Quando vi Ocean’s Eleven, aqui há uns anitos, achei-o extremamente cool e o relato fiel do verdadeiro sacana, sempre bem vestido, sorriso malandro e uma mente que nunca pára quieta. O filme era fresco, bem-humorado, inteligente e muito bem realizado. Cumpria todas as regras do bom cinema de entretenimento e ainda criava algumas novas.
De Ocean’s Twelve nada há a dizer, foi tão inócuo que já nem me lembro bem dele.
Ontem fui ver o terceiro capítulo da saga de Danny Ocean y sus muchachos e os meus piores receios comprovaram-se logo desde o início. A fórmula utilizada no primeiro filme esgotou-se à nascença e Steven Soderbergh – afinal novamente afastado do segundo futuro brilhante que lhe haviam previsto – não soube recriar novas fórmulas para lhe dar uma nova energia. Enquanto no primeiro filme o assalto era planeado meio às escondidas dos nossos olhos, deixando para o fim uma surpresa das grandes, aqui tudo nos é mostrado e mesmo o que nos tentam esconder é de tal forma previsível que chega a ser ridículo.
Neste terceiro – e, espera-se, último – capítulo, o gang de Ocean decide enveredar pelas mais altas tecnologias e não tanto pela sacanice que havia marcado o magnífico assalto de Ocean’s Eleven. E engraçado, é o facto de nem o realizador tentar esconder isso, ao brincar, em tom de private joke com a real necessidade de se usar um nariz falso como meio para se atingir um fim. Mas pronto, tudo isto é já visto e revisto, ou, se preferirem a analogia tão a propósito, mal baralhado e voltado a dar.
Em Ocean’s Eleven eram bem visíveis a relação muito especial entre os actores e, em resultado disso mesmo, a diversão permanente durante as filmagens. Não havia, aliás, uma conferência de imprensa em que Brad Pitt, George Clooney e companhia, não exultassem a borga constante no set, fora do set, e em todo o lado onde tivessem que estar. Steven Soderbergh percebeu que isso teria sido o ingrediente que havia tornado o primeiro filme numa obra tão especial e apostou quase inteiramente nessa particularidade para filmar as sequelas. À laia de os actores vão de férias, e entretanto faz-se um filme. Mas não resulta. Não resulta mesmo nada. E irrita. E nem a participação de Al Pacino ajuda a compor o ramalhete. Porque Pacino, que meteu o piloto automático e faz há já uns anos o mesmo papel em todos os filmes que protagoniza, já não ajuda a compor nenhum ramalhete. E irrita ainda mais do que o resto do filme todo. Como uma camisola já de si feia, onde se decide colar um autocolante berrante, feio e de mau gosto. Ainda mais feio que a camisola.
Enfim, Ocean’s 13 é mauzinho. Pode ser simpático, essa característica nunca se perdeu ao longo da série. Mas ser simpático não chega para nos prender a atenção. Ainda há dias uma amiga me dizia que as mulheres gostam dos gajos canalhas – não foi bem esta expressão… - e agora parece-me que a mesma máxima se aplica a este filme. Mais valia serem menos educadinhos e limpinhos, e mais sacanas e filhos da mãe. Já não há paciência…
De Ocean’s Twelve nada há a dizer, foi tão inócuo que já nem me lembro bem dele.
Ontem fui ver o terceiro capítulo da saga de Danny Ocean y sus muchachos e os meus piores receios comprovaram-se logo desde o início. A fórmula utilizada no primeiro filme esgotou-se à nascença e Steven Soderbergh – afinal novamente afastado do segundo futuro brilhante que lhe haviam previsto – não soube recriar novas fórmulas para lhe dar uma nova energia. Enquanto no primeiro filme o assalto era planeado meio às escondidas dos nossos olhos, deixando para o fim uma surpresa das grandes, aqui tudo nos é mostrado e mesmo o que nos tentam esconder é de tal forma previsível que chega a ser ridículo.
Neste terceiro – e, espera-se, último – capítulo, o gang de Ocean decide enveredar pelas mais altas tecnologias e não tanto pela sacanice que havia marcado o magnífico assalto de Ocean’s Eleven. E engraçado, é o facto de nem o realizador tentar esconder isso, ao brincar, em tom de private joke com a real necessidade de se usar um nariz falso como meio para se atingir um fim. Mas pronto, tudo isto é já visto e revisto, ou, se preferirem a analogia tão a propósito, mal baralhado e voltado a dar.
Em Ocean’s Eleven eram bem visíveis a relação muito especial entre os actores e, em resultado disso mesmo, a diversão permanente durante as filmagens. Não havia, aliás, uma conferência de imprensa em que Brad Pitt, George Clooney e companhia, não exultassem a borga constante no set, fora do set, e em todo o lado onde tivessem que estar. Steven Soderbergh percebeu que isso teria sido o ingrediente que havia tornado o primeiro filme numa obra tão especial e apostou quase inteiramente nessa particularidade para filmar as sequelas. À laia de os actores vão de férias, e entretanto faz-se um filme. Mas não resulta. Não resulta mesmo nada. E irrita. E nem a participação de Al Pacino ajuda a compor o ramalhete. Porque Pacino, que meteu o piloto automático e faz há já uns anos o mesmo papel em todos os filmes que protagoniza, já não ajuda a compor nenhum ramalhete. E irrita ainda mais do que o resto do filme todo. Como uma camisola já de si feia, onde se decide colar um autocolante berrante, feio e de mau gosto. Ainda mais feio que a camisola.
Enfim, Ocean’s 13 é mauzinho. Pode ser simpático, essa característica nunca se perdeu ao longo da série. Mas ser simpático não chega para nos prender a atenção. Ainda há dias uma amiga me dizia que as mulheres gostam dos gajos canalhas – não foi bem esta expressão… - e agora parece-me que a mesma máxima se aplica a este filme. Mais valia serem menos educadinhos e limpinhos, e mais sacanas e filhos da mãe. Já não há paciência…
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