A orgia-mais-ou-menos
Pronto, não me aguento. Tenho de vos (tentar) contar a minha noite de Sexta-feira na capital. Minha nossa senhora, que noite!!!
Começou muito bem. Um jantar com amigos em casa da Ritinha - querida Ritinha - onde se juntaram a Ana, o André, o Moura, a Paula, muita garrafa de vinho, muita e boa comida (caramba, aquele babá d'orange com gelado...) e eu mesmo. Logo aí se criou o ambiente de conforto e bem estar de que falo no post anterior. A noite estava, portanto, lançada. Mal sabia eu de que maneira...
De casa da Rita partimos para o Lounge, bar simpático e bem animadinho ali prós lados do Cais do Sodré. Ora, a música puxava, o ambiente puxava, os Bacardis que surgiam do nada puxavam... e foi dançar até cair pró lado.
Mas não caímos! Pelo contrário!! Dali - e enquanto o Sr. Moura e a Paulinha recolhiam aos seus aposentos já vencidos pelo cansaço - a Ana e a Rita ainda me conseguiram arrastar para o Jamaica, local de peregrinação habitual da fauna noctívaga lisboeta e onde eu nunca tinha entrado. Pois bem...
FOI O FIM DO MUNDO EM CUECAS!!!
Quase literalmente. Imaginem um bar/pista de dança com... muito poucos metros quadrados. Imaginem esses metros quadrados em Tóquio, onde habitam em média dez pessoas por cada um desses mesmos metros quadrados. Exacto, parecia uma selva tropical em dia de chuva. Não havia qualquer espaço sequer para levar o copito (com Bacardi) à boquinha ressequida. Mas dançava-se como se cada uma das pessoas que estavam ali estivessem sozinhas na pista.
Aproveito este momento para um breve rewind e lembrar-vos que eu, a Rita e a Ana, estávamos um tanto ao quanto... alterados pela quantidade de àlcool ingerido até então.
Ou seja, levemente alcoolizados, exageradamente animados, música extremamente dançável, cada uma melhor do que a anterior, absorvidos pelo ambiente escaldante criado pelas pessoas que como nós pareciam querer expulsar o demónio do corpo, dançamos até de manhã.
Mas não foi bem só dançar, meu amigos. Os movimentos executados pela massa uniforme de gente em todo o bar assemelhou-se mais a uma orgia - repito, a uma ORGIA - do que propriamente a uma noite de copos e dança. O roçar de corpos era completamente propositado e assumido e consentido. Consentido pelos olhares cúmplices lançados entre todos. O assumir "sim acabei de roçar os meus seios nas tuas costas, e...?".
Hipnotizante!
Como consequência a roupa começou a sair dos corpos molhados com a mesma facilidade com que se continuava a saltar. O suor, esse, tinha vida propria e mudava de corpo de uma forma em tudo promíscua. Promiscuidade, é isso! Essa era a palavara que faltava aqui.
Enfim, às sete da manhã lá conseguiram expulsar toda a gente do bar. Às sete da manhã lá nos dirigimos para o carro para finalmente nos rendermos ao cansaço. Fomo em diagonal, mas lá chegamos à viatura - que nessas alturas parece sempre ter ficado tão longe.
Cansaço?
Mas qual cansaço? Dormi uma hora, se tanto, e passei o resto do dia a dançar a saltar e a roçar-me no André, que era a única pessoa ali disponível...
2 Comments:
At 13:55, peixinho da horta said…
Gostei especialmente do "sim acabei de roçar os meus seios nas tuas costas, e...?".
Muito bem. Agora já fiquei a compreender um bocadinho da "wild night" que vocês tiveram.
At 23:23, Junta-te ao clube said…
Amor... não fazia ideia... O Jamaica é um must. Nunca passaste lá tu um 25 de Abril... LOLOL..
Das noites mais loucas que lá tive. E espero que a última música que dançaste tenha sido a valsa!!!
Também me lembro de uma noite em que vou a entrar e o porteiro pede-me para aguardar enquanto a polícia acaba com o tirotei lá dentro! LOL. Um noite tb houve direito a facadas! É todo um mundo à parte mesmo.
Tudo isto sem nunca esquecer o ar decadente de todo o ambiente...
Bjos
Ass: Gattaca
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