A VELHA EUROPA (COM TIQUES DE TERCEIRO MUNDO)
Estamos habituados a facilmente identificar a corrupção da América Latina, o despotismo africano e o abuso de poder típico dos asiáticos. Identificamos e censuramos, com cara feia e abano reprovador da cabeça. Censuramos e dizemos bem alto as vantagens de se viver na velha Europa, local de e com história, expoente máximo da civilização e organização social. E somos parvos, no mínimo, e gente que gosta de ser enganada.
E porquê? Porque só na Europa surgem figuras que ficarão para a história pelas mesmas razões que tornaram famosos indivíduos do calibre de um Benito Mussolini e de um Napoleão Bonaparte. Mais concretamente, Nicholas Sarkozy e Silvio Berlusconi. Um, aprova leis que proíbem o uso do véu islâmico, a prática da oração na rua e as ementas diferenciadas por crenças religiosas nas escolas públicas; o outro, cria leis ao desbarato, que não têm outra utilidade que não a de servir os seus ímpetos corruptos, déspotas e de total abuso de poder.
E a velha Europa? A velha Europa continua a assobiar para o lado e a fazer de conta que não é nada com ela. E o povo? Bem, o povo é o tal de memória curta, que reclama sempre que a coisa aquece para o seu lado, mas por breves momentos e muito de vez em quando, que isto das manifestações é coisa para cansar os ossos. Mussolini e Bonaparte devem sentir-se orgulhosos.
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