segunda-feira, junho 28, 2010
VENHAM ELES
Quanto ao jogo entre Brasil e Portugal só me apetece concordar com os que acham que foi uma oportunidade perdida. Uma oportunidade de vencermos os de amarelo e de os fazermos engolir a clássica cagança. E preocupa-me a eterna postura lusa de "se vamos jogar com alguém melhor que nós, vamos com cautela". Não era preciso e nem se justificava. Estatisticamente que se lixe, somos bem capazes de ser melhores que os jogadores do Brasil, ponto final.
De resto, os inevitáveis erros de arbitragem dos jogos de ontem. Inevitáveis porque sinceramente parecem bem mais do que simples erros e juntam-se a casos vergonhosos de (presumível) favorecimento como o do golo marcado por Luís Fabiano com a ajuda intencional do braço. Na sequência desse lance, claríssimo, o árbitro encetou uma animada conversa com o jogador brasileiro e não me lixem, não preciso saber ler os lábios para ter a certeza do teor dessa pequena converseta.
O mundial da África-do-Sul fica marcado também pela qualidade de jogo de algumas equipas consideradas «secundárias». Por isso mesmo nunca fui na conversa de biltres da categoria de Joseph Blatter e do muito nosso Gilberto Madaíl, que sempre se insurgiram contra a presença destas selecções quando em detrimento de outras, mais conceituadas. Uma olhadela rápida para as de primeira linha e para as suas prestações nesta competição, é suficiente para perceber que esses tempos já lá vão.
A Inglaterra foi roubada contra a Alemanha, sim senhor, mas nem sequer merecia o apuramento para oitavos-de-final. A França foi o que foi e a Itália envergonhou-se sem a ajuda de terceiros. Por esta mesma razão não tenho medo da Espanha no jogo de amanhã com Portugal. Não foi esta Espanha a campeã da Europa há dois anos; não foi este o sistema de jogo nem este o treinador. Para além disso, dois anos são dois anos. Podemos perder? É claro que podemos perder, eles são bons, individualmente e como equipa. São melhores que Ronaldo, Coentrão e restante companhia? Não. Lamento mas não são.
E no entanto lá voltaram os felizes aráutos da desgraça, que já vaticinam a miséria lusa e o regresso em desgraça para a pátria-mãe. Nunca será um regresso em miséria. Qualquer equipa que consegue chegar a esta fase de um mundial já tem garantida uma considerável dose de sucesso. Portugal já a conseguiu e com um extra não tão pequeno quanto isso: é uma das equipas mais entusiasmantes deste torneio e a que mais encanta ver jogar. Apesar de uma Alemanha mais brasileira que os brasileiros - cada vez mais alemães - e apesar de uns argentinos que não conseguem perder uma bola e que aprenderam o melhor de Maradona - o seu coração.
De resto, os inevitáveis erros de arbitragem dos jogos de ontem. Inevitáveis porque sinceramente parecem bem mais do que simples erros e juntam-se a casos vergonhosos de (presumível) favorecimento como o do golo marcado por Luís Fabiano com a ajuda intencional do braço. Na sequência desse lance, claríssimo, o árbitro encetou uma animada conversa com o jogador brasileiro e não me lixem, não preciso saber ler os lábios para ter a certeza do teor dessa pequena converseta.
O mundial da África-do-Sul fica marcado também pela qualidade de jogo de algumas equipas consideradas «secundárias». Por isso mesmo nunca fui na conversa de biltres da categoria de Joseph Blatter e do muito nosso Gilberto Madaíl, que sempre se insurgiram contra a presença destas selecções quando em detrimento de outras, mais conceituadas. Uma olhadela rápida para as de primeira linha e para as suas prestações nesta competição, é suficiente para perceber que esses tempos já lá vão.
A Inglaterra foi roubada contra a Alemanha, sim senhor, mas nem sequer merecia o apuramento para oitavos-de-final. A França foi o que foi e a Itália envergonhou-se sem a ajuda de terceiros. Por esta mesma razão não tenho medo da Espanha no jogo de amanhã com Portugal. Não foi esta Espanha a campeã da Europa há dois anos; não foi este o sistema de jogo nem este o treinador. Para além disso, dois anos são dois anos. Podemos perder? É claro que podemos perder, eles são bons, individualmente e como equipa. São melhores que Ronaldo, Coentrão e restante companhia? Não. Lamento mas não são.
E no entanto lá voltaram os felizes aráutos da desgraça, que já vaticinam a miséria lusa e o regresso em desgraça para a pátria-mãe. Nunca será um regresso em miséria. Qualquer equipa que consegue chegar a esta fase de um mundial já tem garantida uma considerável dose de sucesso. Portugal já a conseguiu e com um extra não tão pequeno quanto isso: é uma das equipas mais entusiasmantes deste torneio e a que mais encanta ver jogar. Apesar de uma Alemanha mais brasileira que os brasileiros - cada vez mais alemães - e apesar de uns argentinos que não conseguem perder uma bola e que aprenderam o melhor de Maradona - o seu coração.
sexta-feira, junho 25, 2010
DV8 PHYSICAL THEATRE - THE COST OF LIVING
Tudo o que há para saber - e deve ser conhecido - acerca da companhia de dança DV8, pode e deve ser visto aqui.
DESCULPE...?
