Isto está a animar de uma maneira...
Musicalmente está a ser um ano em cheio.
As surpresas não param e - mais uma vez graças ao meu dj de serviço (obrigadinho Zé) - chega-me desta vez às mãos um dos discos mais bonitos do ano.
Chama-se Symbol e é o vigésimo àlbum em doze anos (!) do músico e compositor techno japonês Susumo Yokota. Segundo o que pude apurar, a carreira deste prolífero nipónico evoluiu do género com que iniciou a sua actividade, o techno - e logo na Love Parade em Berlim -, passando por estilos mais próximos do Hip-Hop instrumental, do Acid Jazz e outros ritmos mais ou menos dançáveis.
No entanto, é em 2000 que Yokotoa decide arriscar outros caminhos e se torna discípulo do grande Brian Eno, e da sua música impressionista. Daí ao minimalismo de Phillip Glass ou de Steve Reich foi um passo pequenino, mas que se viria ainda a reflectir em mais dois àlbuns impressionistas anteriores a este Symbol.
Este último trabalho é bastante fácil de definir. Utilizando inúmeros - acho mesmo impossivel identificar todos - samples de peças de música clássica (Debussy já reconheci), Yokota constrói um disco brilhante. Pura filigrana para quem se quiser arriscar a inventar coreografias de dança avant garde.
Belíssimo como já não houvia há muito, conquista desde já um lugar no top ten de 2006, garantidamente.
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