kar(ma)toon

Bom Karma... ou não!

terça-feira, maio 29, 2007

INPUT' 07 - O ARRANCA CORAÇÕES




Foi castigo! Só pode!!
Ainda não me tinha refeito do choque de ter visto uma peça como European House – a respectiva crónica está algures aí em baixo -, e já levei com a PIOR peça de teatro de sempre. A pior, mas por muitos quilómetros de distância! E nem o facto de ser teatro universitário ajuda a compreender tanta falta de qualidade. Foi tão mau, o espectáculo de ontem à noite pelo grupo de teatro Engenharte – da faculdade de engenharia do Porto –, que cheguei a sentir aquela sensação desagradável de embaraço alheio.
Pior era impossível: a total destruição de um texto fantástico, repleto de segundas intenções, sarcasmo e cinismo. E por onde tudo se começa precisamente a desmoronar; pela completa e total falta de intenções nas gargantas daqueles petizes. De tal forma que quase nunca se chega a perceber o que eles querem transmitir; de tal forma que eles próprios pareciam não acreditar no que estavam a dizer. Um pouco mais de cuidado por parte dos encenadores teria resolvido o problema? Nem por isso. O que se passou ontem à noite foi, nem mais nem menos, uma reposição de um espectáculo que já esteve em cena. Ou seja, foi o afinar de algo que já correu muito mal por demasiado tempo.
Safa!!!
Tenho, porém, de ser justo e fazer a devida referência a dois pontos (quase) positivos neste panorama negro como a noite. Duas actrizes – custa-me tanto chamar-lhes isto – que demonstraram um potencial interessante e um saber estar em palco que em nada tinha a ver com o dos seus colegas. Por outro lado, a qualidade geral era tão má, tão má, que facilmente qualquer coisinha melhorzita sobressairia facilmente. Prefiro, no entanto, dar o benefício da dúvida, e acreditar que aquelas meninas com a devida formação podem chegar a fazer coisas bem engraçadas. Quanto ao resto…

Arrependi-me tremendamente por não ter participado na tertúlia que se seguiu ao fim do espectáculo. Sempre gostava de ter ouvido o que aquelas alminhas tinham para dizer.
Hoje arrisco nova incursão pelo universo do teatro estudantil na esperança de lavar um pouco a imagem deixada ontem pelos tristes engenheiros.

Espero sobreviver…