De há uns anos para cá, Portugal parece ter descoberto o advento das feiras medievais. A coisa começou timidamente, uma feirita, aqui uma maior ali - como no caso da de Santa Maria da Feira - para rapidamente se alastrar como uma doença venérea em África: de repente já toda a terrinha tem uma. As feiras medievais não são mais do que pretextos para vender carne de porco, bugigangas foleiras e perfeitamente inúteis, dar dinheiro aos comerciantes espanhóis que vêm às centenas e emprego temporário aos freaks tocadores de pífaro e djambé, engolidores de fogo e malabaristas.
De igual modo descobriu também o Portugal, a maravilha das feiras eróticas. O sucesso foi tal, que um dia destes qualquer aldeia remota de Trás-Os-Montes com seis habitantes organiza a sua própria feira erótica. Estas feiras, como as medievais, servem essencialmente para dar emprego aos espanhóis...
O melhor destes dois mundos - se é que se pode falar em melhor - existe agora em versão compacto, mix, remix, 2 em 1, lá para os lados de Gaia. Mal sabia eu que a terra onde vivo, organiza pelo menos desde 2009 o Festival Medieval Erótico. Por terras de Carvalhos, podem visitar esta feira e saber como era o sexo na idade das trevas. Ou seja, sexo com pais, primos e irmãos, sexo com burros, sexo no palheiro, transmissão de infecções variadas e... freaks tocadores de pífaro e djambé, engolidores de fogo e malabaristas. Podem também adquirir produtos erotico-medievais e assistir a sessões de striptease a cavalo, sem dúvida algo a não perder.
Portanto, de 8 a 11 de Julho, nos Carvalhos, já sabem...
De igual modo descobriu também o Portugal, a maravilha das feiras eróticas. O sucesso foi tal, que um dia destes qualquer aldeia remota de Trás-Os-Montes com seis habitantes organiza a sua própria feira erótica. Estas feiras, como as medievais, servem essencialmente para dar emprego aos espanhóis...
O melhor destes dois mundos - se é que se pode falar em melhor - existe agora em versão compacto, mix, remix, 2 em 1, lá para os lados de Gaia. Mal sabia eu que a terra onde vivo, organiza pelo menos desde 2009 o Festival Medieval Erótico. Por terras de Carvalhos, podem visitar esta feira e saber como era o sexo na idade das trevas. Ou seja, sexo com pais, primos e irmãos, sexo com burros, sexo no palheiro, transmissão de infecções variadas e... freaks tocadores de pífaro e djambé, engolidores de fogo e malabaristas. Podem também adquirir produtos erotico-medievais e assistir a sessões de striptease a cavalo, sem dúvida algo a não perder.
Portanto, de 8 a 11 de Julho, nos Carvalhos, já sabem...
terça-feira, junho 22, 2010
7
Podia começar por dizer o que toda a gente diz ou escreve, e calmamente desvalorizar os sete golos com que Portugal bateu a Coreia do Norte. Podia fazer como todos os jogadores da selecção e dizer que só conseguimos três pontos e nada mais. Podia até brincar com o facto de termos humilhado uma nação que só por acaso tem armas nucleares e que é consideravelmente trigger happy. Não me apetece. Apetece-me, isso sim, falar da qualidade dos jogadores portugueses, muitos furos acima do que se tem visto num mundial de futebol da África-do-Sul.
Ontem, o jogo poderia ter sido com essa tão temível Argentina, ou com o eterno pré-campeão Brasil, ou mesmo com a aguardada Espanha. Ontem, teríamos vencido. Não por sete golos de diferença, naturalmente, mas sem dúvida vencido. Os jogadores portugueses ultrapassam, neste momento, em técnica e vontade, os jogadores das equipas acima referidas. Digo eu, que tenho acompanhado os jogos todos e que ainda não estou totalmente convencido do seu real valor.
De resto, este mundial pode realmente correr de feição às aspirações de Queirós e companhia - que somos todos nós, afinal. A França acaba de ser eliminada; a Inglaterra e a Itália têm um pé bem fora da competição e mesmo a Alemanha e a Espanha ainda têm de correr muito para se apurarem para os oitavos de final. Passar à próxima fase sem a presença destes concorrentes, seria não só uma monumental surpresa - e um pesadelo para a FIFA, organização do mundial e patrocinadores - como a abertura de um caminho mais fácil até ao título. Teoricamente, claro.
Ontem o melhor em campo foi indiscutivelmente Tiago. Como poderia ter sido Raúl Meireles, como poderia ter sido Fábio Coentrão, como poderia ter sido Cristiano Ronaldo. Este último, porém, tem uma vantagem em relação a todos os outros: pode estar largos minutos desaparecido do jogo que ainda assim a sua influência é amplamente sentida. Em nós, público, e nos colegas que estão em campo. O homem pode decidir o jogo num lance - num remate, num passe ou numa corrida desenfreada das suas e que levam os onze adversários e o respectivo banco de suplente atrás dele.
Ontem, Ronaldo explodiu finalmente como havia prometido. Com contenção, gestão e harmonia, mostrou o que de melhor sabe fazer, desiquilibrar. Como Messi faz na Argentina. O problema é que o povo futebolístico exige golos às super-estrelas. Essa parece ser sempre a única prova de qualidade, aquela que decididamente nos mostra o porquê dos prémios, das condecorações e das eleições para melhor do ano, do mundo, do campeonato ou do mundial. E não é verdade. Temos é de olhar com atenção e, nas repetições dos lances e em câmara lenta, perceber todos os micro-detalhes. São esses detalhes que fazem a diferença e que colocam futebolistas destes num patamar a que os outros, lamento, não chegam.
