Cara de Fogo
Lembram-se do primeiro ensaio? Quando lemos o texto pela primeira vez e nos apercebemos todos de que só havia um Kurt naquela sala, e que esse Kurt era o João?
Lembram-se dos primeiros dias de desenho da peça, meio trôpegos, meio absurdos, todos perdidos?
Lembram-se daquele mês com o Júlio?
Lembram-se da primeira visita ao Museu e de como tudo parecia querer falhar?
Lembram-se de como tudo foi sendo construído passo a passo. Pequenos passos, mesmo muito pequeninos?
Como é que chegamos a isto?
Como é que conseguimos?
Chegou ao fim...
Pelo menos até Junho, altura em que a peça será reposta. Pelo TUP. No Museu Do Carro Eléctrico.
E foi um absoluto sucesso. Desculpem, mas não há como não ser vaidoso e arrogante nesta situação. Foi um estrondoso sucesso. De público. De técnica. De interpretação - embora nem tanto...
Pessoalmente acho que aprendemos tanto...
Acho que depois de tanta tempestade; tanto odiozinho de estimação; tanta paixão, tanta amizade, tanta vontade de estarmos juntos, o que fica é uma obra que nos enche de orgulho e de apetite por mais. Muito mais, aposto.
Espero sinceramente que o que sinto - que este trabalho serviu para revitalizar o TUP e as pessoas que fazem dele o que ele devia ser; que pode ter motivado outros trabalhos neste âmbito; que pode dar o empurrão de que estavamos todos a precisar - seja sentido por todos os que participara de alguma forma na concepção e educação de uma peça de teatro chamad Cara de Fogo, e que foi - novamente - um sucesso!
E já sabem, na primeira semana de Junho, o TUP volta ao Museu. Venham ver-nos, nós até somos jeitosos.
Quanto a vocês...
Foi um prazer enorme trabalhar e aprender com todos vocês. Um prazer e um orgulho nem sempre disfarçado em ver-vos trabalhar. Ver-vos crescer nas personagens. Inventar tiques, gestos, olhares e expressões. Ver-vos transfigurarem-se por completo. Foram uma lição e muitas vezes um exemplo. Problemas à parte - esses serão discutidos na próxima quinta, no TUP, sinto-me honrado por estar incluído no vosso grupo. Do fundo do coração
Luciano...
Métodos são métodos. Concorde ou não concorde; goste ou não, o teu método funcionou na perfeição, e fez deste trabalho o sucesso que se sabe. Ninguém diria que se conseguiria fazer daquele espaço tudo o que ele foi. E ninguém conseguiria ver a totalidade das imagens que tu vias sempre que olhavas para mais um recanto, masi uma sombra, mais um pedaço de chão. Obrigado por tudo, e muito obrigado pelas constantes lições.
Luis...
Nada a dizer. Foste um exemplo de dedicação. Como se a peça fosse só tua, e nós meros convidados. Contamos contigo, verdade? Volta sempre.
E mais uma vez, até Junho...
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