kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

sexta-feira, janeiro 06, 2006

Constatações - desde ontem ao fim da tarde



Detesto moelas, mas não resisto a um pãozinho encharcado no seu molho...

Ler o que escrevemos em voz alta, não só me aproxima de amigos que à partida não dariam muito valor às nossas palavras mais... profundas, como sabe terrivelmente bem.

(Há dias o Moura dizia-me que um qualquer sucedâneo do Dr Phill afirmava na TV que mais de 50 % das pessoas que conhecemos têm pelo menos um desvio comportamental qualquer, e dos que necessita de intervenção especializada) Ontem apercebi-me ainda mais um bocadinho de que, para além disso, quase todas as pessoas que conheço, têm problemas graves, ou chatos (no minimo), a que não conseguem - ou não querem - dar solução.

Tenho alguns desvios comportamentais...

O meu polegar esquerdo treme constantemente e com alguma intensidade. Uma espécie de mini-Parkinson, que já tinha notado há algum tempo, mas nunca como ontem. Será que posso ir para o circo?

Esta semana dormi 24 horas. Mais precisamente desde a noite de passagem de ano. 24!
Começo finalmente a dar mostras dos primeiros sintomas de fadiga e incapacidade. De desconcentração e desinteresse. Não me apetece ir ao cinema, poucas são as pessoas com quem me apetece realmente estar, e começo a arranjar desculpas esfarrapadas para me vir embora mais cedo de casa do Zé, onde fazemos o trabalhinho de design, mesmo sabendo que não é isso que me vai fazer dormir mais cedo.
Claramente não é só o cansaço que sinto que me deixa neste estado de espirito. Mas isso potencia o resto dos problemas que me têm afligido.
Posso sempre continuar com esta rotina e ver onde vou parar. Se ao manicómio, onde seria divertidíssimo receber os meus amigos de visita; se a um sítio bem menos animado e onde nenhum amigo meu me pode visitar.

Nunca mais como num «Pão-Quente». O meu pequeno-almoço hoje foi didático de uma forma que eu nunca pretendi. Enquanto metia uma sande de queijo ao bucho, observei com terror indisfarçado a recolha de pastéis variados por parte de um propietário de um qualquer café. As empregadas do dito «Pão-Quente» pegavam nas bolas de Berlim, nos croissants, e em todos os tipos de pão à mão cheia. Literalmente. Sendo o mesmo repetido pelo zeloso senhor enquanto procedia à contagem da carga a transportar. Não contente, tossiu repetidamente para dentro da caixa plástica que continha o lote, limpou a humidade do nariz com o mesmo dedo indicador da mesma mão direita que em seguida continuaria a tal contagem... Não!!!

Sinto dores em locais do meu corpo que nunca me tinha doído antes. Locais do meu corpo que nem sequer existem. Engraçado...