A SEMANA EM QUE ENGOLI AS MINHAS PRÓPRIAS PALAVRAS
No espaço de uma semana fui obrigado a repensar a minha opinião em relação aos concorrentes da Pixar. A vida é mesmo assim. Mas ainda bem, os resultados foram os melhores e altamente recompensadores. De uma vez só, assisti a duas obras de animação,Tangled e How to Train Your Dragon, e posso afirmar, sem dúvidas, que não ficam nada atrás dos respectivos concorrentes da Pixar, respectivamente em 2010 e 2011. Mais, Tangled consegue o inimaginável, e ultrapassa a alta velocidade Toy Story 3. O mesmo é dizer, justiça seria a academia ter entregue o Oscar ao filme dos estreantes Nathan Greno e Byron Howard. Tudo é bom em Tangled. A animação é perfeita - perfeita, mesmo - o argumento muito bem escrito, com um sentido de humor irresistível e um cuidado muito especial com as personagens, e a banda sonora - o filme é assumidamente um musical - é fantástica. Para além disso, o trabalho dos actores, normalmente disfarçados pelos bonecos a que dão vida, passa mesmo para o espectador e transmite o tal cuidado na escrita do guião. Quanto a How to Train Your Dragon, o mínimo que se pode dizer é que é, provavelmente, o melhor filme de animação não Pixar da primeira década do século XXI. Repetem-se os atributos de Tangled mas com um acréscimo: o argumento é irrepreensível a todos os níveis. Não digo que seja melhor filme que Up, da Pixar, mas que não lhe fica atrás, lá isso não fica. Para além disso, é de uma originalidade e frescura que já faziam falta nos estúdios que, normalmente, vão a reboque da empresa de John Lasseter. Ou seja: há uns meses seria incapaz de imaginar um cenário destes, mas a verdade é que se a Pixar se descuida, existem fortes hipóteses de começar a perder terreno para a competição directa. Os primeiros sinais são inequívocos e ainda bem. Nada como um bocadinho de concorrência para estimular o negócio.
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