E enfim...
Depois de um dia inteirinho sem poder escrever no meu bloguinho…
As eleições na Madeira deram a vitória ao Alberto por uns claríssimos 64%.
Ou seja…
Se fizessem um inquérito naquela ilha em que a pergunta fosse É estúpido?, as respostas seriam as seguintes:
64% - Sim sem dúvida
25% - O que é isso?
10% - Não, sou da família do tio Jardim
1% - Não percebo português
As eleições na Madeira deram a vitória ao Alberto por uns claríssimos 64%.
Ou seja…
Se fizessem um inquérito naquela ilha em que a pergunta fosse É estúpido?, as respostas seriam as seguintes:
64% - Sim sem dúvida
25% - O que é isso?
10% - Não, sou da família do tio Jardim
1% - Não percebo português
No Sábado fui em romaria até ao Plano B – famoso e fashioníssimo club/disco do Porto – para uma noitada de rambóia com amigos. À porta, enquanto discutíamos a viabilidade de pagar dez euros para entrar, assistimos a uma cena estranha, original, e basicamente errada. Um grupo de dez a doze surdo mudos aproximou-se da entrada e, exibindo os seus cartões comprovativos da sua deficiência – isto é politicamente correcto, não é? –, pediram para pagar metade do valor exigido. A resposta foi pronta e definitiva: NÂO!
Está mal. Os dez euros pagavam a entrada no espaço e a possibilidade de assistir ao concerto dos fabulosos Wray Gunn. Ora bem, se os moços e moças eram surdos, dificilmente poderiam usufruir do prazer que é OUVIR a música da banda portuguesa – ou qualquer outra música, para os devidos efeitos. Este tipo de imposição limitada e acéfala não encontra nenhuma outra justificação que não seja a ignorância de quem guarda a porta de um espaço destes, e a sua incapacidade em saber resolver problemas… diferentes.
Está mal. Os dez euros pagavam a entrada no espaço e a possibilidade de assistir ao concerto dos fabulosos Wray Gunn. Ora bem, se os moços e moças eram surdos, dificilmente poderiam usufruir do prazer que é OUVIR a música da banda portuguesa – ou qualquer outra música, para os devidos efeitos. Este tipo de imposição limitada e acéfala não encontra nenhuma outra justificação que não seja a ignorância de quem guarda a porta de um espaço destes, e a sua incapacidade em saber resolver problemas… diferentes.
É o encanto e a magia da democracia em todo o seu esplendor.
Em França - um dos países mais industrializados do mundo, um dos mais modernos, um dos mais importantes e líder inquestionável da Europa unida – um pobre desgraçado vence as eleições presidenciais de forma democrática e, aparentemente, sem a sombra da fraude eleitoral, e logo os super liberais de esquerda vêm para as ruas incendiar 730 carros e outras viaturas, destruir espaços comerciais e semear o pânico e o caos. Bonito, sim senhor!
Admito: sempre considerei que uma boa revolução popular é necessária de quando em vez, e quando as coisas começam a ferver. O que se passou em França é pura estupidez humana. Eu também não suporto o senhor Sarkozy, muito menos os seus ideais de direita, preconceituosos e «levemente» xenófobos. Mas aprecio ainda menos a falta de respeito por uma decisão democrática e, mais uma vez, insuspeita.
Podiam, estas hordas de esquerdistas, poupar esforços e horas de sono, e fazer uma selecção criteriosa dos alvos a abater. Por exemplo, perguntavam aleatoriamente se fulano de tal tinha votado no candidato da esquerda ou no da direita, e consoante a resposta passavam à destruição massiva de bens desse mesmo fulano, podendo até optar pelo espancamento do mesmo, da sua família e colegas de trabalho - que nestas coisas da democracia já se sabe que a influência de elementos directamente ligados ao fulano em questão é coisa a ter em conta.
Obviamente, na Ilha da Madeira tal acontecimento nunca poderia acontecer. Se pensarmos que 64% da população optou por votar na continuidade do governo do Alberto, facilmente concluímos que existiriam muito poucas pessoas decididas a polvilhar a bela ilha do Atlântico com caos e desordem. Estavam bem tramadas! É que nem tinham para onde fugir…
Em França - um dos países mais industrializados do mundo, um dos mais modernos, um dos mais importantes e líder inquestionável da Europa unida – um pobre desgraçado vence as eleições presidenciais de forma democrática e, aparentemente, sem a sombra da fraude eleitoral, e logo os super liberais de esquerda vêm para as ruas incendiar 730 carros e outras viaturas, destruir espaços comerciais e semear o pânico e o caos. Bonito, sim senhor!
Admito: sempre considerei que uma boa revolução popular é necessária de quando em vez, e quando as coisas começam a ferver. O que se passou em França é pura estupidez humana. Eu também não suporto o senhor Sarkozy, muito menos os seus ideais de direita, preconceituosos e «levemente» xenófobos. Mas aprecio ainda menos a falta de respeito por uma decisão democrática e, mais uma vez, insuspeita.
Podiam, estas hordas de esquerdistas, poupar esforços e horas de sono, e fazer uma selecção criteriosa dos alvos a abater. Por exemplo, perguntavam aleatoriamente se fulano de tal tinha votado no candidato da esquerda ou no da direita, e consoante a resposta passavam à destruição massiva de bens desse mesmo fulano, podendo até optar pelo espancamento do mesmo, da sua família e colegas de trabalho - que nestas coisas da democracia já se sabe que a influência de elementos directamente ligados ao fulano em questão é coisa a ter em conta.
Obviamente, na Ilha da Madeira tal acontecimento nunca poderia acontecer. Se pensarmos que 64% da população optou por votar na continuidade do governo do Alberto, facilmente concluímos que existiriam muito poucas pessoas decididas a polvilhar a bela ilha do Atlântico com caos e desordem. Estavam bem tramadas! É que nem tinham para onde fugir…
3 Comments:
At 15:13, Henrique da Silva said…
Então não chegas-te a entrar? Por acaso eu estava lá dentro nessa noite. É pena. Neste caso, também ficou entre nós uma conversa muda!
At 17:18, Anónimo said…
Tens razão Nuno. Mas o que se passou na Bastille no domingo à noite e ontem, não passou só de uma acção isolada de poucos elementos extremistas...A grande parte das pessoas que se encontrava no local manifestava tranquilamente e a culpa passa também pelo excesso de poder que a policia francesa tem e continuará a ter! Não te esqueças que do ponto de vista do Monsieur Sarkozy a repressão é o unico remédio para acabar com a “racaille”!Eu estava lá...e continuarei a estar!
At 17:51, karmatoon said…
Caramba, eu tinha mesmo de ser provocador para ter o prazer de ver aqui um comentário teu, minha querida Rita.
Já sabes que concordo contigo em toda a extensão do problema-Sarkozy.
Basta ver o discurso de vitória do biltre, recheado de comentários xenófobos quase que bem disfarçados.
Beijos, continua na Bastille, sempre!
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