BAT, BAT LEVEMENTE...
Já há muito tempo que não cedia à tentação de falar de um filme antecipadamente, mas a verdade é que ainda "The Dark Knight" não estreou - ou está acabadinho de estrear em alguns países - e já a histeria em torno do filme é completa. O 6º(!) capítulo da saga Batman está a criar - já vinha criando - uma imagem de filme-culto, graças não só a Heath Ledger, e a todo o peso que a morte do jovem actor lançou sobre esta sua última personagem, mas também graças a um ambiente pouco tipico dos filmes de super-heróis. É Nuno Markl quem me parece defini-lo melhor quando, no seu site, o descreve como "complexo drama criminal capaz de ombrear com coisas como Heat, de Michael Mann". E a verdade é que os tais seis minutos iniciais do filme de Christopher Nolan não têm nada a ver com nenhum outro filme de super-heróis e muito menos com os restantes episódios da saga do Homem-Morcego.
(o ecrã é grande de mais para a minha paginazinha, mas eu faço o sacrifício)
Este prólogo, de que tanta gente fala com entusiasmo, é cinema adulto, sério, filmado com uma dinâmica e um cuidado cirúrgicos, e que foge radicalmente daquele estilo galhofeiro que até a chegada de "Batman Begins" - a primeira incursão de Nolan nas aventuras do herói - tinha dominado a série. Porque a verdade é que nem Tim Burton nem Joel Schumacher tinham abordado o universo de Batman como ele realmente é, negro, doentio, violento e, vá, eticamente nada correcto. Nolan aproximou-se timidamente desse mundo na sua primeira aventura aos comandos da saga e parece agora dar um passo mais no sentido de finalmente filmar um super-herói que foi criado para ser visto por adultos. Pessoalmente não tenha nada contra os dois filmes que Burton realizou - a não ser a escolha improvável e desastrada de Michael Keaton para o papel de Bruce Wayne/Batman - e considero mesmo o segundo capítulo, "Batman Returns", como o melhor de todos. No entanto, a escuridão de Batman faz falta a quem se habituou a ler a banda desenhada, especialmente quando nos apresentam um Joker idiota como o que Jack Nicholson desempenhou logo no filme de abertura e que, qualidades do actor à parte, era uma caricatura demasiado ridícula para fazer justiça a uma das personagens mais retorcidas e doentias da história da banda desenhada americana. Este Joker, o de Heath Ledger, parece ser a derradeira aproximação ao eterno inimigo de Batman. Para além disso - e nunca saberemos se motivado ou não pela morte prematura do actor - não são poucas as vozes que anunciam já uma nomeação póstuma para o Oscar de melhor actor. Ou seja, mais uma razão para fazer deste filme um dos mais aguardados da temporada. Pela parte que me toca, o trailer tinha já sido suficiente para me deixar em pulgas. Os seis minutos do prólogo, e que fiquei a conhecer graças ao Nuno Markl, deixaram-me de boca à banda, e já os revi para aí 256 vezes.
Apetecia-me já começar a falar da extraordinária interpretação de Ledger, mesmo sem ter visto o filme, mas vou-me conter e esperar pela estréia. Mas não é coisa fácil de se fazer...
(o ecrã é grande de mais para a minha paginazinha, mas eu faço o sacrifício)
Este prólogo, de que tanta gente fala com entusiasmo, é cinema adulto, sério, filmado com uma dinâmica e um cuidado cirúrgicos, e que foge radicalmente daquele estilo galhofeiro que até a chegada de "Batman Begins" - a primeira incursão de Nolan nas aventuras do herói - tinha dominado a série. Porque a verdade é que nem Tim Burton nem Joel Schumacher tinham abordado o universo de Batman como ele realmente é, negro, doentio, violento e, vá, eticamente nada correcto. Nolan aproximou-se timidamente desse mundo na sua primeira aventura aos comandos da saga e parece agora dar um passo mais no sentido de finalmente filmar um super-herói que foi criado para ser visto por adultos. Pessoalmente não tenha nada contra os dois filmes que Burton realizou - a não ser a escolha improvável e desastrada de Michael Keaton para o papel de Bruce Wayne/Batman - e considero mesmo o segundo capítulo, "Batman Returns", como o melhor de todos. No entanto, a escuridão de Batman faz falta a quem se habituou a ler a banda desenhada, especialmente quando nos apresentam um Joker idiota como o que Jack Nicholson desempenhou logo no filme de abertura e que, qualidades do actor à parte, era uma caricatura demasiado ridícula para fazer justiça a uma das personagens mais retorcidas e doentias da história da banda desenhada americana. Este Joker, o de Heath Ledger, parece ser a derradeira aproximação ao eterno inimigo de Batman. Para além disso - e nunca saberemos se motivado ou não pela morte prematura do actor - não são poucas as vozes que anunciam já uma nomeação póstuma para o Oscar de melhor actor. Ou seja, mais uma razão para fazer deste filme um dos mais aguardados da temporada. Pela parte que me toca, o trailer tinha já sido suficiente para me deixar em pulgas. Os seis minutos do prólogo, e que fiquei a conhecer graças ao Nuno Markl, deixaram-me de boca à banda, e já os revi para aí 256 vezes.
Apetecia-me já começar a falar da extraordinária interpretação de Ledger, mesmo sem ter visto o filme, mas vou-me conter e esperar pela estréia. Mas não é coisa fácil de se fazer...
1 Comments:
At 17:15, Anónimo said…
e bilhetes para a ante-estreia, não se arranjam?... isso é que era... :)
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