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Bom Karma... ou não!

quarta-feira, setembro 21, 2011

NADA MUDA

Em 2007 escrevi aqui no blog isto

As eleições na Madeira deram a vitória ao Alberto por uns claríssimos 64%.
Ou seja…
Se fizessem um inquérito naquela ilha em que a pergunta fosse É estúpido?, as respostas seriam as seguintes:

64% - Sim sem dúvida
25% - O que é isso?
10% - Não, sou da família do tio Jardim
1% - Não percebo português


No mesmo ano escrevi isto

Cá pelo burgo, o Jardim continua a ser o Rei Momo de serviço do circo político mais ridículo e desnecessário que existe no mundo – África incluída: as eleições na Ilha da Madeira. Sinceramente, porque é que insistem? Porque é que a oposição gasta tanto dinheiro em campanhas eleitorais quando sabe que as eleições estão perdidas à partida? Porque é que não investe esse dinheirinho num bom e fiável sniper? Sobraram tantos dos conflitos nos Balcãs…

Em 2008 isto

Notícia absoluta da semana passada: Alberto João Jardim foi de visita à Venezuela! E este blog que já por várias vezes fez a comparação entre os dois dit... governantes, só ficou triste por saber que os dois rechonchudos mais histéricos da história da política mundial não tiveram a oportunidade de se encontrarem. Tinham tanta coisa para falar. Como controlar orgãos de comunicação, como ganhar dinheiro à custa de infinitas obras públicas, manobras várias com fim à conquista de mais um mandato, enfim, assunto não faltaria. Mas não se encontraram. Provavelmente, e porque têm tantas semelhanças, porque fizeram um intercâmbio governamental ao estilo do couchsurfing, estando Chávez, nessa mesma altura, a comer bananas no Funchal! Será?

E agora escrevo que o assunto do buraco da Madeira - que mais correctamente se deveria chamar o buraco do Alberto João e só não se chama assim por razões que se prendem com a natureza galhofeira da língua portuguesa - já mete nojo. Mete nojo porque já toda a gente percebeu que o assunto não vai passar disto, de mais um temporal na ilha de Jardim; um temporal mediático e nada mais, não chegando sequer a ser uma tempestade política, um vento de mudança ou sequer uma suave brisa de justiça popular, eleitoral ou criminal.
Alberto João vai vencer as eleições que se aproximam, manter-se no poder e continuar a fazer o que tem feito, protegido pelos políticos que mandam e pelos que julgam que mandam e impunemente prosseguir com a sua política desastrosa e corrupta e que arruina muito mais do que as finanças da Madeira. Prova disso? A forma inacreditável como se tem defendido e justificado perante as cãmaras e microfones dos meios de comunicação. Como se nada disto tivesse acontecido, como se não fosse dele a culpa maior, como se fosse apanhado a meter a mão no frasco dos biscoitos e ainda assim negasse que o estava a fazer. Pior, Alberto João diz à mãe "eu não tenho a mão dentro do frasco dos biscoitos, mãezinha", enquanto tira biscoitos para o bolso dos calções.
E Portugal assiste a mais uma demonstração de como se faz política lusitana, cara-de-pau, desavergonhada, afinal bem mais às claras do que se pensava. O resultado está tão à vista quanto a acção continuada de quem tornou o buraco financeiro numa cratera em constante ebulição. Tão à vista quanto o comportamento atrapalhado e trapalhão de presidente da república e primeiro ministro e oposição - que perante uma bomba destas nem sabe bem como tirar proveito político da situação. E assobiamos para o lado, e na próxima sexta joga o Porto
e o Benfica e volta a estar tudo bem.