eram do caraças! Este? Já sabem, é fraquinho. E foi aí que eu comecei a pensar que se calhar aquilo ia resultar no que eu mais tinha temido durante todo este tempo em que estive ansiosamente à espera do filme: uma profunda e secante desilusão.

E sinceramente? Havia tanta coisa má de que me apetecia falar e que está tão presente neste último (espera-se) filme de Indiana Jones... mas é melhor não. Já me basta ter adiado esta espécie de crítica por quase um mês por não saber bem o que havia de escrever.

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segunda-feira, junho 23, 2008

FODA-SE

Foi a primeira coisa que disse quando vi a notícia, e foi a primeira coisa que George Carlin disse, com toda a certeza, quando soube que tinha morrido, logo seguida por "bem, realmente andei a pedi-las durante 50 anos...".

Ninguém foi tão bom, tão irreverente, tão provocador, tão inovador e tão influente a fazer rir em cima de um palco quanto Carlin. Era preciso surgir alguém como ele para pôr uma centena de americanos a rir deles proprios sem se aperceberem disso e outra centena a fazer o mesmo mas a reflectirem profundamente no que tinham acabado de ouvir.

Podia encher uma semana de posts aqui no blog só com citações de Carlin, todas elas muito mais do que simples provocações. Podia escrever um sem número de coisas acerca dele mas parece-me certo de que qualquer tentativa de lhe fazer uma homenagem é coisa para anos e anos de trabalho.

George Carlin foi o maior. Desafio qualquer um a dizer o contrário e a prová-lo.






"I love and treasure individuals as I meet them, I loathe and despise the groups they identify with and belong to."

quarta-feira, junho 18, 2008

THE HAPPENING


Primeiro, “The Happening” tinha tudo para ser o melhor filme de M. Night Shyamalan. Não o é porque parece ter sido realizado a meias com outro realizadorzeco qualquer - e mais para a frente explicarei porquê.

Segundo, Shyamalan tem toda a razão quando diz ser um cineasta incompreendido. Incompreendido pela crítica – que não tem vontade nenhuma de o tentar entender – e pelo público, que, assomado por uma das mais perigosas preguiças mentais da história, continua agarrado à memória de “O Sexto Sentido” e do seu vertiginoso e arrepiante twist final.
Essa amnésia ignorante impediu a maioria do público de perceber o enormíssimo filme que era “Unbreakable”. A obra-prima de Shyamalan – obviamente, na minha opinião – não era mais do que a história de um super herói em (quase) nada diferente de um Homem Aranha, de um Super-Homem ou de um qualquer outro personagem saído das páginas das BD americanas. A única diferença residia no facto deste não o querer ser e dos problemas que obviamente essa condição lhe causava. “The Unbreakable” é um filme comovente, filmado com uma calma e uma elegância fora do normal e com interpretações esmagadoras de Bruce Willis – ainda melhor do que em “o Sexto Sentido” -, de Samuel L. Jackson e de Robin Wright Penn. O público não percebeu nada disto, a crítica preferiu o caminho mais fácil e já costumeiro da comparação directa com o filme anterior, e “O Protegido” ficou para a história não como o melhor filme de M. Night Shyamalan, mas sim como o seu mero segundo filme.

Essa mesma amnésia fez também com que o público não compreendesse – ou se recusasse a aceitar – que “Signs” era apenas e tão só um filme sobre uma invasão extraterrestre. Só isso, mais nada. Sem raios laser, sem naves espaciais, explosões ou heróis maiores do que a vida. “Signs” era a história de uma família, contada praticamente na sua totalidade por essa família, e que nos mostrava o dia-a-dia de um planeta em vias de ser invadido por seres de outro planeta. Mais nada. O público voltou a sentir-se traído pela falta desse tal twist final que fez de Shyamalan o realizador mais ansiosamente aguardado da Hollywood dos últimos dez anos, e esqueceu-se de perceber que o fim do filme trazia, não esse golpe de misericórdia, mas sim uma surpresa totalmente inesperada. Uma pérola de um argumento genial que, mais uma vez, nos é apresentado com toda a calma do mundo, num ambiente de falsa tranquilidade e que apesar disso – ou por isso mesmo – nos mantém agarrados ao ecrã mesmo até ao finzinho.