Por isso mesmo, sinto a falta de Ronaldinho neste mundial. Porque ainda é o melhor jogador do mundo - por muito que o seu físico o continue a negar - e porque conseguia ser melhor que estes dois naquilo que mais aprecio no futebol: a magia do detalhe.
MERA TEORIA SOCIAL E HISTÓRICA DO DESCALABRO DA FRANÇA NO MUNDIAL
Para lá das muitas razões desportivas que estão na origem do desastre francês no mundial da África do Sul, lembrei-me de uma série de outros motivos que podem justificar uma tão grande desilusão gaulesa - e que podem igualmente ser apenas um chorrilho de asneiras sem nexo.
Há já alguns anos que a selecção francesa de futebol vem sendo um verdadeiro caldeirão de ex-colónias africanas. Da África negra ao magrebe, os jogadores franceses são filhos de imigrantes ou eles próprios imigrantes naturalizados. Poderia isto não significar absolutamente nada, mas a verdade é que de ex-colonizados, passaram rápida e gradualmente a ser colonizadores de uma manifestação desportiva e cultural que exportou o poderio francês e que foi, durante alguns anos, a expressão de um domínio avassalador. E nós sabemos como os franceses são nacionalistas...
Como todos os países colonizadores, a França sofreu sempre com o descontentamento das populações colonizadas; um rancor inultrapassável, presente inclusive nos franceses de 2ª, 3ª e 4ª geração, e por aí adiante. Sente-se, esse rancor, nas letras de Hip-Hop, por exemplo, e nas múltiplas manifestações populares em Paris e em outras cidades onde as ditas minorias se queixam dessa tão famosa arrogância francesa e da desigualdade social, profissional e educacional. E com razão, diga-se.
Há já alguns anos que a selecção francesa de futebol vem sendo um verdadeiro caldeirão de ex-colónias africanas. Da África negra ao magrebe, os jogadores franceses são filhos de imigrantes ou eles próprios imigrantes naturalizados. Poderia isto não significar absolutamente nada, mas a verdade é que de ex-colonizados, passaram rápida e gradualmente a ser colonizadores de uma manifestação desportiva e cultural que exportou o poderio francês e que foi, durante alguns anos, a expressão de um domínio avassalador. E nós sabemos como os franceses são nacionalistas...
Como todos os países colonizadores, a França sofreu sempre com o descontentamento das populações colonizadas; um rancor inultrapassável, presente inclusive nos franceses de 2ª, 3ª e 4ª geração, e por aí adiante. Sente-se, esse rancor, nas letras de Hip-Hop, por exemplo, e nas múltiplas manifestações populares em Paris e em outras cidades onde as ditas minorias se queixam dessa tão famosa arrogância francesa e da desigualdade social, profissional e educacional. E com razão, diga-se.
Estes novos franceses são um híbrido temível: por um lado têm as mesmas características de prepotência, arrogância, narcisismo, nacionalismo e chauvinismo. Por outro, transportam essa raiva anti-colonizadores, tão difícil de controlar, e que é uma das razões pelas quais a França é, como foi sempre, uma panela de água em constante ponto de ebulição.
A reacção da selecção francesa de futebol à decisão de expulsar Nicholas Anelka, depois deste ter insultado o seu seleccionador, pode ter a ver com este ressentimento anti-colonizador. Porque não há razão para tanto descontentamento; o homem abordou uma possível profissão da mãe do seleccionador de forma menos própria, e isso parece ser motivo mais do que suficiente para lhe passar a devida guia de marcha.
Seja como for e porque razão for, a selecção francesa de futebol é, como não podia deixar de ser, um reflexo das tensões e conflitos sociais que sempre assombraram a França. É um case study sociológico de um povo que já nem sabemos bem se tem identidade própria ou se, ao invés, é uma enorme mistura de culturas e de contra-culturas de raíz xenófoba. Mais uma vez, e seja qual for o prisma, trata-se de uma sociedade em permanente estado de guerra anunciado e que já nem o desporto-rei é capaz de apaziguar.
A reacção da selecção francesa de futebol à decisão de expulsar Nicholas Anelka, depois deste ter insultado o seu seleccionador, pode ter a ver com este ressentimento anti-colonizador. Porque não há razão para tanto descontentamento; o homem abordou uma possível profissão da mãe do seleccionador de forma menos própria, e isso parece ser motivo mais do que suficiente para lhe passar a devida guia de marcha.
Seja como for e porque razão for, a selecção francesa de futebol é, como não podia deixar de ser, um reflexo das tensões e conflitos sociais que sempre assombraram a França. É um case study sociológico de um povo que já nem sabemos bem se tem identidade própria ou se, ao invés, é uma enorme mistura de culturas e de contra-culturas de raíz xenófoba. Mais uma vez, e seja qual for o prisma, trata-se de uma sociedade em permanente estado de guerra anunciado e que já nem o desporto-rei é capaz de apaziguar.
