SESSÃO DUPLA
Rendido às evidências de que são já muitos os filmes que passaram pelas salas de cinema sem que eu lhes desse sequer uma oportunidade, voltei a dedicar-me à sua caça pelas prateleiras tortuosas e plenas de perigos da Blockbuster.
No sábado dediquei-me ao cinema de animação e aos bom clássico de terror trashie, através de, respectivamente, "Meet the Robinsons" e "Planet Terror". Deste último, realizado por Robert Rodriguez, não há realmente muito a dizer. Tinham razão os que me tinham avisado; os que apregoavam ser este um filme em tudo inferior ao seu irmão siamês, "Death Proof". A coisa é engraçada, é sim senhor, tem bons momentos de um humor cínico e despropositado, e contém, em doses dignas da melhor francesinha à moda do Porto, «molho» para os verdadeiros apreciadores de gore; para os amantes de uma boa tripalhada regada a sangue e mais sangue e mais vísceras e... mais algum sangue. E miolos!!! Mas se tudo até começa bem, e o desenrolar dos acontecimentos, e as personagens, já agora, motivam o espectador e dão a sensação de que vamos levar com um filme do caraças, a verdade é que a coisa acaba por amolecer tremendamente lá mais para o meio, e todo o hype entretanto gerado desaparece num ápice.
É pena, mas mesmo assim vale a pena. Quanto mais não seja pela pérola logo a abrir: o trailer de "Machete", supostamente o próximo filme de Rodriguez e que, esse sim, deixa sinceramente a melhor das impressões.
A coisa muda radicalmente de figura com "Meet the Robinsons". Realizado pelo desconhecido Stephen John Anderson, mas com a chancela da Disney - não, este não é da Pixar -, "Meet the Robinsons" tem no seu produtor a estrela maior da companhia: nada mais, nada menos do que John Lasseter, vice presidente da Pixar e realizador, entre outros, dos dois "Toy Story" e de "A Bug's Life". E a sua influência não se podia fazer notar mais. Do traço à genial imaginação de quem criou o universo retratado no filme, da utilização da banda sonora à velocidade vertiginosa da acção, mas acima de tudo pelo inacreditável e imparável sentido de humor, para lá, muito para lá do melhor que a Pixar já fez. Nunca nenhuma das longas metragens de animação digital, que de há uns anos para cá conquistaram quase por completo o mercado, me fez rir desta maneira. "Meet the Robinsons" é muito mais do que uma comédia; tem o devido e bem gerido peso dramático, tem a acção e o suspense necessários, um batalhão de personagens memoráveis e, como sempre, a conveniente mensagem moral, bem dirigida à família e aos pequenotes que o estão a ver. No entanto, "... the Robinsons" é uma COMÉDIA, assim mesmo, com letras grandes! É absolutmente genial em tudo, não tem uma única falha ou ponto fraco e é completa e absolutamente hilariante. E hilariante naquele sentido de humor disparatado, nonsense, fora de si e quase histérico, e é, como todos os seus «colegas» de arte, um delirio visual digno de ser visto vezes sem conta.
Ah, e tem uma banda sonora assinada pelo Danny Elfman...
No sábado dediquei-me ao cinema de animação e aos bom clássico de terror trashie, através de, respectivamente, "Meet the Robinsons" e "Planet Terror". Deste último, realizado por Robert Rodriguez, não há realmente muito a dizer. Tinham razão os que me tinham avisado; os que apregoavam ser este um filme em tudo inferior ao seu irmão siamês, "Death Proof". A coisa é engraçada, é sim senhor, tem bons momentos de um humor cínico e despropositado, e contém, em doses dignas da melhor francesinha à moda do Porto, «molho» para os verdadeiros apreciadores de gore; para os amantes de uma boa tripalhada regada a sangue e mais sangue e mais vísceras e... mais algum sangue. E miolos!!! Mas se tudo até começa bem, e o desenrolar dos acontecimentos, e as personagens, já agora, motivam o espectador e dão a sensação de que vamos levar com um filme do caraças, a verdade é que a coisa acaba por amolecer tremendamente lá mais para o meio, e todo o hype entretanto gerado desaparece num ápice.
É pena, mas mesmo assim vale a pena. Quanto mais não seja pela pérola logo a abrir: o trailer de "Machete", supostamente o próximo filme de Rodriguez e que, esse sim, deixa sinceramente a melhor das impressões.
A coisa muda radicalmente de figura com "Meet the Robinsons". Realizado pelo desconhecido Stephen John Anderson, mas com a chancela da Disney - não, este não é da Pixar -, "Meet the Robinsons" tem no seu produtor a estrela maior da companhia: nada mais, nada menos do que John Lasseter, vice presidente da Pixar e realizador, entre outros, dos dois "Toy Story" e de "A Bug's Life". E a sua influência não se podia fazer notar mais. Do traço à genial imaginação de quem criou o universo retratado no filme, da utilização da banda sonora à velocidade vertiginosa da acção, mas acima de tudo pelo inacreditável e imparável sentido de humor, para lá, muito para lá do melhor que a Pixar já fez. Nunca nenhuma das longas metragens de animação digital, que de há uns anos para cá conquistaram quase por completo o mercado, me fez rir desta maneira. "Meet the Robinsons" é muito mais do que uma comédia; tem o devido e bem gerido peso dramático, tem a acção e o suspense necessários, um batalhão de personagens memoráveis e, como sempre, a conveniente mensagem moral, bem dirigida à família e aos pequenotes que o estão a ver. No entanto, "... the Robinsons" é uma COMÉDIA, assim mesmo, com letras grandes! É absolutmente genial em tudo, não tem uma única falha ou ponto fraco e é completa e absolutamente hilariante. E hilariante naquele sentido de humor disparatado, nonsense, fora de si e quase histérico, e é, como todos os seus «colegas» de arte, um delirio visual digno de ser visto vezes sem conta.
Ah, e tem uma banda sonora assinada pelo Danny Elfman...
Etiquetas: Filmes Vistos
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