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Bom Karma... ou não!

terça-feira, julho 22, 2008

BLAH, BLAH, BLARGH!

- O engenheiro Sócrates que andou numa mini tournée por dois dos melhores ditadores africanos da actualidade – José Eduardo dos Santos e Mouammar Kadhafi – é o mesmo engenheiro Sócrates que recusou receber o Dalai Lama com um “desculpe lá mas veio em má hora”. É compreensível. As sequelas de se recusar um encontro com homens do calibre do angolano e do líbio podem ser severas. O fornecimento de petróleo ameaçado, o bloqueio ao envio de técnicos de construção civil / jogadores da bola para as grandes obras planeadas pelo actual executivo e a perda da reserva no Spa do hotel Meridien em Luanda seriam algumas das contrapartidas negativas de uma decisão dessas.
Já quanto ao animado Kadhafi a coisa podia mesmo ser mais séria, embora simples. Um pequeno engenho explosivo no bolso de um vendedor de tapetes à porta do escritório do nosso primeiro e o assunto ficava resolvido num tirinho.Sinceramente, que risco há em mandar o Dalai às urtigas? O que é que ele pode fazer? Chatear-nos até à morte com umas rezas e umas cantilenas? Obrigar-nos a comer francesinhas vegetarianas? Dar-nos a beber o tão famoso chá de manteiga de Iaque, tão típico daquelas paragens tibetanas?

- Assumindo desde já ser um perfeito leigo no que ao código penal diz respeito, gostava tremendamente que me esclarecessem uma dúvida.Há um processo que demora mais de quatro anos a ser resolvido, que gasta aos cofres do estado uns valente milhares de euros, que envolve mais de duas dezenas de arguidos e que tem o seguinte desfecho: prova-se a culpa da maior parte dos acusados mas estes não vão presos. Chama-se pena suspensa e deve ser a maior invenção da história da lei.E eu pergunto: se os arguidos não tivessem fortes ligações à politica local e nacional, ligações à gestão de empresas com algum peso, como a Metro do Porto, ligações bastante promíscuas com dirigentes desportivos e consequentemente com magistrados, outros políticos e outros empresários locais e nacionais, e finalmente, se não se chamassem Major, será que a pena também seria suspensa?

- O vereador da CDU da câmara do Porto disse que “Rui Rio devia demolir o Bairro do Aleixo mas sem desalojar os moradores”. Ora, já não me lembro de concordar com um político desde que o Durão Barroso decidiu abandonar o cargo de Primeiro-Ministro. Concordo e ainda sugiro: deviam fazê-lo na noite de 24 de Dezembro. Dessa forma garantiam que toda a gente estava nas suas casas no momento da derrocada e resolviam dois problemas de uma assentada.



- O presidente da Câmara de Loures disse à imprensa que das famílias ciganas que se plantaram no jardim da autarquia, somente três têm a renda em dia, e que practicamente nenhuma tem as contas de água regularizadas, o que me leva a crer que foram os gajos da SMAS que vandalizaram os seus apartamentos. Espanta-me é que os proprietários dos tais apartamentos não se queixem do desaparecimento de droga e das falsificações Dolce & Gabbana e afins que estavam guardadas nos armários da cozinha.

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1 Comments:

  • At 15:51, Blogger André Ruivo said…

    Amigo. Passei por aqui para te deixar um abraço e não pude deixar comentar este post.

    Então tu queres proibir o Zé Só de visitar o Zé Du e o Mo Ka? Porquê? Tu não brincavas com pretos e monhés quando eras pequenino? Eu brincava! E ainda comia as chamuças e as moambas que as mães deles faziam!

    Quanto ao Major, esse senhor devia estar preso há muito tempo. E nem era preciso haver julgamento. Qualquer pessoa com bom-senso seria capaz de ter, lá está, o bom-senso, de proferir o veredicto mais justo. Prisão perpétua.

    As famílias ciganas era realojá-las no Bairro do Aleixo. Antes da demolição, claro.

    Beijinhos!
    Ruivo

     

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