EJACULAÇÃO PRECOCE
Aos senhores: sabem quando conseguem, por muito impossível que isso vos possa parecer, engatar uma mulher daquelas que parecem só existir no cinema, levá-la para a cama e terem sexo maravilhoso com ela... por cinco minutos? Se já aconteceu a algum dos leitores habituais deste blog, então é fácil compreenderem como me senti ontem no final de "The Strangers", o filme de terror estreado há uns dias cá na terrinha.
Confesso, já não vou para nenhum filme de terror sem um certo olhar de esguelha, uma desconfiança bastante negativa e pessimista. Porque já vi centenas e porque já há uns bons aninhos que não vejo nenhum que me encha por completo a pança.
Ou seja, fui para "The Strangers" com um pé atrás, e à espera de mais do mesmo. Os primeiros minutos do filme foram tão curiosamente diferentes do que é habitual que até nem prestei grande atenção aos clichés do costume. A primeira meia hora de filme intriga, deixa-nos a pensar no que estará para vir - o que é bastante bom, diga-se - incomoda e mete algum medinho. A coisa começa bem, portanto. E fica bem até ao momento em que já não temos como evitar a dura realidade: o que está para vir é realmente mais do mesmo. Os mesmos tiques, os mesmos clichés, os mesmos sustos, as mesmas situações. Nem mais. A partir do momento em que nos damos conta de que o que se está a passar é mais um daqueles casos de assassinos só porque sim, o filme perde exponencialmente a graça, o interesse e, pior do que isso, a capacidade de surpreender e/ou assustar.
A questão é que a temática, embora não tão abordada no universo do cinema de terror como algumas outras já gastas, ja foi bem melhor trabalhada. Recentemente, "Eden Lake" - de que já aqui falei - trouxe de novo este universo dos assassinos «só porque sim» ao grande ecrã e com retoques de frescura que tanto agradam quem ainda está à espera de algo novo e original. De algum modo como Michael Haneke já o havia feito em "Funny Games". No entanto, é preciso recuar até ao ano de 1986 para referir um filme que, sem contemplações e sem cedências comercias de qualquer espécie, consegue um retrato violento, duro e sem artifícios de maior, de um homem que mata indiscriminadamente e só porque lhe apetece - ou porque não o consegue controlar. Sem pretensões a ser um filme de terror, mas com a capacidade ainda hoje efectiva de agoniar o espectador e de o deixar no mais puro desconforto. Mais uma vez, sem artifícios.
"The Strangers" é o primeiro filme de Bryan Bertino, e é desde logo o seu primeiro filme ao lado. Começa bem, a sério, e tem alguns momentos bastante bons, mas a meio já ninguém tem paciência para mais 45 minutos de filme. E o trailer é prometia tanto...
Confesso, já não vou para nenhum filme de terror sem um certo olhar de esguelha, uma desconfiança bastante negativa e pessimista. Porque já vi centenas e porque já há uns bons aninhos que não vejo nenhum que me encha por completo a pança.
Ou seja, fui para "The Strangers" com um pé atrás, e à espera de mais do mesmo. Os primeiros minutos do filme foram tão curiosamente diferentes do que é habitual que até nem prestei grande atenção aos clichés do costume. A primeira meia hora de filme intriga, deixa-nos a pensar no que estará para vir - o que é bastante bom, diga-se - incomoda e mete algum medinho. A coisa começa bem, portanto. E fica bem até ao momento em que já não temos como evitar a dura realidade: o que está para vir é realmente mais do mesmo. Os mesmos tiques, os mesmos clichés, os mesmos sustos, as mesmas situações. Nem mais. A partir do momento em que nos damos conta de que o que se está a passar é mais um daqueles casos de assassinos só porque sim, o filme perde exponencialmente a graça, o interesse e, pior do que isso, a capacidade de surpreender e/ou assustar.
A questão é que a temática, embora não tão abordada no universo do cinema de terror como algumas outras já gastas, ja foi bem melhor trabalhada. Recentemente, "Eden Lake" - de que já aqui falei - trouxe de novo este universo dos assassinos «só porque sim» ao grande ecrã e com retoques de frescura que tanto agradam quem ainda está à espera de algo novo e original. De algum modo como Michael Haneke já o havia feito em "Funny Games". No entanto, é preciso recuar até ao ano de 1986 para referir um filme que, sem contemplações e sem cedências comercias de qualquer espécie, consegue um retrato violento, duro e sem artifícios de maior, de um homem que mata indiscriminadamente e só porque lhe apetece - ou porque não o consegue controlar. Sem pretensões a ser um filme de terror, mas com a capacidade ainda hoje efectiva de agoniar o espectador e de o deixar no mais puro desconforto. Mais uma vez, sem artifícios.
"The Strangers" é o primeiro filme de Bryan Bertino, e é desde logo o seu primeiro filme ao lado. Começa bem, a sério, e tem alguns momentos bastante bons, mas a meio já ninguém tem paciência para mais 45 minutos de filme. E o trailer é prometia tanto...
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