kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

quinta-feira, junho 12, 2008

FEIST - COLISEU DO PORTO

Para já, a resposta ao António Raminhos: sim, foi muito bom!

É comum ouvirmos os músicos que vêm a Portugal dizer maravilhas do nosso público e de como somos fantásticos e de como o nosso país é o maior e não sei mais o quê. Ouvirmos Feist dizê-lo leva-nos a crer de que não é propaganda, graxa ou uma tentativa meio reles de conquistar a audiência de outra forma que não com a sua música. Porque um público como o que a cantora canadiana teve na passada terça no Coliseu do Porto só merece mesmo é ser considerado o melhor do mundo. E fico sem saber quem é que teve quem na mão, se Feist ao público ou se o público a Feist...

Foi um grande concerto, melhor, muito melhor, do que o que teve lugar no Hard Club há coisa de três anos. Porque na altura Feist subiu ao palco sozinha, porque desta vez deu mais do que somente um espectáculo de música, graças a uma cenografia e trabalho de luzes e sombras da responsabilidade de duas artistas que viajam na digressão, e, acima de tudo, graças a um grupo de músicos daqueles que sinceramente não surgem todos os dias.

A aposta na qualidade e no cuidado com que as músicas foram interpretadas foi bem evidente desde o início do concerto, e mesmo aquelas músicas que levaram uma roupagem bem diferente do habitual ganharam contornos de renovação sem que isso afectasse os fãs mais empedernidos.

O ambiente, portanto, estava criado para que tudo corresse da melhor forma possível, e as mais de duas horas de espectáculo valeram por cada minuto, mesmo aqueles que intervalaram as músicas. A equação músicas do caraças+voz perfeita+músicos enormes só podia resultar num dos grandes concertos de 2008. Ponto final.

Os vídeos são obviamente cortesia do moço do barraco, Hug The DJ, e mostram dois dos momentos grandes de uma noite que se queria ainda maior. Não mostram é uma coisa daquelas de que ninguém se esquecerá: depois de terem terminado "1 2 3 4", os músicos foram obrigados a recomeçá-la, já que o público ali presente insistia em continuar a cantá-la. Magia, diria eu.

"Sea Lion Woman" (com a participação dos Lawrence Arabia)





"1 2 3 4"