AI O NATAL, O NATAL...
O Natal não me irritava. A sério, não me irritava. Eu até gostava do natal, mas a nova forma de encarar o Natal, ou seja, a forma keriduxa-fufinha-somos-todos-irmãos-new-born-christian que se instalou um pouco por toda a sociedade, tira-me do sério. Pior, as novas tecnologias permitiram aos idiotas que acham que toda a gente gosta das suas mensagens em cadeia, chapa 4, ridículas e no fundo altamente deprimentes, espalhar a palavra. Uma palavra totalmente idiota, diga-se.
Uma rápida vista de olhos ao Facebook e a coisa entende-se de imediato. Entende-se e deixa-me doente. E bijinhos para um lado, felicidade para o outro, e carradas e carradas de mel enjoativo, ridículo (já me estou a repetir) e perfeitamente fútil, inútil e desenquadrado. Tudo está mal como estava até há 24 horas. Tudo é mau. Tudo? Não, fechamo-nos em casa a mandar mensagens puéris de peace and love for all men que o bicho cá dentro não nos pega.
No fundo sou um abençoado; a minha família é pouco dada a estas mariquices natalícias e a noite de 24 para 25 é usada desavergonhadamente para encher a pança, aparvalhar, rir até ficar enjoado e falar mal dos infelizes que perdem tempo e as poucas células cinzentas que lhes restam a criar pedaços de informação imberbe, demente e para atrasados mentais que o são por opção.
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