Por isso mesmo, e porque a esta altura a França está a perder 1-2 com a África-do-Sul, temos uma boa e uma má notícia: a boa notícia é que a França está fora do mundial. A má, é que não fomos nós os responsáveis por isso.
sábado, junho 19, 2010
RANGO
Não há muito a dizer... Apenas que é mais uma daquelas surpresas cinematográficas - hoje em dia é cada vez mais difícil prever o que está para vir por aí e existem cada vez mais teasers que não mostram absolutamente nada e ainda nos deixam a salivar - recheada de bons motivos para se revelar um bom produto.
"Rango" é realizado por Gore Verbinski, o mesmo da trilogia "Piratas das Caraíbas", e tem um elenco de vozes de cair para o lado: Johnny Depp, Abigail Breslin, Alfred Molina, Bill Nighy e Ray Winston, só para citar alguns.
A má notícia, é que só aparece por cá no dia 14 de Abril de 2011...
sexta-feira, junho 18, 2010
E SE FOSSEM TODOS PARA O...
Definição de SCUT: Uma SCUT é uma auto-estrada em regime de portagens virtuais, cujos custos são suportados pelo Estado Português. A construção e manutenção é da responsabilidade de uma empresa concessionária. A sigla SCUT é uma abreviatura de "Sem Custo para os Utilizadores".
Ou seja, esta tanga do chipe e das SCUT serem pagas, seria razão suficiente para fazermos uma revolução; uma greve às gasolineiras, um monumental buzinão, termos camiões a fecharem todas as entradas das principais cidades. Em vez disso... vai ser o costume.
Ou seja, esta tanga do chipe e das SCUT serem pagas, seria razão suficiente para fazermos uma revolução; uma greve às gasolineiras, um monumental buzinão, termos camiões a fecharem todas as entradas das principais cidades. Em vez disso... vai ser o costume.
quinta-feira, junho 17, 2010
AI JORNALISMO...
É muito bom, a sério, ver tantos portugueses nos transportes públicos agarrados aos jornais. Aos jornais gratuitos, é verdade, mas ainda assim a realidade está bem diferente da de há alguns anos.
O problema disto tudo é que o jornalismo gratuito é fraquinho. Tem os conteúdos todos, em formato reduzido para não ocupar espaço e informar q.b., sim senhor, informação não lhes falta. O pior são as colunas de opinião e crónicas que estes mesmos diários encomendam, às vezes a autores que não lembram ao diabo. Excelente exemplo, as crónicas de Isabel Stilwell... Já não há pachorra!
Por último, e só para chatear, uma chamada de atenção à capa da última Blitz, que considera o projecto «Ovelha Negra» como um dos mais interessantes da actualidade. Partilho da mesma opinião, mas relativamente aos «Orelha Negra», trabalho do qual faz parte esse péssimo rapper mas excelente produtor, Sam The Kid.
quarta-feira, junho 16, 2010
OS FERRARI TAMBÉM AVARIAM
A surpresa até nem foi assim tão, grande sejamos sinceros. A hipótese de Portugal jogar bem, cativar a audiência e ainda ganhar o jogo a uma equipa como a Costa do Marfim não era lá muito evidente. Ainda assim, estava à espera de mais qualquer coisinha. Sei lá, uma alegria qualquer nos pés dos moços dentro do campo, que se reflectisse na malta que assistia impaciente.
A selecção portuguesa joga à imagem do seu treinador, Carlos Queirós: conservadora, morna, mansinha, sem vontade de arriscar, polite. À selecção, falta-lhe o bigode tuga, sinónimo do raça-caralho, que corre atrás da bola como se esta escondesse o segredo da fortuna, saúde e sexo diário para toda a vida. Falta-lhe vontade, alegria, confiança; falta-lhe atirar tudo para o alto e tentar, tentar, tentar. Falta-lhe ser emigrante desgraçadinho em França, parentes à espera em baba e ranho na pequena aldeia que o viu nascer.
À selecção, ontem, faltou a coragem e determinação necessárias para quebrar a barreira de barro construída pelos marfinenses. Sólida, resistente, mas de barro, como a mesquita Djingareyber, construída na cidade de Timbuktu em 1325. Só lá está ainda, porque nunca ninguém se atreveu a lançar-lhe um Cristiano Ronaldo a 320km/h com uma bola de futebol nos pés. À selecção ontem foi estendido o convite "joguem no erro, se fazem favor", ao qual os jogadores lusos amavelmente responderam "não obrigado, já estamos stisfeitos".
embevecidamente apaixonados pelo Voltamos à conversinha dos brandos costumes: somos demasiado acomodados e comodistas;jogar seguro, cometemos a invulgar proeza de jogar em ataque continuado sem, porém, atacar verdadeiramente. Dois remates é pouco até para uma selecção como a da Guiana Francesa. Tantos passes perdidos é demasiado até para equipas amadoras da Costa do Marfim.
Deco é um maestro sim, mas um maestro de banda filarmónica de parvónia, gordo, anafado e que não vê a hora do intervalo para poder ir beber uma cervejinha à sombra da árvore mais próxima. liedson é indiscutivelmente o nosso melhor ponta-de-lança, mas o homem precisa de alguém que lhe passe uma coisa sem a qual ele não consegue fazer o seu trabalho e que se chama bola. A equipa de Portugal é descaracterizada, joga sem alma e sem entendimento e é - ou foi - uma grande, pesada e interminável seca. Chiça!
