Ainda sobre o espectáculo da Região estrangeira...
...e acerca do que que se sente sempre que se sobe a um palco.
Medo! Muito!!
Uma hora antes do início do espectáculo é um não parar de viagens á casa de banho. As dores de barriga que julgávamos só existirem quando era chegada a hora de recebermos aquele exame de matemática.
As mãos tremem, os joelhos falham-nos, a voz denuncia-nos, e somos invadidos por um frio sobrnatural.
A subida ao palco. Pânico breve, muito breve, mas que nos rouba a voz, que nos impede sequer de reconhecer um rosto, seja ele de quem for, no meio da multidão. Daí em diante, só adrenalina. Em estado puro e com elevado teor de concentração. Como se o nosso sangue fosse subitamente sugado e nas nossas veias corresse apenas adrenalina, que alimenta os músculos, irriga o cérebro e nos impede de sentir cansaço ou dor. Acreditem, cair assim no chão, como acontece comigo no nosso primeiro sketch, parece brincadeira, até começar a contar as nódoas negras no dia seguinte.
O tempo perde todo o sentido, horas parecem segundos - literalmente -, esquecemo-nos de que estão 200 pessoas a olhar para nós, a admirar-nos, a criticar-nos, a comoverem-se com as palavras, a rirem-se das figuras que fazemos, a vibrarem tanto ou mais do que nós. Só voltamos a olhar para elas no final, quando de repente nos apercebemos que estão a aplaudir em pé. Quando sabemos, com toda a certeza do mundo, que estivéssemos nós mais uma hora em palco e nunca estaríamos sozinhos.
É... um momento. São três, quatro, cinco horas que são apenas um momento.
O final do espectáculo de Sábado passado... ver-vos em pé, aplaudindo o nosso trabalho com tanto carinho, com tanta vontade, emocionou-me a um ponto que tive que me esforçar muito para não chorar em palco. Nunca antes tinha sentido nada tão poderoso, tão arrebatador. E acordei no dia seguinte com saudades vossas. Dos regionários, do público, e desejei ficar preso no tempo, naquela noite, para o resto dos meus dias.
As horas que se seguem a um espectáculo são marcadas pela impossibilidade de abrandar o ritmo. É realmente impossivel parar, sentar o corpo cansado e parar. Dormir, de repente, torna-se algo estranho, que nunca fez parte da nossa vida, nunca existiu.
Nada mais existe. Só a vontade de saltar de novo para o palco e continuar o espectáculo. Seria uma doce, doce maldição. Passar a eternidade no palco, com as pessoas que amamos, a fazer o que fizemos no passado Sábado, dia 26 de Novembro, no Laf-Comedy Club.
E é tão, tão bom.
Não podemos repetir?
Medo! Muito!!
Uma hora antes do início do espectáculo é um não parar de viagens á casa de banho. As dores de barriga que julgávamos só existirem quando era chegada a hora de recebermos aquele exame de matemática.
As mãos tremem, os joelhos falham-nos, a voz denuncia-nos, e somos invadidos por um frio sobrnatural.
A subida ao palco. Pânico breve, muito breve, mas que nos rouba a voz, que nos impede sequer de reconhecer um rosto, seja ele de quem for, no meio da multidão. Daí em diante, só adrenalina. Em estado puro e com elevado teor de concentração. Como se o nosso sangue fosse subitamente sugado e nas nossas veias corresse apenas adrenalina, que alimenta os músculos, irriga o cérebro e nos impede de sentir cansaço ou dor. Acreditem, cair assim no chão, como acontece comigo no nosso primeiro sketch, parece brincadeira, até começar a contar as nódoas negras no dia seguinte.
O tempo perde todo o sentido, horas parecem segundos - literalmente -, esquecemo-nos de que estão 200 pessoas a olhar para nós, a admirar-nos, a criticar-nos, a comoverem-se com as palavras, a rirem-se das figuras que fazemos, a vibrarem tanto ou mais do que nós. Só voltamos a olhar para elas no final, quando de repente nos apercebemos que estão a aplaudir em pé. Quando sabemos, com toda a certeza do mundo, que estivéssemos nós mais uma hora em palco e nunca estaríamos sozinhos.
É... um momento. São três, quatro, cinco horas que são apenas um momento.
O final do espectáculo de Sábado passado... ver-vos em pé, aplaudindo o nosso trabalho com tanto carinho, com tanta vontade, emocionou-me a um ponto que tive que me esforçar muito para não chorar em palco. Nunca antes tinha sentido nada tão poderoso, tão arrebatador. E acordei no dia seguinte com saudades vossas. Dos regionários, do público, e desejei ficar preso no tempo, naquela noite, para o resto dos meus dias.
As horas que se seguem a um espectáculo são marcadas pela impossibilidade de abrandar o ritmo. É realmente impossivel parar, sentar o corpo cansado e parar. Dormir, de repente, torna-se algo estranho, que nunca fez parte da nossa vida, nunca existiu.
Nada mais existe. Só a vontade de saltar de novo para o palco e continuar o espectáculo. Seria uma doce, doce maldição. Passar a eternidade no palco, com as pessoas que amamos, a fazer o que fizemos no passado Sábado, dia 26 de Novembro, no Laf-Comedy Club.
E é tão, tão bom.
Não podemos repetir?
2 Comments:
At 18:31, SkeeTo said…
Eu estive lá, e não me importava nada de voltar a estar, nem que fosse para ver o mesmo show, exactamente como ele foi no sabado! E podes crer, se a tua emoção era algo de extraodinário, a nossa, que nos riamos, viamos e sentiamos o que voces faziam, era tambem muito intensa sempre na convicção que voces estavam ali a dar o vosso melhor por nós! Se não for pedir muito, quando repetirem esse espectáculo, não o façam em apenas em 3 minutos (confesso, chorei de tanto me rir), façam-no com todo o tempo do mundo, porque vocês merecem, isso e muito mais!
At 11:44, EL Graxa said…
Primeiro estranha-se, depois entranha-se, já dizia Fernando Pessoa!
Voces são um vício, os pedidos para assistir às vossas actuação por parte dos amigos nao pára...é bem razão para dizer que :
-Quando se faz as coisas com amor, nao há coração e emoção que nao reaja!
Parabéns pelo Fantástico trabalho que fizeram!!!
Enviar um comentário
<< Home