Aos Simpsons perdoa-se tudo. Serem amarelos, serem feios, politicamente incorrectos e até se perdoa a nítida falta de qualidade que marcou algumas das temporadas da série que já dura há 18 anos. E perdoa-se também a completa desnecessidade de produzir uma longa-metragem para cinema. Logo ao início, é o próprio e inevitável Homer que nos chama a todos de estúpidos, por pagar para ver uma coisa que se pode ver em casa e de borla. E tem razão. The Simpsons Movie, não é mais do que um episódio especial da série, maior e ainda mais adulto e politicamente incorrecto, mas obedecendo às mesmas regras a que sempre obedeceu. Nem mais, nem menos. Mas ainda bem. Em equipa que ganha não se mexe – adoro a gíria futebolística – e os produtores e realizadores do filme decidiram precisamente não mexer muito na fórmula e não arriscar mais do que necessário, não fugindo um milímetro ao que fez da série um mega sucesso a nível global.
E ao princípio anda temi o pior: a primeira meia hora de filme é um não parar de gags absolutamente gratuitos, a maioria sem grande piada, tantos que nem os conseguimos contar, muito menos estar atentos a todos, a dar a ideia de que havia a necessidade de meter todo o universo dos Simpsons em hora e meia de película - um pouco como costuma acontecer nas transposições dos heróis de banda desenhada para o grande ecrã, em que de repente vemos dez anos de histórias entalados em noventa minutos de cinema. Mas a coisa lá se compôs. Os produtores perceberam que era impossível e desnecessário abordar todas as personagens e situações costumeiras da cidade de Springfield, e limitaram-se a focar o espírito da série. E esse espírito não é mais do que a família mais disfuncional da América e todas as suas contradições, preocupações, paixões – algo que neste filme foi bem mais explorado do que na série – e… desastres, claro, que isso é coisa que não podia mesmo faltar – se calhar é esse o verdadeiro espírito dos Simpsons…
Mas como dizia, a coisa compõem-se e o filme arranca para uma coisa mais séria – no tema, claro -, mostrando algumas facetas dos personagens que desconhecíamos.
Em suma, é o filme que toda a gente está à espera, provavelmente será o filme que, na história da sétima arte, terá menos hipóteses de desiludir seja quem for – fãs e detractores – e garante pelo menos uma coisa que poucos hoje em dia garantem verdadeiramente: divertimento.
Se decidirem gastar dinheiro numa ida ao cinema para ver The Simpsons, então façam render o dinheiro e fiquem mesmo até ao finzinho do filme, ok?
E ao princípio anda temi o pior: a primeira meia hora de filme é um não parar de gags absolutamente gratuitos, a maioria sem grande piada, tantos que nem os conseguimos contar, muito menos estar atentos a todos, a dar a ideia de que havia a necessidade de meter todo o universo dos Simpsons em hora e meia de película - um pouco como costuma acontecer nas transposições dos heróis de banda desenhada para o grande ecrã, em que de repente vemos dez anos de histórias entalados em noventa minutos de cinema. Mas a coisa lá se compôs. Os produtores perceberam que era impossível e desnecessário abordar todas as personagens e situações costumeiras da cidade de Springfield, e limitaram-se a focar o espírito da série. E esse espírito não é mais do que a família mais disfuncional da América e todas as suas contradições, preocupações, paixões – algo que neste filme foi bem mais explorado do que na série – e… desastres, claro, que isso é coisa que não podia mesmo faltar – se calhar é esse o verdadeiro espírito dos Simpsons…
Mas como dizia, a coisa compõem-se e o filme arranca para uma coisa mais séria – no tema, claro -, mostrando algumas facetas dos personagens que desconhecíamos.
Em suma, é o filme que toda a gente está à espera, provavelmente será o filme que, na história da sétima arte, terá menos hipóteses de desiludir seja quem for – fãs e detractores – e garante pelo menos uma coisa que poucos hoje em dia garantem verdadeiramente: divertimento.
Se decidirem gastar dinheiro numa ida ao cinema para ver The Simpsons, então façam render o dinheiro e fiquem mesmo até ao finzinho do filme, ok?
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