Eu sou tão pequenino nas mãos das memórias dos outros.
E a minha própria memória atraiçoa-me e faz-me esquecer aquilo que já aprendi. Que as pessoas só se lembram de nós como querem. E somos compartimentados em frascos, em prateleiras, em armários, fechados num quartinho de dois por dois, e apanhamos pó.
Só servimos para algumas coisas e não para todas as coisas. "Podes ir aqui, mas ali já não podes"; "hoje vens, mas amanhã não pode ser, tenho cá amigos"; "gostava muito que viesses, mas não conheces ninguém..."; "não aprecio misturas".
E a amizade, aquilo que eu mais respeitava e apreciava - para lá de ser conversinha estereotipada de menina que acaba de ser coroada Miss Universo, "aquilo que mais admiro no mundo é a amizade e o amor" -, começa a assumir contornos algo tristes e a mostrar-me que afinal as coisas não eram bem como me foram ensinadas.
5 Comments:
At 10:38, Carlos said…
Um abraço.
At 17:27, Anónimo said…
Olá!!! A anonima chama-se Marta... Só te queria dizer que adoro os teus textos, tanto o conteúdo como a maneira que escreves, a liberdade e frontalidade, gosto mesmo. E apesar de ser anonima e não me conheceres de lado nenhum, leio os teus textos e tenho a sensação que te conheço à muitos anos... Não sei porquê... Mas esquece só digo asneiras...
Continua a escrever neste espeço maravilhoso...
At 08:29, karmatoon said…
Olá Marta, espero que voltes a esta caixa de comentários e que leias isto. Contacta por mail!!!
És a primeira anónima que dá a cara - ou pelo menos, o nome - e isso é motivo para uma celebração.
karmatoon@gmail.com
At 17:37, Anónimo said…
Olá, sou o Rodrigão, sou homossexual e não pude deixar de reparar que deixaste aí o teu mail. Assim, vou-te encher a caixa de correio com fotos do meu barsápio.
Cumprimentos
Rodrigão
At 17:38, Anónimo said…
ERRATA do comentário anterior:
Onde se lê "...do meu barsápio", deve-se passar a ler "...do meu barsápio untado com óleos"
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