Ontem vi o início e o final do meu filme preferido - Seven, de David Fincher - e só por motivos de força maior não me colei ao ecrã as quase duas horas que ficam pelo meio.
Nunca me canso dele, e fico sempre maravilhado. No entanto, ontem dei por mim a pensar que era menino para vender a minha alma ao diabo – entidade sempre presente ao longo do filme – pela possibilidade de voltar a sentir o impacto que é ver esta obra prima pela primeira vez. Lembro-me perfeitamente da crescente sensação de pressão no peito que me acompanhou na longa e incrível sequência final. Acho que cheguei a sentir medo, ou pelo menos a mesma apreensão que a dada altura é mais do que evidente nos rostos dos dois detectives – Brad Pitt e Morgan Freeman. Digam o que disserem, raramente alguém terá conseguido filmar sentimentos retorcidos e doentios como Fincher o fez neste filme. O incómodo que é imaginar alguém amarrado a uma cama durante um ano inteiro, alimentado a medicamentos e lentamente a enlouquecer, é demasiado para estômagos menos preparados, e essa cena – uma das mais bem realizadas que vi até hoje – transmite impecavelmente e em doses perfeitas, o suspense, o nervosismo miúdo e o horror da situação. Para além de que todo este ambiente pesado e incomodativo está bem presente desde o genérico inicial, que imediatamente nos coloca em sentido e nos faz pensar que estamos num sítio onde não queriamos nada estar...
Tenho o DVD lá em casa, e vou-me obrigar a vê-lo novamente. Com calma e atento, mais uma vez, a todos os pormenores.
O genérico
A cena de perseguição brutal
A sequência final
2 Comments:
At 22:11, pinkpoetrysoul said…
tenho esse dvd mesmo aqui ao lado e nc tive curiosidade de ver...mas já que é tua sugestão e tens bom gosto, vou assistir no fim de semana =p beijinho!!
At 15:17, Henrique da Silva said…
Eu até tava a acreditar no teu bom gosto relativamente a 7ªarte, mas depois que vi o teu bigodinho... perdi as esperanças ;)
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