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Bom Karma... ou não!

sábado, setembro 18, 2010

PARA AS MULHERES TODO O SEXO É UMA DOR DE CABEÇA


Qualquer tema é um bom tema para uma crónica, especialmente um idiota. Vai daí...




As redes sociais - o que hoje em dia é o mesmo que dizer o Facebook - deram tempo de antena a um vídeo, intitulado "O Que As Mulheres Realmente Querem", realizado a partir de uma crónica de uma tal Ana Anes, que versava o minete e a incapacidade dos homens fazerem sexo oral em condições. Devo começar por dizer que o dito vídeo, interpretado por algumas mulheres num registo de estou conscientemente e por vontade própria a falar para uma câmara, é mau desde logo porque é mal realizado e mal interpretado. Ora como é sabido, qualquer objecto audiovisual que é mal feitinho, perde imediatamente qualquer hipótese de ser credível enquanto tal.

Para lá das razões técnicas que o inviabilizam, o vídeo tem como ponto de partida um texto escrito por uma mulher autora, igualmente, de um livro de crónicas intitulado "7 Anos de Mau Sexo". Ora bem, não tive oportunidade de ler o livro, mas pude assistir a uma conversa com Ana Anes num programa televisivo, a semana passada e a conclusão que tirei desses breves minutos é que a mulher teve sete anos de mau sexo porque é absolutamente desinteressante - a todos os níveis desculpem-me a futilidade - e um compêndio dos piores chavões relacionados com sexo.


E o vídeo é isso mesmo, um exemplo de como as mulheres - algumas, pelo menos - ainda acreditam nestes chavões. Sinceramente, estou convencido de que ainda há muitos homens que pura e simplesmente não sabem como fazer sexo. Da mesma forma que acredito que existem inúmeras mulheres que também não sabem. A diferença? As revistas de mulheres não fazem capas com o assunto ou fazem-no de forma inteligentemente disfarçada de "como dar prazer", "as regras de ouro para uma noite inesquecível" e outra trapalhadas do género. Trapalhadas que as mulheres engolem alegremente. Curiosamente não engolem muito mais que isso, já que o preconceito sexual é ainda uma das suas maiores especialidades. Mas já lá vamos...

Portanto, o tema do vídeo em questão era esse objecto de culto e que tantas vezes serve de arma de arremesso pelas mulheres, o minete. Segundo Ana Anes, e segundo a realizadora, os homens não o sabem fazer, são desastrados, trapalhões e muito descuidados quando chega a hora de meter a cara no meio das pernas de uma mulher e deitar a língua de fora. Basicamente não sabem o que fazer nessa situação. E até pode ser verdade, razões para que isso seja assim não são poucas. Podem simplesmente não ter jeito para a coisa, estar ansiosos porque leram as mesmas revistas que as mulheres ou porque já só pensam é no momento seguinte em que se lançam sobre a desgraçada e aproveitam o facto das pernas já estarem afastadas.

Mas será que elas sabem realmente fazer um broche, esse objecto de culto masculino, tantas vezes usado como arma de arremesso pelas mulheres? É que não sabem. Não sabem e, quero crer, nem se interessam por saber - não todas, obviamente. Para muitas mulheres o broche é algo de estranho e misterioso. Tão misterioso e desconhecido como o pénis, esse OVNI do qual ignoram o funcionamento ou utilidade. Para além disso existe uma condicionante bastante séria e que podia ser medida com um simples levantamento popular: o factor nojo.

Perguntem a mil homens se têm nojo da vagina e perguntem a mil mulheres se têm nojo do pénis e comparem as respostas. Nessa comparação reside o argumento substanciado nesta crónica. Homens há que são terríveis na cama, da mesma forma que algumas mulheres não fazem ideia de como do the nasty, por muitas revistas que leiam. As razões, essas, são bastante diferentes, mas a verdade é que há GENTE que não sabe fazer sexo e ponto final.

O problema - um triste problema - é que esta questão da liberdade sexual das mulheres; da sua vontade assumida e apetite declarado, é usada indiscriminadamente como bandeira da igualdade de géneros. Para chegarem lá, atacam os homens e a sua inabilidade sexual à laia de "toma lá e embrulha" e nem param para pensar que provavelmente elas próprias já nem sabem, ou nunca souberam, distinguir o sexo inesquecível do sexo para esquecer. E dispõem-se a fazer as figuras mais tristes em frente a uma câmara e a dar corpo a um mito urbano, que para além de ser tristemente ridículo, esconde problemas bem mais chatos.

Apesar de tudo, o mundo cor-de-rosa das mulheres será sempre forrado a "Sexo e a Cidália", Ana Anes e as suas patacoadas, feminismos exacerbados e revistas que são escritas como aqueles antigos romances de pacotilha. Honestamente? Fodam mais e falem menos. Muito menos.







1 Comments:

  • At 13:07, Blogger Aline said…

    http://www.youtube.com/watch?v=FDb4HVewANU

    Pois é, o Rui Unas pensa o mesmo

     

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