A culpa disto tudo é da selecção portuguesa, que nos habituou mal. Muito mal, até. Desde aquele fantástico e quase irreal Inglaterra-Portugal, em que depois de estarmos a perder 2-0, dobrámos os brits e provámos-lhes que it ain't over 'till it's over baby yeah. Estamos mal habituados desde que, após a primeira derrota com a Grécia no Euro 2004, fizemos jogos fenomenais, com golos fenomenais, nascidos de jogadas fenomenais. Sem este Ronaldo, diga-se. Mas com alegria, querer, coragem. Com aquela consciência não tão comum que nos leva a acreditar que seja o que for, contra quem for, é para ganhar. Fenomenal.
Obviamente também tenho a minha costela de treinador de bancada. Mas guardo-a para mim, que é demasiado ridículo ver os doutos do futebol a cuspir patacoadas em todos os orgãos de comunicação. Não os respeito, nenhum tem bigode tuga. Contudo, há uma coisa demasiado importante para que fique por dizer e que nenhum destes doutores da bola referiram nas suas iluminadas intervenções: ontem Portugal foi terrivelmente coerente. Jogou o primeiro jogo do Mundial 2010 como o fez sempre durante toda a fase de apuramento. Sem cor, sem alegria, sem vontade e sem entusiasmar absolutamente ninguém a não ser os rivais directos.
A partir de ontem, o que era definido à partida como uma vantagem - jogar com o Brasil no fim desta primeira fase, quando tudo estivesse já definido - passou a ser um pesadelo. Um pesadelo que já vivemos no Mundial em 2002, quando perdemos com os EUA, vencemos a Polónia e, quando tudo era já favas com chouriço, fizemos uma das piores figuras da história dos mundiais e fomos humilhados pela Coréia do Sul, ficando de fora do grupo de equipas apuradas para os oitavos de final.
Ontem houve uma coisa bonita de ver, no entanto. O melhor quase-golo deste mundial, obra desse super-desportivo chamado Cristiano Ronaldo. O homem explodiu, como havia prometido, disso não haja dúvida. O problema é este: uma explosão acontece num momento que pode ser mais ou menos súbito, mas que será sempre um momento. O que fica depois da explosão é um incêndio, ou destroços ou caos e confusão. Seja o que for, não é lá grande coisa. Ontem Ronaldo explodiu ao minuto 11' e dessa explosão não ficou mais nada. Resta saber se vai haver outra explosão no próximo jogo, ou se Ronaldo, claramente mau aluno a física, já se arrependeu da promessa que fez.
Quanto ao resto dos jogos, fico à espera que me deixem ficar mal e me façam escrever coisas mais positivas, entusiasmadas e cheias de vida. E por favor, façam o que fizerem, não expludam. Deixem sair essa energia inflamável aos pouquinhos, e bem direccionada, sim?
A selecção portuguesa joga à imagem do seu treinador, Carlos Queirós: conservadora, morna, mansinha, sem vontade de arriscar, polite. À selecção, falta-lhe o bigode tuga, sinónimo do raça-caralho, que corre atrás da bola como se esta escondesse o segredo da fortuna, saúde e sexo diário para toda a vida. Falta-lhe vontade, alegria, confiança; falta-lhe atirar tudo para o alto e tentar, tentar, tentar. Falta-lhe ser emigrante desgraçadinho em França, parentes à espera em baba e ranho na pequena aldeia que o viu nascer.
À selecção, ontem, faltou a coragem e determinação necessárias para quebrar a barreira de barro construída pelos marfinenses. Sólida, resistente, mas de barro, como a mesquita Djingareyber, construída na cidade de Timbuktu em 1325. Só lá está ainda, porque nunca ninguém se atreveu a lançar-lhe um Cristiano Ronaldo a 320km/h com uma bola de futebol nos pés. À selecção ontem foi estendido o convite "joguem no erro, se fazem favor", ao qual os jogadores lusos amavelmente responderam "não obrigado, já estamos stisfeitos".
embevecidamente apaixonados pelo Voltamos à conversinha dos brandos costumes: somos demasiado acomodados e comodistas;jogar seguro, cometemos a invulgar proeza de jogar em ataque continuado sem, porém, atacar verdadeiramente. Dois remates é pouco até para uma selecção como a da Guiana Francesa. Tantos passes perdidos é demasiado até para equipas amadoras da Costa do Marfim.
Deco é um maestro sim, mas um maestro de banda filarmónica de parvónia, gordo, anafado e que não vê a hora do intervalo para poder ir beber uma cervejinha à sombra da árvore mais próxima. liedson é indiscutivelmente o nosso melhor ponta-de-lança, mas o homem precisa de alguém que lhe passe uma coisa sem a qual ele não consegue fazer o seu trabalho e que se chama bola. A equipa de Portugal é descaracterizada, joga sem alma e sem entendimento e é - ou foi - uma grande, pesada e interminável seca. Chiça!
