BLAH, BLAH, BLAH...
Honestamente não acredito que possa ser Manuela Ferreira Leite a
alternativa de governo a Sócrates. E nem sequer acredito que a mulher leve de vencido o actual primeiro-ministro. A senhora não tem força – pese embora insista naquele ar austero e levemente rude – nem imagem políticas para ocupar um qualquer cargo de relevância. É feia, tem um penteado levemente parecido com uma peruca por pentear e veste-se tal e qual como a Margaret Thatcher nos idos anos oitenta. Ferreira Leite é uma política do antigamente, empoeirada, cinzenta, ortodoxa – antiquada, até – e que me parece sinceramente não ter argumentos para conquistar o eleitorado. Olho para ela e parece-me uma figura saída directamente dos tempos rígidos da URSS.Não melhor, mas por outras razões, é precisamente o antigo líder do PSD, Luís Filipe Menezes, que continua apostado em ficar para a história política do país como coitadinho, perseguido, traído, incompreendido e que demonstra, sempre que abre aquela boca desgraçada, que claramente não foi feito para o mundo em que se meteu.
Quando abandonou o cargo para o qual foi eleito, e depois de ter por diversas vezes feito queixinha daqueles que, dentro do próprio partido, teimavam em atacá-lo, afirmou peremptoriamente que continuaria a ajudar o PSD sem cair no erro dos seus detractores, ou seja, ninguém o ouviria a atacar a nova liderança laranja. Pois bem, o homem não se cansa de fazer outra coisa que não criticar Ferreira Leite e outros nomes maiores do PSD, demonstrando, cada vez com mais veemência, que é um menino chorão, habituado a fazer birrinhas, e que é capaz de prender a respiração até ficar azul, para conseguir o chupa-chupa que o paizinho não lhe deu.
Nos antípodas de todo este lixo está um senhor, chamado José Mário Branco, e que do alto de toda a sua legitimidade social e política, mostrou, numa entrevista ao Rádio Clube, ontem de manhã, a verdadeira dimensão da sua desilusão. Desilusão com os políticos e governantes portugueses e também com os partidos, nomeadamente com os de esquerda, PCP e Bloco de Esquerda – que ajudou a fundar. Mário Branco contou alguns episódios interessantes do PCP no pré-25 de Abril, especialmente um quem me deixou boquiaberto, e que deu a saber que o PCP, por alturas da guerra colonial, incentivou os seus jovens membros a irem para a frente de batalha de maneira a poderem espalhar a palavra revolucionária comunista. A ideia, insana e aproveitadora, contribuiu para que, entre desertores, refractários e jovens fugidos à inspecção militar, só em França fossem oitenta mil, os exilados portugueses. Desapontado com uma certa burguesia anafadamente instalada nos mais altos organismos dos partidos com que mais se identificava, José Mário Branco virou costas à política. Certo dia, mais concretamente no último comício do Bloco em que participou, afirmou “nunca deixei nenhum partido. Os partidos é que me deixaram a mim”. Quer-me parecer que os políticos portugueses ainda não perceberam que o mesmo se está a passar com a maior parte do povo que deviam servir e representar.
Entretanto, cientistas no CERN realizaram aquela que já foi considerada como a maios experiência científica da história, ao simularem um micro Big Bang no maior acelerador de partículas do mundo. Ao mesmo tempo bateram dois recordes mundiais: foi a maior concentração de geeks da história da humanidade, e o maior número de «homens que já não vêem uma mulher nua há mais de dez anos» de sempre.
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