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Bom Karma... ou não!

segunda-feira, abril 06, 2009

MONSTERS VS. ALIENS




Não é mais uma daquelas obras-primas da animação que nos têm invadido as salas de cinemas, mas dá uma lição do caraças a muitos filmes de sci-fi que por aí andam. "Monsters Vs. Aliens", o novo trabalho da Dreamworks, realizado por Rob Letterman, o mesmo de "Shark Tale", é uma desenfreada e absolutamente insana aventura de animação que, como já disse, mete no chinelo filmes mais recentes que abordam a mesma temática e que se espalham ao comprido. Nesse campo o exemplo mais evidente - e que leva uma valente piscadela de olho nesta animação - é o inenarrável "The Day The Earth Stood Still", com Keanu Reeves. A sequência em que a sonda alien decide sair do local onde aterrou para procurar o seu objectivo é decalcada deste (já de si) remake de um clássico absoluto e é muitíssimo melhor. Aliás, com um bocadinho mais de atenção, mesmo o espectador mais desatento poderá encontrar em "Monsters Vs. Aliens" um sem número de referências a outras obras cinematográficas, a começar desde logo pela sequência inicial, demasiado «parecida» com a de "Contacto".
Para além de todas estas curiosidades, o filme apresenta um argumento inteligente, divertido, despreocupado mas repleto de deliciosos detalhes, e um ritmo endiabrado e sempre, sempre interessante, mesmo quando pensamos que a coisa se encaminha para o final. As personagens e as situações são hilariantes e existe um refinado e ridículo sentido cómico em tudo o que fazem ou dizem. A idiotice aqui não tem limites e funciona na perfeição.
A animação pode não ser o que de melhor se faz actualmente, mas alguns pormenores e sequências são incríveis. A cena em que a tal sonda decide investir pelo centro de São Francisco e perseguir a heroína Ginórmica é aterradora, por exemplo, e faz lembrar mais uma vez um sem número de filmes, nomeadamente os clássicos japoneses como Godzilla.
O elenco, composto por gente habituada a estas coisas da comédia é um dos segredos para a fórmula funcionar. Seth Rogen, Hugh Laurie, Will Arnett, Rain Wilson, Paul Rudd e o inigualável Stephen Colbert dão todos os seus tiques às personagens já de si geniais, e carregam o filme com o tal ambiente de constante loucura destravada.
Vale bem a pena, garantidamente.





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