Comecei a ler Como Água Para Chocolate da Laura Esquivel, emprestado por uma amiga que me parece ser a pessoa indicada para aconselhar leituras.

Ainda vou no princípio mas já li algo que me fez sentir bem. Tremendamente bem.

"A proximidade de Pedro punha-a muito nervosa. Entrou e foi rapidamente buscar uma das bandejas que esperavam pacientemente na mesa da cozinha.
Nunca esqueceria como roçaram acidentalmenteas suas mãos quando ambos tentaram sem jeito agarrar na mesma bandeja ao mesmo tempo.
Foi nessa altura que Pedro lhe confessou o seu amor.

- Menina Tita, gostaria de aproveitar a oportunidade de falar consigo a sós para lhe dizer que estou profundamente apaixonado por si. Sei que esta declaração é atrevida e precipitada, mas é tão difícil chegar perto de si que tomei a decisão de o fazer esta mesma noite. Só lhe peço que me diga se posso aspirar ao seu amor.

- Não sei o que hei-de responder-lhe; dê-me tempo para pensar.

- Não, não posso, preciso de uma resposta neste momento: o amor não se pensa: sente-se ou não se sente. Eu sou homem de poucas, mas de muito firmes palavras. Juro-lhe que terá o meu amor para sempre. E o seu? Também o sente por mim?

- Sim!"


Não tenho dúvidas: pensamos demasiado.