"O TIBETE? É NA CHINA, NÃO É?"

Bom Karma... ou não!

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Acabo de saber que o Torpedo, amigo já responsável pelo site da Rede Cultural - e que tem o link ali na coluna da direita -, tem também a seu cargo um outro, porventura ainda mais interessante.
"No Country For Old Man" é, acima de tudo, um filme de uma tristeza pesada e incómoda, mas que só se deixa realmente perceber nos seus minutos finais. A tristeza da mudança difícil de engolir. A tristeza que a personagem de Tommy Lee Jones (o xerife Ed Tom Bell) carrega nos olhos, e que nasce do não compreender e não conseguir encaixar os tempos modernos; da sensação de se estar totalmente desenquadrado de uma nova e desagradável realidade; da frustração que sente por se saber incapaz de continuar a desempenhar a autoridade, não por incapacidade fisica ou intelectual, mas por não se saber como lidar com uma nova geração de violência.
O filme dos Coen tem muito pouco do seu estilo habitual. É um filme sem humor, sem piadas para aliviar a tensão, sem o habitual surrealismo nonsense que desde sempre marcou a carreira dos dois irmãos. É uma obra seca, árida e dura, como os homens daquele Texas, e como as paisagens de um país que decididamente já não é para velhos. Nesse sentido, é um filme abandonado a si próprio, ao mesmo tempo que é uma belíssima história. E somente isso, uma história.
E depois não há como fugir à figura omnipresente de Bardem. Ele não é só o mau da fita, ele é o mal da história. O mal personificado numa das personagens mais credivelmente assustadoras da história do cinema. Doentio, metódico, imparável e aterrador, o Anton Chigurh de Bardem é um espectáculo por si só. O cinema dos Coen sempre foi pródigo em criar personagens irreais e fascinantes. Em filmes como "Barton Fink", "Miller's Crossing", "Arizona Jr." e tantas outras obras suas, deram ao mundo da sétima arte uma verdaderia galeria de «cromos» memoráveis, ao mesmo tempo que proporcionavam aos seus actores uma atenção merecidamente redobrada. Anton Shirguh é, mais do que todos os seus antecessores, um objecto fílmico de que todos os realizadores e argumentistas devem sentir por esta altura uma enorme inveja. Etiquetas: Filmes Vistos

Desafiado pelo Zé Carlos do costume - que este ano já me pôs a beber Super Bock Green -, decidi adquirir um livro de quase 900 páginas, pesado como uma tampa de saneamento, passado na India, escrito por um australiano ex-heroinómano, condenado a vinte anos de cadeia por assaltar bancos, fugido da prisão ao fim de um ano e em plena luz do dia, que se refugiou em Bombaim e que voltou a ser capturado ao fim de dez anos, que esteve preso mais seis, dois dos quais numa solitária, que teve de escrever o seu romance três vezes, porque os guardas prisionais insistiam em destrui-lo, e que se prepara agora para o adaptar ao cinema, contando desde já com Johnny Depp para vestir a sua «pele».Etiquetas: KARMABOX


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REC - Jaume Balagueró e Paco Plaza
Music Within - Steven Sawalich
Opium: The Diary Of a Madwoman - Janos Szasz
Interview - Steve Buscemi
You, The Living - Roy Andersson
The Mist - Frank DarabontEtiquetas: Filmes Vistos
Começou a sessão competitiva e logo apareceu a verdadeira qualidade deste festival. A primeira semana acabou por ser uma massiva maratona de encher chouriços, repleta de filmes mais ou menos desinteressantes. A mudança foi notória e logo com os dois primeiros filmes da noite de sexta.
Logo a seguir, "El Orfanato", de Juan Antonio Bayona, deu o mote para o início também dos filmes mais à Fantasporto, ou seja, dos saltos na cadeira, dos arrepios na base da nuca e do aumento exponencial do ritmo cardíaco. "El Orfanato" foi a escolha espanhola para concorrer ao Oscar para melhor filme estrangeiro, e diga-se que, apesar de não ser o tipo de obra que a academia alguma vez escolheria para conquistar esse prémio, é um trabalho notável. Produzido pelo Guillermo Del Toro do "Labirinto del Fauno", o filme é conta uma história de fantasmas, é certo, mas com um twist final cruelmente real e digno de um episódio da Quinta Dimensão. Belén Rueda, a personagem principal e em torno da qual toda a história se desenrola, tem um papel fenomenal e consegue transmitir a um filme de ficção o realismo comovente de uma mulher que luta com todas as forças para encontrar o filho, misteriosamente desaparecidoe é desde já a favorita para levar para casa o prémio de melhor actriz do Fantas. É provável que "El Orfanato" tenha estreia em Portugal, por isso, estejam atentos.
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