TAMBÉM NÃO ESTÁ NADA MAL, PRONTO

Excelentes actores, magnífica fotografia e banda sonora e um argumento inteligente e que acaba por ser surpreendente, quando já começava a pensar se iria ver duas horas de mais do mesmo. "The Hurt Locker" foi um outsider de luxo na corrida às estuetas. Foi realizado por uma mulher que, pese embora a sua sólida carreira, nunca se tinha metido nas andanças da Academia, não tem um elenco propriamente bombástico - apesar de duas participações relâmpago verdadeiramente surpreendentes e do magnífico trabalho de Jeremy Renner, que provavelmente até merecia o Óscar - estreou ainda em 2008 e só chegou às nomeações devido a uma enorme campanha de marketing.
De certa forma fez-se justiça. O filme é mesmo muito bom e o facto de ter sido grande vencedor - especialmente quanto tudo apontava para mais uma goleada de Cameron e companhia - prova que a indústria não precisa de objectos elaborados e tão inovadores como "Avatar" para ser salva. Precisa de qualidade, que pode vir de muitos sítios, de muitas formas e com muitos objectivos diferentes.
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