
E ao princípio anda temi o pior: a primeira meia hora de filme é um não parar de gags absolutamente gratuitos, a maioria sem grande piada, tantos que nem os conseguimos contar, muito menos estar atentos a todos, a dar a ideia de que havia a necessidade de meter todo o universo dos Simpsons em hora e meia de película - um pouco como costuma acontecer nas transposições dos heróis de banda desenhada para o grande ecrã, em que de repente vemos dez anos de histórias entalados em noventa minutos de cinema. Mas a coisa lá se compôs. Os produtores perceberam que era impossível e desnecessário abordar todas as personagens e situações costumeiras da cidade de Springfield, e limitaram-se a focar o espírito da série. E esse espírito não é mais do que a família mais disfuncional da América e todas as suas contradições, preocupações, paixões – algo que neste filme foi bem mais explorado do que na série – e… desastres, claro, que isso é coisa que não podia mesmo faltar – se calhar é esse o verdadeiro espírito dos Simpsons…
Mas como dizia, a coisa compõem-se e o filme arranca para uma coisa mais séria – no tema, claro -, mostrando algumas facetas dos personagens que desconhecíamos.
Em suma, é o filme que toda a gente está à espera, provavelmente será o filme que, na história da sétima arte, terá menos hipóteses de desiludir seja quem for – fãs e detractores – e garante pelo menos uma coisa que poucos hoje em dia garantem verdadeiramente: divertimento.
Se decidirem gastar dinheiro numa ida ao cinema para ver The Simpsons, então façam render o dinheiro e fiquem mesmo até ao finzinho do filme, ok?

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