Sempre fui da opinião que todos os actores podem ser bons actores, desde que tenham todas as condições para isso, obviamente. Um realizador que saiba retirar deles o seu melhor, um projecto interessante e diferente daquilo a que estão habituados e, muitas das vezes, que lhes dê a possibilidade de gozarem consigo próprios - a única excepção continua a ser, claro, Christopher Lambert, que nunca na vida será capaz de fazer uma coisinha minimamente jeitosa. O filme que se segue, apesar de tudo, apanhou-me desprevenido, e precisamente porque é sobre e com um actor que eu nunca, nem nos meus mais loucos delirios, acreditaria ser capaz de ter em si uma poeirinha de qualidade: Jean Claude Van Damme. Não deixem que o nome vos faça desistir deste post, acreditem. O projecto em causa "JCVD", parece interessante o suficiente para o ver estreado nas nossas salas. No entanto, parece também um daqueles filmes que por cá está destinado às prateleiras dos clubes de vídeo, não só porque tem como estrela principal o tijolo Van Damme - que já há muito perdeu os fãs que o seguiam religiosamente - como também porque não é de todo um filme feito a pensar na legião de fanáticos da pancadaria de criar bicho. "JCVD" é uma comédia - leram bem - que de entretem a gozar indecentemente com a imagem pública do actor belga; goza com a sua carreira feita à custa da distribuição gratuita de murro e pontapé, mas acima de tudo goza também com a mais recente imagem decadente e embaraçosa que Van Damme conquistou. A falta de dinheiro, o peso da idade e as depressões constantes em que o rapaz tem mergulhado são a matéria de fundo de um filme bastante diferente do habitual e que devia ser encarado de uma forma séria mas descomplexada, e absolutamente isenta de preconceitos. Vejam as imagens e retirem as vossas conclusões.
O segundo filme já anda por aí a deixar muita gente curiosa há alguns meses, altura em que foi lançado o seu muito pouco explícito teaser. "Star Trek" está por aí a rebentar e vem assinado por um nome que acarreta consigo a certeza da inovação e do saber arriscar; da noção exacta do cinema-espectáculo sem cair no ridículo à Jerry Bruckheimer. Realizado por J. J. Abrams - produtor entre outras coisas de séries como "Lost" e "Alias", e pelo filme "Cloverfield" - o filme que recupera uma das mais famosas sagas da televisão e do cinema promete quebrar com o que se tinha feito agora e transportar o conceito para uma outra dimensão de entretenimento. Ainda bem porque as aventuras de Kirk, Spock e amigos já começavam a cheirar a mofo.
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