O mesmo haveria de suceder com “The Village”. Provavelmente o filme que, no que à crítica diz respeito, mais se haveria de aproximar da primeira obra de Shyamalan, “A Vila” é uma revisitação do conto do Lobo Mau, enquadrado por um clima de paz podre, quase hipnótica, mas que nos transmite logo desde o início a certeza de que algo ali não bate mesmo nada certo. O segredo de Shyamalan só nos é revelado próximo do final e, aqui sim, através de um dos twists mais violentamente inesperados da história do cinema moderno. Uma daquelas revelações capazes de nos fazer perder o ar e que nos dá invariavelmente um nó no cérebro. Uma imagem apenas e que chega para nos pôr a pensar por alguns segundos se não é aquele um erro de filmagem; um deslize, daqueles que escapam às equipas de gaffers.
O filme daria ao mundo Bryce Dallas Howard, magnífica descoberta, maravilhosa actriz que bem merecia o Óscar da Academia, para além de um trabalho memorável de um elenco de luxo - Joaquin Phoenix, Sigourney Weaver e William Hurt. Acusaram-no de ser morno, desinteressante e nada assustador ou surpreendente. Acho que estavam tão preocupados em encontrar uma coisa absolutamente irreal que, novamente, se esqueceram de ver que a realidade muitas das vezes pode ser mais fantasmagórica e terrível do que qualquer fantasia.

“Lady In The Water” foi o filme que ameaçou pôr um prematuro fim na carreira de M. Night Shyamalan. Assim, sem mais nem menos. Foi a sua obra mais odiada, incompreendida e, por fim, desprezada. Ninguém se deu ao trabalho de perceber o lindíssimo conto de fadas que Shyamalan nos estava a contar. Ninguém quis saber que o realizador tinha decidido de uma vez por todas assumir totalmente o método do seu mestre, Spielberg, e fazer um filme mágico, enternecedor, repleto de momentos de humor (por vezes nonsense) e, acima de tudo, de uma beleza tocante. Pela enésima vez, público e crítica estiveram-se marimbando para a excelência das interpretações – da repetente Bryce Howard e especialmente de Paul Giamatti -, para a qualidade da câmara de Shyamalan e (mais uma vez) para o magnífico clima de conto de fadas presente durante toda a história. Ninguém quis perceber que o filme era só um filme sobre uma sereia perdida no mundo dos homens em busca de salvação para o seu mundo – e para o dos homens também. Ninguém viu ou quis ver, e a carreira de Shyamalan ficou seriamente afectada.

De tal forma que vários foram os estúdios que recusaram “The Happening”. De tal forma que Shyamalan teve de procurar financiamento num refundido estúdio indiano.














E portanto lá temos um filme enigmaticamente intitulado "O Acontecimento" e que, como não é de admirar, é só um filme sobre isso mesmo, um acontecimento. Sem grandes surpresas finais ou twists, sem raios laser, sem monstros de outro planeta, feito de gente a sério, com um problema sério em mãos e sem saber como o resolver. O último trabalho de M. Night Shyamalan é violento, incómodo, doentio e insano, mas divide esse ambiente anormalmente pesado com um tipo de humor idiota que não assenta nada bem no tipo de filme que julgamos estar a ver. A coisa começa logo a abrir, sem grandes apresentações, sem sabermos muito bem ainda quem são de facto as personagens, como são ou o que andam a fazer. Muito simples: em pleno Central Park os transeuntes começam a evidenciar um comportamento estranho e pura e simplesmente a suicidarem-se. Das piores formas possíveis! E é nesta sequência inicial de uma brutalidade inigualável que se instala no espectador um desconforto insuportável. A forma fria e muito violenta como as pessoas se suicidam, e o facto de não termos a mínima ideia do que se está a passar, deixa-nos num estado de ansiedade do caraças. Rapidamente Shyamalan se encarrega de diluir tudo o que construiu e através precisamente dos sinais que nos vai dando e que normalmente não são assim tão evidentes. Aqui são. Não contente, o realizador acaba mesmo por encurtar a distância entre a suspeita e a certeza absoluta do que está a provocar aquele pesadelo, e o filme começa a perder interesse. A perder interesse e a ganhar o tal sentido de humor despropositado que, sinceramente me deixou irritado. E foi aqui que muito provavelmente entrou o tal outro realizadorzeco de que falei no início deste texto.

