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Bom Karma... ou não!

quarta-feira, janeiro 04, 2006

Amor, «Paixão»...



Em resposta ao comentário de AT, ocorre-me dizer o seguinte:

Não. Amor e paixão não são mesmo nada a mesma coisa.
A paixão é uma coisa única. Não se sente por várias pessoas simultaneamente. É focalizada, objectiva, direccionada apenas a um indivíduo - em situações normais, pois claro.
A paixão provoca em nós dores e dissabores. Mas nada sabe melhor do que a vertigem da paixão.
As tonturas que sentimos ao ver ou sentir, ou mesmo ao pensar no objecto da nossa paixão.
Ou seja, na minha opinião, a paixão é músculo, pele, cheiros, sons, enfim...

Acho que não consigo deixar aqui todos os ingredientes que fazem da paixão o que eu sinto que ela seja.

O amor...
O amor é e será sempre um mistério.
Indefinível. Mesmo pelos que dominam as artes da filosofia, da escrita, da poesia.
Shakespeare, ele mesmo, não tentou sequer explicar o que é o amor. Mostrou-o a todos os que viram, por exemplo, "Romeu e Julieta". Mas nem sequer teve a veleidade de tentar defini-lo.
Isso, garantidamente, não me parece tarefa possivel de ser concretizada.
Sei sim que o amor pode ser sentido por diversas pessoas simultaneamente.
"Amores diferentes" dirão alguns. Certo, mas amor(es) na mesma.
Sei sim que o amor por uma namorada ou mulher tem para mim um prazo de validade que, sendo incerto e incalculável, me parece mais frágil do que o amor por um amigo. Esse tem um instinto de sobrevivência mais feroz. À prova de bala.
Já não falando sequer no amor que sentimos pelos nossos pais e irmãos, parentes mais próximos, portanto. Esse está salvaguardado logo à partida - também em situações normais, claro.

Conclusão, são coisas completamente distintas mas que se complementam de uma forma incrível. E esse complemento faz, realmente, toda a diferença.
No entanto acredito que a paixão pode sobreviver sem o amor.
Garanto-vos, contudo, que o amor não sobrevive de modo algum sem a paixão. É o seu combustível, o seu alimento.

A paixão é alegria, infantilidade, tontura.
O amor é bonito, grave, triste.
Mas não acredito na eternidade de ambos os sentimentos.
Aí sim, são iguais.

6 Comments:

  • At 13:40, Blogger Carlos said…

    Este blog está a ficar muito maricas.
    Não é que não goste (o que é estranho), mas constato-o com alguma apreensão.
    Se continua assim, vou deixar de o visitar e dedicar-me por inteiro à minha colecção de roupas à Village People.

     
  • At 13:47, Blogger karmatoon said…

    Et tu, Brutus?

     
  • At 16:49, Anonymous Anónimo said…

    Então e quando somos amigos (muito) dos nossos maridos ou esposas? Onde fica essa validade?

    Sabes que mais?
    Balelas! balelas, tentarmos esmiuçar as vicissitudes do amor ou da paixão, por amigos ou amantes. O que realmente importa é senti-los... (no sítio! os sentimentos, lógico)

    Pronto! Agora já podes escrever sobre algo... proíbo-te é de te juntares ao sr. de cima e começares a dissertar sobre os village People.
    Beijos aos 2

    Chilango Power

     
  • At 17:51, Blogger karmatoon said…

    A validade fica precisamente na palavra "amigos". O amor acaba, invariavelmente. Mas a amizade, essa, só acaba se não houver vontade de continuar.
    Por isso não percebo a tua questão...

     
  • At 18:02, Anonymous Anónimo said…

    O amor também acaba quando, de alguma forma, de um lado ou do outro, já não houver vontade de continuar!

    Que jantaste, ontem?

    Chi

     
  • At 19:34, Blogger Red Janequinha said…

    É tão bom sentires que amas alguém.... ou mesmo que estás apaixonado... E para mim não há amor sem paixão (no que diz respeito a namoros e casamentos)... mesmo quando somos amigos só existe amor juntamente c paixão, são dois ingredientes que não encontram significado separados... Tanto na amizade como nos namoros!
    Pronto, pronto....já me confundi toda... vÊs não há resposta certa para isso! Porque cada um de nós o sente de forma diferente!
    VAMOS APENAS SENTI-LO QUE É MAIS FÁCIL... OU NÃO

    Beijos
    Janeca

     

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