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Bom Karma... ou não!

terça-feira, dezembro 22, 2009

MOLHAR O PÃOZINHO

Mesmo a acabar o ano um cheirinho a Fantas. Mesmo a acabar o ano um filme despretensioso, apostado na diversão e completamente fora do sistema. Um filme de zombies, sim, mas para partir a porcelana da avó, sem pedidos de desculpa.

"Zombieland" é do caraças. Uma mistura alucinada de "Natural Born Killers" com filmes de zombies bem ao estilo de "Braindead" (Peter Jackson) ou do mais desconhecido "Dellamorte Dellamore" (Michelle Soavi). Portanto, a escolha de Woody Harrelson para um dos papéis principais não é de todo despropositada e funciona como a recuperação de um actor para aquilo que faz melhor.

"Zombieland" foi realizado por Ruben Fleischer, que até agora só tinha realizado uma curta, um documentário e alguns episódios de "Jimmy Kimmel Live", e é uma pérola da clássica série B, com violência destravada, um sentido de humor delicioso, e sangue aos litros. Bem ao estilo do bom, velhinho e entretanto falecido Fantasporto.

A história é simples, como em qualquer filme do género, e mostra-nos a viagem de quatro sobreviventes de uma verdadeira catástroe zombie, em busca do suposto paraíso na terra: um parque de diversões onde supostamente não existem mortos-vivos. Pelo caminho, enquanto três deles matam por sobreviver, o cowboy de serviço (Harrelson) mata por divertimento e com requintes de showman - e nós agradecemos.

Detalhes fantásticos: o cameo de Bill Murray, os elementos gráficos que dão corpo às regras de sobrevivência de um dos personagens, e a banda sonora - rock à força toda, como não podia deixar de ser - e um happy end nada habitual nestas coisas dos zombies.

"Zombieland" deve ser visto sem grandes expectativas e com muitas pipocas porque é para isso mesmo que serve: hora e meia de puro entretenimento, sem regras, sem limites e com muita, muita boa disposição.

E qualquer filme que termina com uma música dos The Raconteurs, merece o meu maior respeito.











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