Antes de mais convém dizer que o argumento de "Madagascar 2" é demasiado pequeno, pouco importante e sem grande substância. No entanto - e é um grande "no entanto" - o argumento não é de todo o trunfo deste flme. O trunfo - e é um grande trunfo - chama-se Ethan Cohen e é só o argumentista convidado. Ou seja, temos uma comédia de animação, que já se sabe ser desbragada - o primeiro episódio já o era - escrita por alguém responsável por um tipo de humor absolutamente insano. O trunfo de "Madagascar 2", ou melhor, os trunfos, são os diálogos incrivelmente delirantes, algumas personagens que ficam para a história da animação, e situações que não lembram ao mais desvairado dos mortais. Temos portanto um filme que é tudo menos infantil, e isso é mesmo muito bom.
No entanto, e como já foi referido, o argumento é escasso, e isso sente-se desde logo na curta duração do filme. De facto, uma hora e quarenta é pouquinho, especialmente se tivermos em conta a riqueza das personagens principais - e são muitas - e de que algumas das situações criadas são nitidamente apressadas para caberem no filme. Mas enfim, tudo se perdoa quando a principal intenção dos realizadores e produtores é conceberem um objecto politicamente incorrectíssimo, profundamente louco e muito, muito divertido, e servido a uma velocidade e ritmo avassaladores.
No entanto, e como já foi referido, o argumento é escasso, e isso sente-se desde logo na curta duração do filme. De facto, uma hora e quarenta é pouquinho, especialmente se tivermos em conta a riqueza das personagens principais - e são muitas - e de que algumas das situações criadas são nitidamente apressadas para caberem no filme. Mas enfim, tudo se perdoa quando a principal intenção dos realizadores e produtores é conceberem um objecto politicamente incorrectíssimo, profundamente louco e muito, muito divertido, e servido a uma velocidade e ritmo avassaladores.
Convém. contudo, explicar que as personagens principais que menciono mais acima, não são exactamente as «personagens principais» do filme. Essas, a zebra, o leão, a hipopótamo e a girafa, acabam apenas por servir de fio condutor da história; são o pretexto para o filme existir, principalmente se tivermos em conta que havia uma situação deixada pendurada no primeiro filme e que necessitava de resolução. As verdadeiras personagens principais, que carregam o filme às costas e que na verdade o tornam ainda mais interessante, são os quatro pinguins e o tresloucado rei Julien, que se já tinham dado nas vista no primeiro filme, aqui conseguem ainda mais tempo de antena e arrasam por completo com a concorrência. Delirante o papel de Sacha Baron Cohen - Borat, habitualmente - como Julien, personagem meio cocainado, meio misógeno e completamente insano e que arranca aos anais do cinema de animação a cena mais retorcida e genial de sempre, quando, podre de bêbedo aparece cambaleante e a cantar "Private Dancer" de Tina Turner.
Isto tudo para dizer que os produtores de "Madagascar 2" perceberam o que podia ser esticado numa sequela, o que tinha marcado a diferença no primeiro filme e apostaram em força no explorar. não só desses trunfos, como também num humor ainda mais adulto e arriscado. A aposta foi ganha, obviamente.
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home