Os actores não têm um desempenho particularmente feliz, ou de realce, e tudo acaba por se tornar bastante insípido. Salvam-se algumas sequências que, pelo meio, nos vão mantendo suspensos numa trama que ainda não sabemos muito bem como vai terminar - nesse sentido, a sequência do jipe e a da velha senhora que acolhe o casal de protagonistas, são absolutamente arrepiantes e fenomenais. Mas o fim do filme é novamente uma pequena desilusão. Não pela falta dessa mítica reviravolta, mas porque é pura e simplesmente sensaborão. Naturalidade sim senhor, a gente aceita, mas assim tanta também é exagero.

Portanto, assim quase sem querer, Shyamalan assina o seu filme menos bem conseguido, e logo quando tinha tudo para mostrar aos descrentes o cineasta genial que é. E não falha no argumento do filme, simples mas intrigante e inteligente; não falha também na maneira como o filma, já que volta a fazê-lo de uma forma elegante e elaboradamente desenhada. Em "The Happening", Shyamalan falha precisamente naquilo que me parecia ser a sua maior virtude: a consistência de quem sabe contar uma história sem nunca perder o interesse de quem a ouve.

Ainda assim, prefiro um filme menos bem conseguido De M. Night Shyamalan do que um bom filme da maioria dos realizadores que por aí andam.

Alguém dizia há dias num jornal da nossa praça que os filmes de Shyamalan sabiam melhor a cada vez que eram revistos precisamente por já sabermos qual o seu segredo. Eu concordo, e por isso mesmo é que vou rever este último, quanto mais não seja pelos quinze minutos iniciais.

A história vai-se manter, portanto. Os fãs de Shyamalan poderão ficar um pouco desapontados com esta última obra mas não totalmente, enquanto que os críticos e grande parte da opinião pública vão atacar sem dó nem piedade o realizador e o seu trabalho.

No esquecimento ficam as inúmeras nomeações e prémios de todos os seus filmes, as imagens fortes e avassaladoras, a fotografia excelente, o trabalho de câmara brilhante, as magníficas bandas sonoras de James Newton Howard, as personagens memoráveis, os desempenhos fortes e em geral um estilo único de filmar e que só encontra paralelo - diferente, porém - em outro génio do cinema actual, David Fincher.

Assim, até fico ainda mais curioso (e receoso) em relação ao próximo filme de Shyamalan, ao que parece, algo de radicalmente diferente do que foi feito até aqui.

quinta-feira, junho 12, 2008

THE HAPPENING




E pronto, o cineasta mais excitante da última década perdeu a paciência e atirou-se para o cinema de adultos. Mas de adultos a sério! M. Night Shyamalan tinha, até agora, filmado histórias de crianças de uma forma não tão infantil quanto isso, mas agora, com "The Happening", decidiu-se a fazer uma coisa dura, explicitamente violenta e que, a dizer pelo trailer - este, uma versão que não passou nos nossos ecrãs -, não é para meninos.
Como já é costume não nos mostra realmente nada de concreto, o que só serve para aumentar ainda mais a curiosidade em torno das suas obras.
O que se sabe? Algo está a acontecer à população mundial e não se sabe bem ao certo o que é. Não é bom, isso é evidente, já que a malta começa a cair morta sem mais nem porquê ou pura e simplesmente a cometer suicídio. Das piores formas possíveis!
A coisa promete, para já pela habitual e espectacular forma com que Shyamalan filma as suas histórias, e que neste "The Happening" foi levada ainda mais longe. Para terem uma ideia, numa cena em que dezenas de transeuntes tombam inanimados em plena baixa de Sidney, o realizador não fez a coisa por menos e filmou a sequência sem aviso prévio. Ou seja, o que se vê no resultado final são as reacções genuinas de quem estava a passar na rua naquela altura e foi completamente apanhado de surpresa - a cena, já agora, não foi usada no filme mas serviu para perceber como as coisas deveriam ser feitas.
Vejam as imagenzinhas e tirem as vossas conclusões...




DENIS DARZACQ



Venceu o 1º prémio na categoria "Arte e Entertenimento" da World Press Photo pelo seu livro "La Chute" e pelas amostras percebe-se bem porquê...