A culpa disto tudo é da selecção portuguesa, que nos habituou mal. Muito mal, até. Desde aquele fantástico e quase irreal Inglaterra-Portugal, em que depois de estarmos a perder 2-0, dobrámos os brits e provámos-lhes que it ain't over 'till it's over baby yeah. Estamos mal habituados desde que, após a primeira derrota com a Grécia no Euro 2004, fizemos jogos fenomenais, com golos fenomenais, nascidos de jogadas fenomenais. Sem este Ronaldo, diga-se. Mas com alegria, querer, coragem. Com aquela consciência não tão comum que nos leva a acreditar que seja o que for, contra quem for, é para ganhar. Fenomenal.
Obviamente também tenho a minha costela de treinador de bancada. Mas guardo-a para mim, que é demasiado ridículo ver os doutos do futebol a cuspir patacoadas em todos os orgãos de comunicação. Não os respeito, nenhum tem bigode tuga. Contudo, há uma coisa demasiado importante para que fique por dizer e que nenhum destes doutores da bola referiram nas suas iluminadas intervenções: ontem Portugal foi terrivelmente coerente. Jogou o primeiro jogo do Mundial 2010 como o fez sempre durante toda a fase de apuramento. Sem cor, sem alegria, sem vontade e sem entusiasmar absolutamente ninguém a não ser os rivais directos.
A partir de ontem, o que era definido à partida como uma vantagem - jogar com o Brasil no fim desta primeira fase, quando tudo estivesse já definido - passou a ser um pesadelo. Um pesadelo que já vivemos no Mundial em 2002, quando perdemos com os EUA, vencemos a Polónia e, quando tudo era já favas com chouriço, fizemos uma das piores figuras da história dos mundiais e fomos humilhados pela Coréia do Sul, ficando de fora do grupo de equipas apuradas para os oitavos de final.
Ontem houve uma coisa bonita de ver, no entanto. O melhor quase-golo deste mundial, obra desse super-desportivo chamado Cristiano Ronaldo. O homem explodiu, como havia prometido, disso não haja dúvida. O problema é este: uma explosão acontece num momento que pode ser mais ou menos súbito, mas que será sempre um momento. O que fica depois da explosão é um incêndio, ou destroços ou caos e confusão. Seja o que for, não é lá grande coisa. Ontem Ronaldo explodiu ao minuto 11' e dessa explosão não ficou mais nada. Resta saber se vai haver outra explosão no próximo jogo, ou se Ronaldo, claramente mau aluno a física, já se arrependeu da promessa que fez.
Quanto ao resto dos jogos, fico à espera que me deixem ficar mal e me façam escrever coisas mais positivas, entusiasmadas e cheias de vida. E por favor, façam o que fizerem, não expludam. Deixem sair essa energia inflamável aos pouquinhos, e bem direccionada, sim?
domingo, junho 13, 2010
TÁ A DAR A BOLA!!!
Sou fã destas coisas dos mundiais e europeus de futebol, Jogos Olímpicos e mundiais de atletismo e o diabo a quatro. Sou fã e fico preocupado quando, perante a importância e dimensão de uma competição destas, o tema mais falado são as malditas vuvuzelas. E preocupado com razão, porque o maldito instrumento devia realmente ser proibido nos estádios. Chiça!
Entretanto, e porque já andam aos biqueiros à famigerada Jabulani, falemos do que interessa e que é o futebol - quem diria? E para esclarecer a minha opinião em relação a outro assunto que costuma ocupar grande parte do temo de antena dos meios de comunicação: Leonel Messi e Cristiano Ronaldo.
Messi é o melhor jogador do mundo e Ronaldo é o melhor jogador do mundo. Assim mesmo. As diferenças, essas, são grandes, sem dúvida, mas a verdade é que os dois são literalmente de outra galáxia. Uma galáxia de onde todos os outros estão demasiado longe.
Messi é um Rolls Royce, sossegado, de carácter reservado, pouco exuberante. Sempre o mesmo corte de cabelo de Frei Leonel, feio como não devia ser permitido, pequeno, atarracado, sem brilho extra, apenas o que produz quando toca na bola.
Ronaldo é um super-desportivo, espampanante, motor potente com milhares de cavalos, capaz de acelerar dos 0 aos 100 em 2 segundos. Cria moda (infelizmente), está na moda, é desejado, é um verdadeiro produto de marketing. Design quase perfeito.
Pessoalmente prefiro os super-desportivos aos clássicos, pese embora todo o respeito que lhes devoto. Prefiro porque me entusiasmam mais, e Ronaldo é um jogador que entusiasma. Messi surpreende e maravilha, mas Ronaldo faz isso tudo e com um ingrediente suplementar e que está na génese de toda a paixão por um qualquer desporto: a magia. Messi é demasiado low profile.
Como Michael Jordan ou Magic Johnson, no basquetebol; como Usain Bolt no atletismo; como Michael Phelps na natação e como tantos outros em tantos outros desportos. Como Maradona no futebol, e parem de comparar Dieguito com Messi, porque a coisa é incomparável, a sério. Ronaldo é muito mais Maradona que o anãozito argentino do Barcelona.
Nisto tudo, faz-me enorme confusão ver tantos portugueses a torcer pela queda do fenómeno Cristiano Ronaldo. Movidos, talvez, por uma inveja de todos os portugueses que conseguem vencer na vida, estes parasitas dos cafés, espectadores de balcão, fazem as piores figuras a torcer pela desgraça alheia de quem não a merece. Ronaldo e Mourinho, neste caso, partilham este desdém como partilham com inteira justiça o facto de serem os melhores do mundo.
