Ontem tive finalmente a oportunidade de assistir a um episódio do tão falado programa de Herman José, Hora H.
E tem sido falado e mal falado. Já li as piores coisas das mais variadas vozes críticas. Umas com moral, outras nem por isso. É sempre assim.
Até agora tinha-me mantido calmamente à espera. Ainda não tinha visto mais do que um trailer, e isso, obviamente, não chega nem sequer para começar a aquecer as teclas do computador.
Até ontem à noite.
E a verdade é só uma: o programa é mau.
Paciência, não há nada a fazer. É mau e é mesmo muito mau. Porquê? porque pura e simplesmente não tem piada. Não faz rir. Nunca.
Os textos são gastos e já reciclados de outras produções à lá Herman. As personagens são mazinhas, os actores sofríveis, chegando mesmo - nos casos de Manuel Cruz e de um tal César, que nunca devia ter saído do programa da Fátima Lopes - a serem paupérrimos. Para além disso, tudo naquele programa gira inevitavelmente em torno da estrela da companhia. Estrela que se esqueceu ser já uma estrela sem o brilho de outros tempos. Uma estrela de Vaudeville que saíu de moda e caíu em desgraça, mas que continua convencida de que, com um eyeliner aqui, uns glitters ali e uma boa peruca, tudo volta a ser como dantes. Desengane-se, senhor Herman. O seu tempo e qualidade já lá vão. Parou no tempo, e isso, é um erro demasiado grande para ser contornado. Mesmo que tente gozar com o seu monstruoso e gigantesco ego eternamente inchado.
Tudo o que pode ser visto no Hora H já foi visto vezes sem conta, não só noutras séries de Herman José, como nas suas incontáveis rábulas e sketches dos intermináveis programas de televisão. Este, já não foi o último fôlego. Este foi um fôlego do além. Muito além.
O único momento que foi capaz de me forçar um sorriso ainda mais inócuo que o da Sô Dona Mona, foi alcançado pela inefável Maria Rueff, essa sim, uma enorme actriz de comédia, e a única que consegue segurar as pontas quanto tudo ao seu redor cai em ruínas. Excelente air bag arranjou Herman, ao descobrir esta moça que faz de tudo um pouco e mais qualquer coisinha. Só é pena continuar a não conseguir vencer para lá do âmbito Herman. Paciência.
Já agora, e em jeito de conspiração: porque terá Joaquim Monchique desistido - ou sido afastado - de um grupo ao qual pertencia há tanto tempo?
Horas antes, tinha estado a ver o programa dos Gato Fedorento. Qual programa? Exacto. Nenhum programa. Esles não têm programa. O que têm é uma manta de retalhos de má qualidade, tão podres que já não os conseguem cozer uns aos outros. E o que nos é dado a ver, são pedaços de qualquer coisa que não se entende e nem sequer é bem feita, e, mais uma vez, sem qualquer tipo de piada, graça ou graçola. Nem para sorrir inocuamente.
O... vá lá, «programa» dos quatro rapazes que outrora foram radicais, é preguiçoso, badocha, acomodado, sonolento e, mais grave, pretensioso e vaidoso.
Alguém devia avisar os moços que já morreram, é que já começa a cheirar malzito...
2 Comments:
At 12:21, S. said…
Domingo à noite já não alegra a véspera de segunda feira. Também vim para casa na esperança de me deitar a ver um bocado do programa do Herman (que só tinha visto no Youtube) e... cinco minutos e zap! Não agarra, não tem piada e, sim, aquele personagem do Herman não convence, não conquista, não há pachorra. Se ele nunca engravidou ninguém, não é assim que nos vai encher a barriga de gargalhadas. Enfim... NEXT.
ah... e LIBERTEM OS GATO FEDORENTO!!
At 20:00, Anónimo said…
Concordo com os dois comentários, apenas discordo numa questão... os gatos tornaram-se "bem-cheirosos" porque a irreverência que tinha piada (em +ou- 10% dos Sketchs) foi extremada pelos meninos dos blogues e dos sms's que "comiam" tudo o que viam dos "miaus"...
C.
Sófel
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