SÓ UMA COISINHA...



Acho muito bem todo este entusiasmo em torno da selecção de futebol e do europeu e coisa e tal, mas há uma coisa que me irrita sobejamente: o que raios anda o Eusébio a fazer atrelado à comitiva? A dizer adeus à população e a receber um ordenado por isso? Ainda por cima a federação deve ter achado que não era suficiente e desencantou mais dois monos, o Figo e o Fernando Couto para fazer número.

Jogadores em fim de carreira não desesperem, haverá sempre um posto de trabalho para vocês junto das selecções vindouras. Acreditem, ainda hão de fazer uma selecção de desempregados para fazerem não sei o quê e terem cama, comida e roupa lavada por onde quer que a selecção se desloque.

BB



Fizeste anos há dias e eu nem arranjei tempo para te dedicar aqui o devido espacinho... e bem o mereces.


FEIST - COLISEU DO PORTO

Para já, a resposta ao António Raminhos: sim, foi muito bom!

É comum ouvirmos os músicos que vêm a Portugal dizer maravilhas do nosso público e de como somos fantásticos e de como o nosso país é o maior e não sei mais o quê. Ouvirmos Feist dizê-lo leva-nos a crer de que não é propaganda, graxa ou uma tentativa meio reles de conquistar a audiência de outra forma que não com a sua música. Porque um público como o que a cantora canadiana teve na passada terça no Coliseu do Porto só merece mesmo é ser considerado o melhor do mundo. E fico sem saber quem é que teve quem na mão, se Feist ao público ou se o público a Feist...

Foi um grande concerto, melhor, muito melhor, do que o que teve lugar no Hard Club há coisa de três anos. Porque na altura Feist subiu ao palco sozinha, porque desta vez deu mais do que somente um espectáculo de música, graças a uma cenografia e trabalho de luzes e sombras da responsabilidade de duas artistas que viajam na digressão, e, acima de tudo, graças a um grupo de músicos daqueles que sinceramente não surgem todos os dias.

A aposta na qualidade e no cuidado com que as músicas foram interpretadas foi bem evidente desde o início do concerto, e mesmo aquelas músicas que levaram uma roupagem bem diferente do habitual ganharam contornos de renovação sem que isso afectasse os fãs mais empedernidos.

O ambiente, portanto, estava criado para que tudo corresse da melhor forma possível, e as mais de duas horas de espectáculo valeram por cada minuto, mesmo aqueles que intervalaram as músicas. A equação músicas do caraças+voz perfeita+músicos enormes só podia resultar num dos grandes concertos de 2008. Ponto final.

Os vídeos são obviamente cortesia do moço do barraco, Hug The DJ, e mostram dois dos momentos grandes de uma noite que se queria ainda maior. Não mostram é uma coisa daquelas de que ninguém se esquecerá: depois de terem terminado "1 2 3 4", os músicos foram obrigados a recomeçá-la, já que o público ali presente insistia em continuar a cantá-la. Magia, diria eu.

"Sea Lion Woman" (com a participação dos Lawrence Arabia)





"1 2 3 4"


O PORTO EM CHAMAS





Nem tanto, embora alguns fãs do Benfica não ficassem nada desapontados com a ideia.

Os L'Avalot já cá tinham estado em 2001 para o encerramento do FITEI, e voltaram agora com a sequela de um espectáculo de enorme sucesso, Dinomaquia 2.

Este ficou um bocadinho aquém do esperado - no anterior o risco e o arrojo eram bem maiores - mas foi, mesmo assim, um espectáculo grandioso e «bombástico».









"ÂPDEI-TE"

Isto de estar na direcção do TUP é uma das coisas mais entusiasmantes que já me aconteceu, mas rouba tempo, na vida real e na cabeça.

Vou tentar deixar aqui hoje tudo o que tenho guardado há umas semanas, sim?

terça-feira, junho 03, 2008

KARMABOX WITH A VIEW - SPECIAL LIVE

É só no dia 10, mas não consegui resistir. E porquê? Porque vai ser do caraças, porque vai ser uma borga e porque vai ser inesquecível, claro.
Esta sei bem com quem vou dançar. Ou pular?

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