Não queria nada voltar ao meu blog para um assunto destes, mas não consigo ficar calado. Os atentados em Londres não podem deixar ninguém indiferente. Arrepiei-me hoje, à medida que ia ouvindo os nomes das estações de metro onde ocorreram as explosões. Arrepiei-me porque já estive em cada uma delas; porque sei como algumas são tão pequenas, claustrofóbicas até; por saber que toda a gente naquela cidade utiliza esse meio de transporte, por conseguir imaginar a moldura humana presente numa qualquer estação de metro londrina independentemente da hora. Crianças, juízes, turistas, empregados de mesa, indianos, ingleses, portugueses, gente mais real do que parece nos nossos televisores. Gente feita de carne, pele, osso, mas também de memórias, idéias, planos, objectivos, qualidades e defeitos, como eu. Gente que não teve a hipótese de dizer "não, eu não quero morrer já. Não, eu não tenho nada a ver com o envio de tropas, seja para que parte do mundo for. Eu tenho um filho que amo mais do que tudo na vida, eu tenho amigos, eu tenho um emprego que detesto mas que me permite continuar a viver a minha vidinha descansado. Eu estava só a passar umas férias em Londres com o homem da minha vida. EU NÃO TENHO A CULPA!" Pessoas, como eu, como todos.
Arrepiei-me por pensar que já estive em todas estas cidades que recentemente sofreram estes terriveis ataques. Não me posso esquecer de pensar que nunca estive nas cidades que sofrem ataques destes todos os dias. Não me posso esquecer que não sei, ninguém sabe, o que é viver nessas cidades que sofrem ataques como estes, os de Londres, todos os dias. Bagdad, Jerusalém, tantas outras que não conhecem outra coisa que não esta guerra invisível, vinda nunca se sabe bem de onde...
Choro quando vejo estas imgens de terror, de confusão, de dor, mas não posso nunca perder a noção de que vivo confortavelmente e que o problema foi no quintal do meu vizinho e não no meu. Mesmo com a alma dorida por estes acontecimentos, não posso cair no erro de ser parcial. Acontecimentos como os de hoje, acontecem todos os dias com pessoas como as de Londres; pessoas que também não tiveram a hipótese de dizer "não, eu não quero morrer já...".
Arrepiei-me por pensar que já estive em todas estas cidades que recentemente sofreram estes terriveis ataques. Não me posso esquecer de pensar que nunca estive nas cidades que sofrem ataques destes todos os dias. Não me posso esquecer que não sei, ninguém sabe, o que é viver nessas cidades que sofrem ataques como estes, os de Londres, todos os dias. Bagdad, Jerusalém, tantas outras que não conhecem outra coisa que não esta guerra invisível, vinda nunca se sabe bem de onde...
Choro quando vejo estas imgens de terror, de confusão, de dor, mas não posso nunca perder a noção de que vivo confortavelmente e que o problema foi no quintal do meu vizinho e não no meu. Mesmo com a alma dorida por estes acontecimentos, não posso cair no erro de ser parcial. Acontecimentos como os de hoje, acontecem todos os dias com pessoas como as de Londres; pessoas que também não tiveram a hipótese de dizer "não, eu não quero morrer já...".
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