BLAH, BLAH, BLAH
Os comunistas - e esquerdistas em geral, já agora - que são irremediavelmente e eternamente chipados, defendem o paraíso social, económico e político que é Cuba. Segundo eles não existem dificuldades de maior na ilha de Fidel e a populaça segue a sua vidinha feliz e despreocupada, sem fazer ondas e ao som da Salsa.
Tenho de lhes dar razão: não é qualquer país que de um momento para o outro se vê livre de meio milhão de funcionários públicos. Aliás... acho que só mesmo Cuba o conseguiria fazer.
Estavamos tão habituados aos conforto do capitalismo/consumismo que nos esquecemos de que mais dia menos dia o monstro nos iria ferrar. As convulsões sociais um pouco por todo o mundo, mas por estes dias com particular incidência na Europa, reflectem o choque popular. Alguns apontam a falência do Socialismo, outros falam de previsível queda do capitalismo e outros ainda riem-se do falhanço do comunismo. A verdade é esta: após tantos séculos, a sociedade dita ocidental ruíu. Pode não parecer, afinal a coisa vista ao longe continua bonita e reluzente. É quando se desce às ruas e se entra em casa das famílias e nas fábricas e empresas que se percebe que a fruta por dentro está um nojo. E já não há volta a dar. O prazo de validade foi ultrapassado.
As novas tecnologias ganharam. As novas tecnologias e as novas ferramentas disponibilizadas pelas novas tecnologias. A maior parte da população utilizadora destas chamadas novas tecnologias, no entanto, não se aventura a usar ferramentas realmente úteis à sua vida social e profissional. Ou seja, usam o que de mais fútil estas tecnologias providenciam e pronto, estão totalmente servidos e satisfeitos. O profético filme "Exterminador Implacável", de 1984, falava de um futuro governado pelas máquinas e de uma humanidade escravizada. Acho sinceramente que esse futuro já é uma realidade. Há dias um professor na minha faculdade não conseguíu dar a aula por se ter esquecido do seu computador portátil e assumiu sorrindo que estava tão dependente da máquina que já nem andava com papel e caneta... Seria interessante alguém escrever uma tese sobre o que aconteceria à humanidade se, de um dia para o outro, todas estas novas tecnologias deixassem misteriosamente de funcionar. De uma coisa tenho a certeza: voltavamos a ser mais inteligentes e racionais. E menos fúteis.
Por falar em futilidade: tenho Facebook, como quase toda a gente no mundo, à excepção de uma tribo no Quénia profundo, e sincera e obviamente, não lhe dou a importância que a maioria das pessoas dá. E isso nota-se na forma como o utilizo, ao ponto de há dias algém me ter dito, com uma pontinha a estranheza, "tu não usas muito aquilo, pois não?". Toda a gente sabe tudo de toda a gente, mesmo que não se conheçam lá muito bem. A semana passada, também na minha faculdade, e quando uma determinada moça não respondeu à chamada do professor - sim, o imbecil ainda usa o método da chamada individual - logo duas ou três vozes gritaram "está em ERASMUS", mesmo não a conhecendo particularmente. Porquê? Porque o facto estava escarrapachado no Facebook da moça em questão. Eu sei, o meu blog informa muitas vezes pormenores da minha vida pessoal. No entanto o meu blog é como um programa de rádio, nunca sei para quem estou a escrever ou se estou a escrever para alguém. Uma página de uma rede social - Facebook, Twitter e outras - é clara e assumidamente a primeira página de um jornal pessoal e individual que se sabe, vai ser lido por milhares de pessoas. Nesse sentido não percebo a necessidade das pessoas diariamente nos informarem do seu estado de espírito, afazeres ou frustrações. São só pequenas frases, mas que me deixam num estado de irritação irreparável...
Tenho de lhes dar razão: não é qualquer país que de um momento para o outro se vê livre de meio milhão de funcionários públicos. Aliás... acho que só mesmo Cuba o conseguiria fazer.
Estavamos tão habituados aos conforto do capitalismo/consumismo que nos esquecemos de que mais dia menos dia o monstro nos iria ferrar. As convulsões sociais um pouco por todo o mundo, mas por estes dias com particular incidência na Europa, reflectem o choque popular. Alguns apontam a falência do Socialismo, outros falam de previsível queda do capitalismo e outros ainda riem-se do falhanço do comunismo. A verdade é esta: após tantos séculos, a sociedade dita ocidental ruíu. Pode não parecer, afinal a coisa vista ao longe continua bonita e reluzente. É quando se desce às ruas e se entra em casa das famílias e nas fábricas e empresas que se percebe que a fruta por dentro está um nojo. E já não há volta a dar. O prazo de validade foi ultrapassado.
As novas tecnologias ganharam. As novas tecnologias e as novas ferramentas disponibilizadas pelas novas tecnologias. A maior parte da população utilizadora destas chamadas novas tecnologias, no entanto, não se aventura a usar ferramentas realmente úteis à sua vida social e profissional. Ou seja, usam o que de mais fútil estas tecnologias providenciam e pronto, estão totalmente servidos e satisfeitos. O profético filme "Exterminador Implacável", de 1984, falava de um futuro governado pelas máquinas e de uma humanidade escravizada. Acho sinceramente que esse futuro já é uma realidade. Há dias um professor na minha faculdade não conseguíu dar a aula por se ter esquecido do seu computador portátil e assumiu sorrindo que estava tão dependente da máquina que já nem andava com papel e caneta... Seria interessante alguém escrever uma tese sobre o que aconteceria à humanidade se, de um dia para o outro, todas estas novas tecnologias deixassem misteriosamente de funcionar. De uma coisa tenho a certeza: voltavamos a ser mais inteligentes e racionais. E menos fúteis.
Por falar em futilidade: tenho Facebook, como quase toda a gente no mundo, à excepção de uma tribo no Quénia profundo, e sincera e obviamente, não lhe dou a importância que a maioria das pessoas dá. E isso nota-se na forma como o utilizo, ao ponto de há dias algém me ter dito, com uma pontinha a estranheza, "tu não usas muito aquilo, pois não?". Toda a gente sabe tudo de toda a gente, mesmo que não se conheçam lá muito bem. A semana passada, também na minha faculdade, e quando uma determinada moça não respondeu à chamada do professor - sim, o imbecil ainda usa o método da chamada individual - logo duas ou três vozes gritaram "está em ERASMUS", mesmo não a conhecendo particularmente. Porquê? Porque o facto estava escarrapachado no Facebook da moça em questão. Eu sei, o meu blog informa muitas vezes pormenores da minha vida pessoal. No entanto o meu blog é como um programa de rádio, nunca sei para quem estou a escrever ou se estou a escrever para alguém. Uma página de uma rede social - Facebook, Twitter e outras - é clara e assumidamente a primeira página de um jornal pessoal e individual que se sabe, vai ser lido por milhares de pessoas. Nesse sentido não percebo a necessidade das pessoas diariamente nos informarem do seu estado de espírito, afazeres ou frustrações. São só pequenas frases, mas que me deixam num estado de irritação irreparável...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home