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Bom Karma... ou não!

segunda-feira, abril 16, 2007

300

E desgraçados daqueles que não forem ver 300 a uma sala de cinema. Malditos os que se atreverem a roubá-lo à grandeza de um ecrã condigno, e a limitá-lo à mesquinhez de uma televisão. Este filme merece ser visto, e visto como merece: com qualidade. Porque não é só de um filme que estamos a falar, mas sim de uma experiência audiovisual. E é precisamente por aqui que ele mostra a sua fraqueza. Não que seja fraco filme, ou de menor qualidade - o meu primeiro parágrafo demonstra bem o que ele me provocou, e o que penso dele -, mas por ser «estranho» aos olhos de um espectador menos preparado para estas tentativas de fugir ao convencional. Passo a explicar. 300 nasce de uma banda desenhada do mestre absoluto Frank Miller, e o seu realizador opotou, não por fazer uma simples adaptação para cinema - como tantos outros filmes hoje em dia - mas sim realmente ADAPTAR as páginas da banda desenhada - cada quadradinho, cada diálogo, cada cenário, cada personagem - e torná-las vivas, pulsantes, plenas de energia. A energia que somente podemos imaginar ao ler uma história destas, mas que nunca podemos saborear na sua máxima intensidade.




Nesse sentido, é o filme que mais se aproximou do universo da banda desenhada. Se Sin City deu o primeiro e sempre arriscado primeiro passo - criando até um novo estilo e género de cinema -, então 300 dá o ambicioso segundo passo no caminho para um novo universo visual. Que se lixem os detractores, que se limitam a vociferar acusações de plasticidade contra o uso e abuso da técnica über alles. Cinema é cinema, e é entretenimento, nunca me canso de afirmar. E este 300 é isso tudo e muito mais que nem consigo verbalizar. Que se lixem os que acusam o realizador de fazer um gigantesco videoclip. Onde eles vêm uma fraqueza, eu vejo uma qualidade. Imagens como a da sequência que escolhi para publicar aqui, só funcionam quando filmadas assim. Com calma, estilo e todo o grafismo de uma BD. Os actores são maus? Sim, já ouvi este argumento, mas não o compreendo. Os actores limitam-se a fazer o que lhes é pedido. Este não é um filme para deixar os actores brilharem. Funcionam todos da mesma forma, e têm todos os mesmo impacto. A banda sonora é majestosa, a tensão agarra-nos à cadeira, o ligeiro sentido de humor alivia-nos o nervoso miudinho quando tem de ser, e inúmeras são as sequências que permanecem na retina horas depois de termos saído do cinema. Especialmente uma, em que Leónidas - o rei espartano - se prepara para morrer. Arrepiante. Esqueçam lá os preconceitos e façam-vos o favor de verem 300. Garanto-vos, é uma experiência.











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4 Comments:

  • At 19:13, Anonymous Anónimo said…

    Amén!

     
  • At 20:47, Blogger S. said…

    Já que falas de números, não invistas os teus euros para ver o 23 num ecrãn condigno. Um DVD em ecrã de computador chega perfeitamente.
    beijinhos, Karmatinho.

     
  • At 22:28, Blogger bEtA said…

    Tenho mesmo de o ir ver.. :)

     
  • At 22:35, Blogger bEtA said…

    o filme tá MUITO bom mesmo! :D

     

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