CASAMENTO HOMO QUÊ?
Isto aborrece-me.
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros a proposta de lei que visa legalizar de uma vez por todas o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No dia em que esta lei for discutida na Assembléia da República, o PSD vai propôr uma lei diferente desta e que basicamente serve para não chamar casamento ao acto civíl que o PS pretende legalizar. Nesse mesmo dia, uma grupo de cidadãos ligados à igreja católica - e que não fazem parte da sua hierarquia - vão entregar uma petição também na Assembléia, requerendo a realização de um referendo.
Tudo isto me enoja. O PS aguardou pela clara falta de maioria parlamentar para introduzir a proposta de lei, na esperança, quem sabe, de se poder desculpar com essa mesma falta de maioria no caso da lei ser reprovada.
O CDS-PP concluíu, sabe-se lá porquê, que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo não pode ser permitido porque conduz inevitavelmente à adopção de criançass.
Um merdoso de um padre, em declarações a uma rádio portuguesa, diz que "uma criança que é deixada pelos pais numa instituição - e que tem uma experiência de vida negativa - quando é adoptada espera ter as melhores pessoas do mundo à sua espera. Logo, não pode nem deve ser adoptada por homossexuais.
A ver se nos entendemos...
O casamento é (também) um objecto da sociedade civíl, e o Governo não pretende mexer nos ensinamentos e regras da igreja católica.
Para além disso - e lá vem a eterna hipocrisia política e acima de tudo portuguesa - é perfeitamente legal um pai solteiro adoptar uma criança. Ou seja, o solteiro pode ser homossexual que não há qualquer problema. Se for um casal homossexual, no entanto, a porca torce violentamente o rabo.
Entretanto, ouvi também da boca conservadora da Inês Serra Lopes coisas do género "deve-se defender a qualidade de vida das crianças e não conceder direitos aos adoptantes", ou "os valores da família" e outras barbaridades. Isto de uma senhora que foi condenada a um ano de prisão pelo crime de favorecimento pessoal na forma tentada no caso do alegado sósia de Carlos Cruz, arguido no processo Casa Pia.
O PCP, que já não sabe se é de direita por oposição ao PS, ou de esquerda por oposição a sabe-se lá o quê, vem a público defender que a questão da adopção deve ser alvo de aturadas análises.
O BE mantém-se calado...
E a minha pergunta é muito smples: porque não assumem de uma vez por todas o que realmente são? Porque não dizem alto e bom som que ainda são uma cambada de atrasados mentais, retrógrados, que vivem num mundo de faz-de-conta, embrulhado em preconceitos vários?
É hirónico: na antiga Grécia, a homossexualidade era promovida como forma de desenvolvimento político. A relação entre mestre e discípulo utilizava a relação homossexual como forma de compreender e incentivar o crescimento político; como forma de estimular a passagem de discípulo a mestre. A práctica acabou precisamente com a chegada da cristandade.
Não aprendemos nadinha...
O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros a proposta de lei que visa legalizar de uma vez por todas o casamento entre pessoas do mesmo sexo. No dia em que esta lei for discutida na Assembléia da República, o PSD vai propôr uma lei diferente desta e que basicamente serve para não chamar casamento ao acto civíl que o PS pretende legalizar. Nesse mesmo dia, uma grupo de cidadãos ligados à igreja católica - e que não fazem parte da sua hierarquia - vão entregar uma petição também na Assembléia, requerendo a realização de um referendo.
Tudo isto me enoja. O PS aguardou pela clara falta de maioria parlamentar para introduzir a proposta de lei, na esperança, quem sabe, de se poder desculpar com essa mesma falta de maioria no caso da lei ser reprovada.
O CDS-PP concluíu, sabe-se lá porquê, que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo não pode ser permitido porque conduz inevitavelmente à adopção de criançass.
Um merdoso de um padre, em declarações a uma rádio portuguesa, diz que "uma criança que é deixada pelos pais numa instituição - e que tem uma experiência de vida negativa - quando é adoptada espera ter as melhores pessoas do mundo à sua espera. Logo, não pode nem deve ser adoptada por homossexuais.
A ver se nos entendemos...
O casamento é (também) um objecto da sociedade civíl, e o Governo não pretende mexer nos ensinamentos e regras da igreja católica.
Para além disso - e lá vem a eterna hipocrisia política e acima de tudo portuguesa - é perfeitamente legal um pai solteiro adoptar uma criança. Ou seja, o solteiro pode ser homossexual que não há qualquer problema. Se for um casal homossexual, no entanto, a porca torce violentamente o rabo.
Entretanto, ouvi também da boca conservadora da Inês Serra Lopes coisas do género "deve-se defender a qualidade de vida das crianças e não conceder direitos aos adoptantes", ou "os valores da família" e outras barbaridades. Isto de uma senhora que foi condenada a um ano de prisão pelo crime de favorecimento pessoal na forma tentada no caso do alegado sósia de Carlos Cruz, arguido no processo Casa Pia.
O PCP, que já não sabe se é de direita por oposição ao PS, ou de esquerda por oposição a sabe-se lá o quê, vem a público defender que a questão da adopção deve ser alvo de aturadas análises.
O BE mantém-se calado...
E a minha pergunta é muito smples: porque não assumem de uma vez por todas o que realmente são? Porque não dizem alto e bom som que ainda são uma cambada de atrasados mentais, retrógrados, que vivem num mundo de faz-de-conta, embrulhado em preconceitos vários?
É hirónico: na antiga Grécia, a homossexualidade era promovida como forma de desenvolvimento político. A relação entre mestre e discípulo utilizava a relação homossexual como forma de compreender e incentivar o crescimento político; como forma de estimular a passagem de discípulo a mestre. A práctica acabou precisamente com a chegada da cristandade.
Não aprendemos nadinha...
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home