Talvez por isso a resposta de Mourinho, na véspera da final da Liga dos Campeões, à pergunta do jornalista tuga (como não podia deixar de ser - foi tão rápida e acertiva. Perguntava o repórter "se conquistar a Liga dos Campeões, a vitória será de todos os portugueses?". "Não", disparou José. "Alguns portugueses torcem para que eu ganhe e outros torcem para que eu perca. Os que estão comigo, estão comigo; os que não estão... não estão". Melhor que um livre tomahawk do Ronaldo.
A verdade é esta: da mesma forma que adoramos a desgraça dos portugueses que dão nas vistas, estamos mortinhos à espera que a selecção falhe redondamente os objectivos. Se ganhar um jogo, estarão dezenas de mirones informativos à frente dos quiosques no dia seguinte. Se perder um jogo, serão ainda mais os interessados, espumando-se de contentamento, especados à frente das primeiras páginas de todos os diários nacionais. É isto, o ser-se português.
Entretanto, e porque já andam aos biqueiros à famigerada Jabulani, falemos do que interessa e que é o futebol - quem diria? E para esclarecer a minha opinião em relação a outro assunto que costuma ocupar grande parte do temo de antena dos meios de comunicação: Leonel Messi e Cristiano Ronaldo.
Messi é o melhor jogador do mundo e Ronaldo é o melhor jogador do mundo. Assim mesmo. As diferenças, essas, são grandes, sem dúvida, mas a verdade é que os dois são literalmente de outra galáxia. Uma galáxia de onde todos os outros estão demasiado longe.
Messi é um Rolls Royce, sossegado, de carácter reservado, pouco exuberante. Sempre o mesmo corte de cabelo de Frei Leonel, feio como não devia ser permitido, pequeno, atarracado, sem brilho extra, apenas o que produz quando toca na bola.
Ronaldo é um super-desportivo, espampanante, motor potente com milhares de cavalos, capaz de acelerar dos 0 aos 100 em 2 segundos. Cria moda (infelizmente), está na moda, é desejado, é um verdadeiro produto de marketing. Design quase perfeito.
Pessoalmente prefiro os super-desportivos aos clássicos, pese embora todo o respeito que lhes devoto. Prefiro porque me entusiasmam mais, e Ronaldo é um jogador que entusiasma. Messi surpreende e maravilha, mas Ronaldo faz isso tudo e com um ingrediente suplementar e que está na génese de toda a paixão por um qualquer desporto: a magia. Messi é demasiado low profile.
Como Michael Jordan ou Magic Johnson, no basquetebol; como Usain Bolt no atletismo; como Michael Phelps na natação e como tantos outros em tantos outros desportos. Como Maradona no futebol, e parem de comparar Dieguito com Messi, porque a coisa é incomparável, a sério. Ronaldo é muito mais Maradona que o anãozito argentino do Barcelona.
Nisto tudo, faz-me enorme confusão ver tantos portugueses a torcer pela queda do fenómeno Cristiano Ronaldo. Movidos, talvez, por uma inveja de todos os portugueses que conseguem vencer na vida, estes parasitas dos cafés, espectadores de balcão, fazem as piores figuras a torcer pela desgraça alheia de quem não a merece. Ronaldo e Mourinho, neste caso, partilham este desdém como partilham com inteira justiça o facto de serem os melhores do mundo.
Talvez por isso a resposta de Mourinho, na véspera da final da Liga dos Campeões, à pergunta do jornalista tuga (como não podia deixar de ser - foi tão rápida e acertiva. Perguntava o repórter "se conquistar a Liga dos Campeões, a vitória será de todos os portugueses?". "Não", disparou José. "Alguns portugueses torcem para que eu ganhe e outros torcem para que eu perca. Os que estão comigo, estão comigo; os que não estão... não estão". Melhor que um livre tomahawk do Ronaldo.
A verdade é esta: da mesma forma que adoramos a desgraça dos portugueses que dão nas vistas, estamos mortinhos à espera que a selecção falhe redondamente os objectivos. Se ganhar um jogo, estarão dezenas de mirones informativos à frente dos quiosques no dia seguinte. Se perder um jogo, serão ainda mais os interessados, espumando-se de contentamento, especados à frente das primeiras páginas de todos os diários nacionais. É isto, o ser-se português.
sexta-feira, junho 11, 2010
ODIOZINHOS DE ESTIMAÇÃO
Esta coisa de Portugal criar opinion makers como se o assunto não fosse sério, assume proporções desastrosas quando nos deparamos com indivíduos que claramente nada têm a dizer de interressante. Tal é o caso de Valter Hugo Mãe - o senhor escreve o seu nome como quer, eu escrevo como deve ser. Nunca li nada que o senhor tivesse escrito, e tenho consciência que o princípio da sua fama e respeito, foi precisamente a literatura. No entanto, já vi suficientes intervenções suas em programas de televisão para perceber que dali não virá nada de significativamente importante ao mundo. Para além disso, um tipo que tem nome de emigrante na Venezuela, não me transmite grande capacidade intelectual - que me desculpem os emigrantes.
Criatura que também não aporta nada de bom ao mundo - especialmente ao mundo da comunicalção e entretenimento - é o senhor que se segue. Nuno Graciano, de seu nome, assombra a SIC há já demasiados anos, sem que ninguém no canal de Carnaxide, pareça importar-se com a sua gritante falta de nível. O programa que apresenta ao Sábado à noite, no entanto, já lhe garantiu que, caso algum dia, alguém minimamente inteligente resolva despedi-lo, consegue emprego em qualquer feira a vender meias brancas com raquetes de ténis. O homem berra...
Criatura que também não aporta nada de bom ao mundo - especialmente ao mundo da comunicalção e entretenimento - é o senhor que se segue. Nuno Graciano, de seu nome, assombra a SIC há já demasiados anos, sem que ninguém no canal de Carnaxide, pareça importar-se com a sua gritante falta de nível. O programa que apresenta ao Sábado à noite, no entanto, já lhe garantiu que, caso algum dia, alguém minimamente inteligente resolva despedi-lo, consegue emprego em qualquer feira a vender meias brancas com raquetes de ténis. O homem berra...
quinta-feira, junho 10, 2010
GIFTED UNLIMITED RHYMES UNIVERSAL
Acabo de perceber que ando realmente demasiado ocupado. Um dos meus ídolos musicais da adolescência morreu no passado dia 19 de Abril e só o soube hoje, e porque um dos meus irmãos, também fã de Hip-Hop, mo disse.
GURU, figura maior do movimento Hip-Hop East Coast, fundador dos Gang Starr e mentor do projecto Jazzmatazz, vítima de cancro aos 49 anos. É triste, como é sempre, saber que não volto a ouvir as suas produções meticulosas, harmoniosas e (como disse o meu irmão) plenas de flow.
GURU, figura maior do movimento Hip-Hop East Coast, fundador dos Gang Starr e mentor do projecto Jazzmatazz, vítima de cancro aos 49 anos. É triste, como é sempre, saber que não volto a ouvir as suas produções meticulosas, harmoniosas e (como disse o meu irmão) plenas de flow.
terça-feira, junho 08, 2010
LES CONCERTS À EMPORTER / BLACK CAB SESSIONS - JAMIE LIDELL
Já não é surpresa nenhuma, a qualidade de Jamie Lidell. Ainda assim, ver o que ele e músicos que o acomapnham fizeram pelas ruas de Paris e num taxi londrino, é um prazer que ultrapassa o universo dos amantes da boa música...
Jamie Lidell - A Take Away Show from La Blogotheque on Vimeo.
Jamie Lidell from Black Cab Sessions on Vimeo.
Etiquetas: BLACK CAB SESSIONS, LES CONCERTS À EMPORTER
CORRECÇÃOZINHA
Afinal parece que a música que tanto me arrepia nos trailers de "Inception" não é de Hans Zimmer, mas sim de Vitaliy Zavadskyy, que divide a banda sonora com o compositor alemão. Correcção feita, venha de lá esse filme, caraças!
segunda-feira, junho 07, 2010
INCEPTION TRAILER NR. 3
A cada trailer novo que sai do novo filme de Christopher Nolan, o entusiasmo aumenta e fico cada vez mais impressionado com aquilo que deve ser a maior comidela de cabeça do ano. Para além disso, posso estar muito enganado quanto à qualidade do filme, mas há uma certeza que já ninguém me tira: esta será a melhor banda sonora que Hans Zimmer alguma vez compôs.
SUPER 8
É que nem em sinto mal por só agora ter descoberto este objecto, no mínimo, de fazer crescer água na boca. Senhoras e senhores, o segredo mais bem guardado do ano, produzido por Steven Spielberg e realizado por J. J. Abrams e que já pôs meio mundo cibernético desesperado à procura de pistas, explicações, teorias e a ver coisas onde elas não existem...
sexta-feira, junho 04, 2010
TERRORISMO
Da extensa definição de "terrorismo", importa reter logo a primeira frase, que diz que "Terrorismo é uma estratégia política, por excelência, que consiste no uso de violência, física e física/psicológica e psicológica, em tempos de paz ou guerra não-declarada". Porque foi isso que o Governo Israelita fez ao atacar os barcos com ajuda humanitária que reumavam à bloqueada Faixa de Gaza. Muitos dirão que os barcos deveriam ter cumprido as ordens israelitas que os mandavam nem sequer deixar o porto cipriota de onde zarparam. No entanto, convém explicar que o bloqueio que essas mesmas embarcações tentavam furar é mais uma tremenda ilegalidade e violação dos direitos humanos perpetrada por Israel.
Pouco há a dizer sobre os acontecimentos do dia 31. E chega a ser ridículo o suposto esforço levado a cabo pela ONU; como é ridículo ver tantos países e organizações a exigirem pesquisas, levantamentos e processos de investigação quando se sabe, desde logo, que não vão levar a coisa nenhuma. Foi Israel que fez o que fez e não há nada que possa ser dito quanto a isso. Sanções? Não me façam rir. No fundo estão-se todos nas tintas para o que aconteceu.
Pouco há a dizer sobre os acontecimentos do dia 31. E chega a ser ridículo o suposto esforço levado a cabo pela ONU; como é ridículo ver tantos países e organizações a exigirem pesquisas, levantamentos e processos de investigação quando se sabe, desde logo, que não vão levar a coisa nenhuma. Foi Israel que fez o que fez e não há nada que possa ser dito quanto a isso. Sanções? Não me façam rir. No fundo estão-se todos nas tintas para o que aconteceu.